Brasil: marchas a un año del crimen de Marielle Franco en medio de las sospechas sobre Bolsonaro

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Morte de Marielle completa um ano nesta quinta (14); confira a agenda de mobilizações

Quem mandou matar Marielle? A pergunta segue sem resposta, um ano após a execução da vereadora Marielle Franco (PSOL) e o motorista Anderson Gomes em 14 de março de 2018, no Rio de Janeiro.  Apesar da prisão do policial reformado Ronnie Lessa e do ex- policial militar Elcio Vieira de Queiroz no último dia 12, o mandante do crime ainda é desconhecido.

Para cobrar respostas sobre o caso e justiça para milhares de crimes que ocorrem nas periferias, principalmente contra negros e pobres, serão realizados atos políticos em diversos países. Referência na defesa dos direitos dessa população, Marielle se definia nas redes sociais como «Mulher negra, cria da Maré e defensora dos Direitos Humanos».

Dezenas de capitais brasileiras já realizaram manifestações ao longo da semana. Em São Paulo, o ato «Justiça para Marielle – vidas negras e periféricas importam” acontece nessa quinta-feira (14) e começa às 17h na Praça Oswaldo Cruz. Está prevista uma aula pública sobre o legado de Marielle conduzida por Jupiara Castro do Núcleo de Consciência Negra e da deputada estadual Erica Malunguinho (PSOL).

Os artistas confirmados para o ato da capital paulista são o grupo Clarianas, Sarau das Pretas, Coletivo Negro, Cabaré Feminista, Bloco do Fuá e Luana Hansen. A caminhada até o prédio da Presidência na Avenida Paulista deverá ser conduzida pelo grupo Ilú Obá de Min.

Confira a agenda de atos marcados para esta quinta:

Rio de Janeiro (RJ)

Amanhecer por Marielle e Anderson – RJ, 6h

Festival Justiça Por Marielle e Anderson ::. 14/03, 8h

Zona Oeste por Marielle Franco, Praça do Ringue, Santa Cruz, 10h

Celebração Marielle Semente, 13h

Aula Magna: Eu Sou Porque Nós Somos, Praça Cinelândia, 14h

Carolina, Abdias e Marielle: Vidas, Ancestralidade e Continuação, Centro de Artes da Maré, 15h

Marcha contra o genocídio negro! SOMOS Marielle Franco!, Alerj, 17h

Cabo Frio (RJ)

Pela memória e justiça de Marielle!, Praça Porto Rocha, 17h

Campos (RJ)

Mesa: Um ano da morte de Marielle Franco – quem matou Marielle?, Instituto Federal Fluminense (IFF Campos), 18h30

Brasília (DF)

365 dias sem Marielle [DF], distribuição de placas Rua Marielle Franco, Praça Zumbi dos Palmares, 12h

Lançamento do livro UPP: a redução da favela a três letras, Foyer do plenário do CLDF, 17H

Sessão solene em Memória de Marielle Franco, Plenário do CLDF, 19h

Campo Grande (MS)

Por que mataram Marielle Franco?, Concha Acústica, 8h

João Pessoa (PB)

Festival Marielle Vive, Parque da Lagoa, 9h30

Natal (RN)

Marielle, presente! O legado dela está mais vivo do que nunca., Auditório do DECOM/UFRN, 13h

14M – Por justiça e pela memória de Marielle Franco, Calçadão do Midway. 17h

São Bernardo (SP)

Ato Marielle Vive, Praça da Matriz, 14h

Aracaju (SE)

14M Aracaju – Marielle Vive!, Câmara dos Vereadores de Aracaju, 16h

Sessão Solene em memória de Marielle Franco, Câmara Legislativa do Distrito Federal, 17h

Fortaleza (CE)

Amanhecer por Marielle, Praça da Justiça, 6h

Ato Marielle Vive!, Praça da Gentilândia, 17h

Marielle, presente! De três letras a uma só voz, Auditório Valnir Chagas FACED – UFC, 19h

Belo Horizonte (MG)

Semana Marielle Franco UFMG, UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais, 17h (de 11 a 15 de março)

Marielle Vive! Um ano de Saudade e Lutas!, Praça Sete De Setembro, 17h30

São Paulo (SP)

Justiça para Marielle: vidas negras e periféricas importam! 14M, Av. Paulista praça Oswaldo Cruz, 17h

Marielle Vive, Nós Também! Pelo direito à vida das mulheres!,  Estrada do M’Boi Mirim, 18h

Bauru (SP)

Justiça por Marielle! Quem matou e quem mandou matar?, em frente a Câmara Municipal, 17h

Porto Alegre (RS)

Março Feminista! Justiça para Marielle: 1 ano sem resposta, Esquina Democrática, 18h

Pelotas (RS)

Um Ano Sem Marielle Franco, Chafariz do Calçadão, 17h30

Manaus (AM)

Simpósio e Aula pública – Marielle virou semente – ato em memória de Marielle Franco, Casa das Artes, 15h

 

Internacional:

Buenos Aires, Argentina

14M: Florecer por Marielle Franco, Obelisco, 18h

Paris, França

Marche pour Marielle Franco, Place de l’Opéra, 14h (10h, horário de Brasília)

Berlim, Alemanha

Marielles Vermächtnis, Rosa-Luxemburg-Stiftung, 16h (12h, horário de Brasília)

Celebrating the Life of Marielle Franco, Afropolitan Berlin, 19h ( 15h, horário de Brasília)

Amsterdã, Holanda

Justice for Marielle Franco, Dam, 16h (12h, horário de Brasília)

Genebra, Suíça

Rassemblement en mémoire de Marielle Franco, Place des Nations, 18h (14h, horário de Brasília)

Bern, Suíça

Kundgebung zum Gedenken an Marielle Franco, Waisenhausplatz, 18h (14h, horário de Brasília)

Bolonha, Itália

Marielle presente! – Giustizia per Marielle Franco, Piazza Giuseppe Verdi, 18h (14h, horário de Brasília)

Madri, Espanha

Justicia para Marielle, Embajada de Brasil en Madri, 18h30 (14h30, horário de Brasília)

Melbourne, Austrália

Solidarity: The legacy of Marielle Franco, State Library of Victoria, 19h (5h, horário de Brasília)

Londres, Reino Unido

Vigília em memória de Marielle Franco, Embassy of Brazil in London, 18h (15h, horário de Brasília)

Nova Iorque, EUA

Honoring Marielle Franco-with Marcia Tiburi and Adjoa Jones, NYU Institute for Public Knowledge, 18h (17h horário de Brasília)

Boston, EUA

Marielle Presente em Boston, Harvard University Robinson Hall, 19h (18h, horário de Brasília)

Los Angeles, EUA

Round-table: Structural Racism and Marielle Franco’s Legacy, UCLA, 20h (16h, horário de Brasília)

Oakland, EUA

Rally in Honor of Marielle Franco, Oscar Grant Plaza, 22h30 (18h30, horário de Brasília)

Montreal, Canadá

Marielle Presente! Anderson Presente!, Place des Arts, 16h (15h, horário de Brasília)

Ottawa, Canadá

Remembering Marielle Franco & Anderson Gomes, Prime Minister’s Office, Elgin & Wellington, 17h (18h, horário de Brasília)

Montevidéu, Uruguai

Un año sin Marielle Franco, Facultad de humanidades, 17h30

16/03

Nova Iorque, EUA

Marielle Franco – The Legacy of a Powerful Woman, The People’s Forum, 13h (12h, horário de Brasília)

Dia 16: Marcha das Marielles em Boston, Community Church of Boston, 15h (16h, horário de Brasília)

Bogotá, Colômbia

Justicia para Marielle Franco! Bogotá, Colombia,

Plaza de Bolívar, 18h (16h, horário de Brasília)

21/03

Zurique, Suíça

Diálogo: Ativismo, resistência e resiliência nos espaços da política institucional com Mônica Francisco, Sihlquai, 125, 18h30 (22h30, horário de Brasília)

Brasil de Fato


Todos los lazos de Bolsonaro con los detenidos por el asesinato de Marielle Franco

Este martes la policía brasileña detuvo a dos sospechosos de ser los ejecutores del asesinato de la concejala de izquierda Marielle Franco y su chofer, del que este 14 de marzo se cumple un año.

La detención de los dos sospechosos, ambos pertenecientes a la Policía y señalados como miembros de escuadrones paramilitares en Río de Janeiro, no hizo más que profundizar la crisis de Gobierno por las relaciones que involucran directamente al clan Bolsonaro.

Uno de los detenidos, Ronaldo Lessa, que según las investigaciones de la policía fue el autor de los 13 disparos, era vecino del presidente Jair Bolsonaro, en un exclusivo complejo del barrio Barra de Tijuca.

Este podría ser un dato menor o casual, si no fuera que viene a sumarse a una serie de indicios que muestran una relación aceitada entre la familia Bolsonaro e individuos relacionados con las milicias irregulares que actúan como sicarios en Río de Janeiro, incluyendo escándalos por financiamiento ilegal y enriquecimiento ilícito.

Los puntos de contacto son tantos que Bolsonaro y sus hijos ya no pueden alegar que se trate de meras coincidencias. Veamos algunos de esos hilos que forman parte de la trama que involucra a la familia del presidente de Brasil:

El primer indicio que surgió sobre esta relación con las bandas paramilitares, que estuvieron detrás del asesinato de Marielle, fue la relación del asesor del entonces diputado estadual e hijo del presidente, Flávio Bolsonaro, con el chofer Fabrício Queiroz. Este último que era amigo íntimo de la familia Bolsonaro, no solo tenía relación con la milicias sino que está envuelto en un escándalo por movimientos bancarios sospechosos provenientes de la oficina del diputado Flávio Bolsonaro.

Por otro lado Queiroz, un expolicía militar, fue el responsable según el hijo presidencial de haber empleado como parte de su staff a la funcionaria Raimunda Veras Magalhães, que aparece en el informe del Consejo de Control de Actividades Financieras (Coaf) como una de las personas que hicieron depósitos para el propio Queiroz.

Sin embargo el dato relevante aquí es que Raimunda Magalhães es «por coincidencia» la madre de Adriano Magalhães de la Nóbrega, señalado como jefe de las milicias de Río das Pedras, un barrio dominado por las fuerzas parapoliciales. Adriano Nóbrega también es acusado de ser jefe de la» Oficina del Crimen «, un grupo que reúne a policías y expolicías que son contratados como asesinos a sueldo. Además de Raimunda, también Danielle Mendonça da Costa da Nobrega, esposa del miliciano, trabajó en el gabinete de Flávio Bolsonaro.

Si las relaciones indirectas no bastaran, el propio Adriano Nóbrega fue homenajeado por el hijo de Bolsonaro en la Asamblea Legislativa de Río de Janeiro en 2003, cuando era diputado estadual. De hecho la lista de homenajeados por Bolsonaro podría ser fácilmente contrastada con una de milicianos. Junto con Adriano, también fue homenajeado Ronald Paulo Alves Pereira, excapitán y jefe de una de las mayores milicias de la ciudad, que fue detenido en enero de este año en el marco de la operación Los Intocables en la que, entre otras cosas, se investiga el asesinato de Marielle Franco.

El vínculo de las milicias con la muerte de Marielle comenzó a ser investigado tras seguir el rastro del Chevrolet Cobalt, vehículo del que salieron los disparos que asesinaron a la concejala y su chófer.

El autor de estos disparos, según las investigaciones, fue Ronald Lessa. Este expolicía trabajó en el 9º Batallón de la Policía Militar (BPM Rocha Miranda), que estaba encabezado por el teniente coronel Claudio Luiz Silva de Oliveira, condenado a 36 años de prisión por haber ordenado el asesinato de la jueza Patricia Acioli en 2011. La jueza Acioli fue la responsable por dictaminar la prisión de unos 60 militares vinculados a grupos milicianos y de exterminio.

Pero Ronald Lessa poseía además una conexión directa con Jair Bolsonaro, era vecino del condominio donde vivía el actual presidente. El complejo residencial de alto nivel Villas de la Barra, está ubicado frente a la playa de Barra da Tijuca, y los precios de sus inmuebles son millonarios. Lessa y Bolsonaro vivían en la misma calle, la calle C del condominio, y según la información confirmada por el investigador responsable del caso, Giniton Lages, uno de los hijos del clan Bolsonaro se enamoró de la hija de Lessa, en un hecho concreto que demuestra la cercanía de las familias. El propio Lessa confirmó también que la relación entre ambas familias no finalizó cuando se dio por terminada la relación que mantenían sus hijos.

La abundancia de relaciones entre el clan Bolsonaro y las milicias de Río de Janeiro ya serían más que suficientes para que la Justicia investigue hasta donde llegan. El hecho es que la presidencia de la República nunca estuvo tan cerca de las milicias, grupos paramilitares y de exterminio.

Sin embargo, el investigador responsable del caso declaró que el tema será enfrentado «en el momento oportuno», demostrando también los hilos y lazos que el presidente mantiene con la corporación judicial, comenzando por el mismo ministro de Justicia, Sergio Moro, que recibió el cargo como premio por haber garantizado la prisión para Lula para evitar que se presente en las elecciones del año pasado.

La ejecución de Marielle fue un crimen cometido por el Estado, por lo que sería ridículo esperar que sea el mismo Estado quién lleve adelante y hasta las últimas consecuencias esta investigación.

En conversación con La Izquierda Diario, Vanessa Duarte editora de Esquerda Diario de Brasil y militante del Movimiento Revolucionario de Trabajadores señaló este problema e indicó que por eso «es urgente exigir que el Estado garantice recursos y todas las condiciones para la realización de una investigación independiente, proporcionando las pruebas y archivos a organismos de derechos humanos, expertos comprometidos con la causa, y que parlamentarios del PSOL (partido al que pertenecía Marielle), representantes de organismos de derechos humanos, de sindicatos, de movimientos de favelas, etc, sean parte de la investigación».

La Izquierda Diario


Fatos e dúvidas sobre a suposta relação entre Bolsonaro e o assassinato de Marielle

Por Thais Moya*

1) Ronnie Lessa é um dos melhores assassinos profissionais do país (quiçá, o melhor), temido pelas milícias e membro do conhecido Escritório do Crime, uma empresa que mata por encomenda por preços milionários;

2) Adriano da Nóbrega (foragido), também miliciano, é o chefe do Escritório do Crime. Sua mãe e irmã trabalharam no gabinete de Flávio Bolsonaro, o primogênito do presidente;

3) Bolsonaro discursou, no plenário da Camara, em defesa de Adriano, em 2005, logo depois que ele foi condenado por homicídio;

4) Dois anos antes, 2003, Flávio Bolsonaro, concedeu a mais importante medalha de honra do estado fluminense ao mesmo Adriano;

5) Lessa e Queiroz, presos ontem, estão sendo investigados pelas polícias fluminense e Federal desde o semestre passado;

6) Dogde, Procuradora-Geral da Republica, recebia relatórios frequentes da investigação;

7) General Heleno é Ministro-Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência do Brasil, ou seja, tem acesso à toda Inteligência nacional;

8 ) O mesmo General Heleno passou os últimos meses alardeando que Bolsonaro corre enorme risco de atentado contra sua vida;

9) Segundo a Folha, é possível ver o quarto da caçula de Bolsonaro da varanda da casa do miliciano Lessa, especialista em tiro/fuzil;

10) Há meses, a PF investiga a facada contra Bolso em Juiz de Fora;

11) Bolsonaro faz questão de acompanhar a investigação, e repetiu, várias vezes, que acredita que Adélio não agiu sozinho;

12) Bolsonaro tem equipe de segurança de excelência presidencial há pelo menos 2 meses e meio;

13) Bolsonaro afirmou, hoje, que não se lembra de Lessa, seu vizinho, de poucos passos, há anos.

Ficam, portanto, as perguntas: você acredita em Bolsonaro?

Acha mesmo que ele não sabia ou não foi avisado que o quarto de sua filha estava vulnerável à mira de um matador de aluguel?

Faz algum sentido a PF, PGR e GSI permitirem que o presidente eleito e sua família vivesse sob ameaça iminente de um miliciano altamente perigoso, que mata por encomenda?

O que está sendo omitido que pode explicar o fato de toda Inteligência e Forças do país concluírem que Lessa não é uma ameaça a Bolsonaro e sua família?

(*) Thais Moya é doutora em Sociologia.

Forum


Un año sin Marielle Franco: ¿Quién la mandó a matar?

“Otro homicidio de un joven y quizás un cuerpo más en la cuenta de la Policía Militar (…) ¿Cuántos más tendrán que morir para que esta guerra se acabe?”.

Esto lo escribió Marielle Franco en su cuenta de twitter la noche de 13 de marzo de 2018. Menos de 24 horas después, el auto en el que viajaban ella, su asesora y su chofer, fue interceptado por otro vehículo desde donde salieron 13 disparos, los que terminaron con su vida y la de Anderson Gomes, el conductor.

Este 14 de marzo se cumple un año del asesinato de la concejala feminista brasileña, una de las líderes del PSOL (Partido Socialismo y Libertad) de Río de Janeiro y activista de los derechos humanos. Es curioso que justo en esta semana se dé la prisión de las primeras personas formalmente denunciadas por participar en el crimen: se trata de Ronnie Lessa y Élcio de Queiróz, ambos ex sargentos de la Policía Militar (la misma que fue criticada en uno de los últimos tuits de Marielle), pero que también son acusados de estar ligados con el grupo paramilitar Escritório do Crime (“oficina del crimen”), el que podría haber sido encargado de realizar el asesinato.

Saber si el grupo paramilitar actuó por sus propios intereses o si fue contratado para asesinar a la concejala (y si es cierta la segunda hipótesis, saber quién los contrató y por qué el interés en su muerte), es la principal duda que queda para terminar de entender el entramado que llevó a que Brasil perdiera su política con mayor futuro.

Las investigaciones

El Desconcierto pudo hablar con la asesora Fernanda Chaves, quien vive hasta hoy los efectos de aquel atentado. No entra en cuestiones personales, por un asunto de seguridad, pero insiste en que “no es fácil escuchar todos los meses que alguien diga que se está acercando la verdad. Sin embargo, ya va un año desde que ocurrió y todavía no sabemos quiénes son los responsables de más arriba”.

También lamenta que su situación no la haya permitido entregar su último adiós a quien fue su jefa y su amiga. “Mi dolor más grande fue no poder participar de los velorios, las misas, los homenajes. Tuve que vivir ese luto desde lejos, lo que hace que sea más duro enfrentar la pérdida, sin poder dar mi abrazo a los padres de Marielle y a Ágata (viuda de Anderson Gomes)”.

Pasaron muchos meses desde el asesinato hasta que recién en enero de este año surgieron las primeras respuestas relacionadas con el crimen, tras la prisión de cinco miembros de la milicia paramilitar Escritório do Crime. Esa primera detención ocurrió pocos meses después que las investigaciones de la causa pasaron a manos de las fiscales Letícia Emile y Simone Sibílio, lo que sucedió tras los reclamos de familiares de las víctimas por la falta de avance en la solución del caso.

De los cinco detenidos de enero surgieron los primeros nombres de sospechosos de participar en el crimen. Uno de ellos sería Adriano Magalhães da Nóbrega, un ex capitán de la policía y, supuestamente, uno de los cabecillas del Escritório do Crime. Sería uno de los presuntos planificadores del atentado, pero sigue estando prófugo. Su nombre generó polémica también porque su madre y su esposa están registradas como funcionarias de la oficina de Flávio Bolsonaro, hijo mayor del presidente y actual senador de la República. Supuestamente, las dos mujeres habrían trabajado para él cuando era diputado estadual, aunque se sospecha que eran parte de un esquema de lavado de dinero a través de la repartición de los sueldos de algunos asesores, caso que está bajo investigación del Ministerio Público.

Recientemente, con la prisión de los ex sargentos Ronnie Lessa y Élcio de Queiróz, existe la sensación de que el caso puede empezar a acercarse a un desenlace. Pero todavía falta responder las preguntas más importantes.

Lessa, apuntado como el autor de los disparos, fue detenido en su casa, que queda en el mismo complejo residencial donde la familia Bolsonaro posee una casa, donde vivía Jair Bolsonaro hasta que fue elegido presidente de Brasil, por lo que tuvo que mudarse al Palacio Alvorada, en Brasilia. Por su parte, Queiróz es acusado de ser el conductor del auto usado en el atentado.

La Fiscalía de Río de Janeiro afirma que el asesinato tiene motivaciones políticas, por lo que saber quién fue Marielle Franco quizás también ayude a entender el caso y adónde puede llegar el desenlace de esa historia.

La historia de Marielle

Marielle Franco era una mujer 38 años. Negra y lesbiana. Nació y creció en las favelas de Río de Janeiro. Activista por los Derechos Humanos, estaba casada y era madre de una hija. Esas, para los electores de Ciudad Maravillosa, no eran más que un montón de trabas. Sin embargo, en su primera disputa electoral para el Concejo Municipal, en 2016, sacó sorprendentes 46 mil votos y fue una de las cinco mayores votaciones de un total de 51 elegidos, y la más votada de los seis candidatos elegidos por el PSOL.

Su victoria asombró a muchos, porque hasta entonces era solamente una mujer que trabajaba como asesora del diputado estadual (función semejante al core en Chile) Marcelo Freixo (hoy diputado federal).

En 2008, Freixo inició en la Asamblea Legislativa de Río de Janeiro una Comisión Parlamentaria de Investigación, la que fue conocida como CPI de las Milicias, para investigar a los grupos paramilitares que actuaban en la ciudad. Su principal asesora, Marielle Franco, quedó a cargo de coordinar algunas investigaciones y hacer el acompañamiento de casos de víctimas y testigos diversos. Todos esas personas viven en favelas y barrios pobres de Río de Janeiro, Muchas de ellas, además, fueron ayudadas por ella en ese entonces. Se trataba, básicamente, de ex policías que confesaban las vinculaciones de altos miembros de esa corporación, con las milicias cariocas o con grupos narcotraficantes.

Fue de esa manera que Marielle Franco se hizo conocida por personas y comunidades de las poblaciones, favelas y periferias de la ciudad, acosadas por tres frentes armados: las grandes pandillas narcotraficantes, los grupos paramilitares y una abusadora Policía Militar.

Tras elegirse concejala, siguió trabajando con un enfoque en el mismo tema de los Derechos Humanos. Además, nunca dejó de destacar su lucha por lo que llamaba “una democracia feminista” y por aumentar el espacio de los negros y personas de las favelas en los espacios políticos. Su lema personal, “yo soy porque nosotras somos” (inspirado en una corriente filosófica africana llamada Ubuntu), se volvió consigna de los movimientos sociales cariocas.

Fernanda Chaves, quien era su asesora, la describe como “una potencia política” y asegura que no exagera al decir que era alguien que caminaba para ser, en poco tiempo, una de las figuras políticas más destacadas en todo Brasil: “Marielle era una figura demasiado poderosa, porque representaba a las mujeres, a los negros, a las comunidades de las favelas y de las periferias, a los LGBTI. Su discurso alcanzaba a todos los que son descartados por el sistema capitalista y era vista por esas personas como una luz de esperanza”.

El éxito de su trabajo junto a las poblaciones más pobres la llevó a ser considerada como posible candidata a diputada federal para las elecciones de octubre de 2018, por ser una de las figuras políticas del PSOL con más apoyo en las poblaciones de Río de Janeiro (su partido suele ser criticado por ser el preferido de una izquierda “académica”, con más votos entre universitarios y algunos sectores de clase media, sin capacidad de diálogo con los pobres).

Un mes antes de su asesinato, ella ganó un nuevo enemigo para su causa: una cuarta fuerza bélica apareció en el Estado de Río de Janeiro, tras el decreto del entonces presidente Michel Temer imponiendo una intervención militar en las favelas. Marielle Franco mantuvo una feroz crítica a la actuación de los militares en las favelas en las tres semanas en que pudo acompañar los sucesos, hasta que ocurrió el atentado que terminaría con su vida.

El asesinato

El 14 de marzo, Marielle Franco fue a una de las favelas de Río de Janeiro a participar de una charla con un grupo de mujeres negras. El evento tenía el sugerente nombre de Jóvenes Negras Moviendo las Estructuras, y ella habló justamente de la importancia de la participación de la mujer negra en la política.

En la charla, habló de su experiencia, pero también recordó su inspiración en Angela Davis, la activista estadounidense destacada por su trabajo junto a los Panteras Negras; y en Lélia Gonzalez, una educadora brasileña que también trabajó en la formación política de personas de las favelas de Brasil. Dos mujeres negras que la motivaron y que ella esperaba que pudieran motivar también a sus oyentes.

Al salir del encuentro, Marielle y su asesora, Fernanda Chaves, abordaron el auto de Anderson Gomes, un Chevrolet Agile color blanco. El auto pertenecía a Gomes, quien además de ser chofer de la concejala también lo utilizaba para trabajar como uber en los tiempos libres.

Fernanda y Anderson se sentaron adelante. Marielle se sentó justo detrás del conductor. Dejaron la favela pasadas las 21:00 horas y justo después comenzaron a ser seguidos por otro vehículo, aunque los tres no se percataron de la situación. Tras entrar en una estrecha calle cercana a los Arcos da Lapa, uno de los puntos turísticos más conocidos del centro de la ciudad, el auto recibió una serie de disparos.

Fueron 13 en el total. Cinco le alcanzaron a la concejala. El chofer recibió otros cuatro. Ambos fallecieron en el local. Fernanda Chaves logró sobrevivir, aunque herida por las astillas de los vidrios que se rompieron.

Pese a que muchos valoran las recientes detenciones, el clima entre los familiares y partidarios de la concejala sigue siendo de expectativa con lo que consideran la pregunta más importante respecto al caso: quién la mandó a matar.

“Todavía falta descubrir la verdad más urgente y necesaria: ¿quién la mandó matar?”, dijo la arquitecta Mônica Benício, viuda de Marielle.

Desde el PSOL (su partido, que ha programado una serie de eventos en su homenaje para esta semana), también surgieron diversas reacciones en el mismo sentido. El diputado David Miranda afirmó en Brasilia que “los que ejecutaron a Marielle lo hicieron por encargo, hay que saber de quién. Las detenciones son un avance que tardó, pero son importantes. Sin embargo, este tema solo estará solucionado cuando sepamos quién la mandó matar. Solo entonces habrá  justicia para Marielle y Anderson, y nuestra lucha no descansará hasta entonces”.

El Desconcierto


Marielle: um ano depois do crime, investigação entra em nova fase

Após um ano do assassinato da ex-vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, a investigação do caso chega a uma nova fase. A segunda etapa começou ontem — um dia depois da prisão de dois suspeitos de ter cometido os homicídios, o policial militar reformado Ronnie Lessa e o ex-policial militar Élcio Vieira de Queiroz — com novos mandados de busca e apreensão cumpridos pela Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro.

O foco dos agentes era apreender documentos, mídias eletrônicas, celulares, armas e munições de pessoas identificadas, na investigação, por ter ligação com os suspeitos. Ao todo, foram 16 mandados autorizados pela Justiça. Cinco pessoas foram ouvidas na Delegacia de Homicídios (DH). Entre eles, estão dois policiais militares, um bombeiro e dois empresários.

A continuidade da investigação, no entanto, não terá mais a presença do delegado Giniton Lages à frente do caso. Na tarde de ontem, o governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), informou que o delegado não participará da segunda etapa da apuração do crime. Witzel disse que indicou Lages para um intercâmbio de quatro meses na Itália. “Ele não está sendo exonerado”, frisou o governador, que também garantiu que Lages não está sendo afastado. “Ele encerrou uma fase da investigação e, agora, outra autoridade vai assumir o caso para, eventualmente, identificar o mandante do crime”, completou.

A Polícia Civil informou apenas que o delegado sairá de férias na segunda-feira. Nenhum nome foi ainda indicado para conduzir as investigações durante esse período. Em conversa com o Correio, o deputado federal Marcelo Freixo (Psol-RJ), colega de partido de Marielle, avaliou a substituição do delegado como positiva. “Tivemos muitos problemas nessa primeira fase. Um ano é muito tempo para chegar apenas a quem praticou o crime. É só o primeiro passo”, comentou.

No entanto, Freixo reforçou que a prisão dos suspeitos é importante para chegar ao mandante. “Se não chegarmos a quem mandou matar Marielle, não valeu de nada a investigação”, afirmou. “Não foi apenas um crime contra uma parlamentar, mas contra a democracia, contra a República”, ressaltou.

Manifestações

Várias manifestações e homenagens a Marielle estão programadas para hoje no país. Às 10h, uma missa na Igreja da Candelária, no centro do Rio de Janeiro, lembrará a morte da vereadora e de Anderson Gomes. Haverá ainda uma série de protestos na capital carioca, a maior parte programada para o período da manhã. Em Brasília, o evento “365 dias sem Marielle” está marcado para as 12h na Praça Zumbi dos Palmares, localizada no Conic. Haverá distribuição de 365 placas com o nome da vereadora.

O PSol, partido de Marielle Franco, também planeja atos como forma de homenageá-la e pedir Justiça. Um ato silencioso ocorrerá no plenário da Câmara dos Deputados por volta de 11h. Na próxima segunda-feira, será realizada uma sessão solene também às 11h para lembrar as vítimas. Na Câmara Legislativa do Distrito Federal, uma sessão solene está programada para hoje às 19h.

Correio Braziliense


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