Brasil: organizaciones populares marcharon en rechazo a las reformas de Bolsonaro

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Los líderes de la oposición de izquierda en Brasil aseguraron con motivo del 1 de mayo, que el gobierno del presidente Jair Bolsonaro está debilitado e instaron a derrotar la «reforma» a la Previsión Social, con un llamado a unir fuerzas contra las ofensivas de la gestión del mandatario.

El líder del Movimiento de los Trabajadores Sin Techo (MTST) y candidato a la Presidencia por el Partido Socialismo y Libertad (PSOL) en 2018, Guilherme Boulos, dijo que hay «diversidades, matices, diferencias, pero cuando se trata de defender derechos, este escenario habla la misma lengua».

Durante la manifestación en el centro de Sao Paulo, una de las principales zonas industriales de Brasil, Boulos agregó que «la reforma a la Previsión Social es hoy el principal ataque a los derechos sociales en Brasil». Según el opositor, la «reforma» laboral, ya aprobada desde el anterior gobierno de Michel Temer, está directamente ligada a la de la Previsión Social que impulsa Bolsonaro, y que incluye aumentar requisitos y restricciones para alcanzar la jubilación y las pensiones, indicaron fuentes locales.

Poca popularidad de Bolsonaro

El líder opositor afirmó que «ha retirado la recaudación del sistema de seguridad social», y además citó otro «efecto económico perverso» de la propuesta: «El 70 por ciento de los municipios tiene como principal fuente económica los beneficios de la jubilación, informó la Red Brasil Actual y agregó que «desmontar» el sistema significa «jugar a la suerte 10 decenas de millones de personas», finalizó Boulos.

Para el presidente del Partido Democrático del Trabajo, (PDT), Carlos Lupi, el proyecto de la Previdencia es el principal motivo de la caída de popularidad de Bolsonaro, que con pocos meses «es el presidente con menor apoyo popular de la historia».

Lupi, quien fue ministro de Trabajo del segundo mandato de Lula al primer año de la expresidenta Dilma Rousseff, también habló de unir a la oposición. «Debemos tener unidad en la causa, y Bolsonaro consigue eso», afirmó.

El Periódico


Oposição usa 1º de Maio para ato contra Bolsonaro

Fragmentada desde a eleição presidencial do ano passado, a oposição quer transformar a celebração do Dia do Trabalho, nesta quarta-feira, no Vale do Anhangabaú, na primeira manifestação significativa contra o governo Jair Bolsonaro. Pela primeira vez, todas as dez centrais sindicais brasileiras vão celebrar juntas o 1.º de Maio em São Paulo. No Palácio do Planalto, a avaliação é de que o ato não tem potencial para causar desgastes ao governo ou estimular a oposição.

O palanque do evento deverá reunir três dos principais candidatos de esquerda na eleição do ano passado. Fernando Haddad (PT) – que disputou e perdeu o segundo turno contra Bolsonaro -, Ciro Gomes (PDT) e Guilherme Boulos (PSOL) confirmaram presença. Ciro, porém, depende de condições de saúde para participar do ato. O pedetista virou alvo do PT após recusar dar apoio explícito a Haddad na fase decisiva da disputa presidencial. No Congresso, as siglas de esquerda ainda não conseguiram formar uma unidade de atuação.

Apesar das divergências no campo político, os organizadores acreditam que o evento conjunto pode ser o ponto de partida para uma série de manifestações contra medidas do governo, tendo como vetor a reforma da Previdência. As centrais pretendem realizar uma greve geral nacional no dia 14 de junho, às vésperas da data prevista para votação da reforma no Congresso.

“Sempre foi um sonho nosso (o ato unificado). Por mais divergência que a gente possa ter, a conjuntura nacional nos levou a este momento histórico”, disse o presidente da Força Sindical, Miguel Torres.

Os organizadores admitem que essas divergências podem vir à tona durante o evento, a exemplo do que aconteceu no ano passado, quando CUT e Força Sindical fizeram um ato conjunto em Curitiba, em protesto contra a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Representantes da CUT vaiaram os discursos de dirigentes da Força.

As centrais e os partidos às quais estão ligadas estão longe de ter posições conjuntas sobre a reforma da Previdência. “Os partidos andam conversando muito, mas têm diferenças. PT, PSB e PSOL fecharam questão contra a reforma. Outros, não”, disse Antonio Neto, presidente da Central de Sindicatos Brasileiros (CSB), candidato derrotado ao Senado pelo PDT de São Paulo.

A reforma trabalhista do governo Michel Temer que eliminou o chamado imposto sindical também será alvo de críticas. Segundo os organizadores, existe um plano para eliminar o movimento sindical brasileiro.

Além de CUT, Força, CSB e Intersindical, CTB, UGT, CGTB, Nova Central e CSP-Conlutas participam da organização em conjunto com as frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular.

O ato no Vale do Anhangabaú, no centro da capital paulista, terá shows de vários artistas, mas sem sorteios de brindes – o que marcava as manifestações do 1.º de Maio da Força Sindical. Além dos políticos de esquerda, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), confirmou presença no evento.

Pronunciamento

O governo não preparou nenhuma solenidade alusiva ao Dia do Trabalho. O presidente Jair Bolsonaro gravaria ainda na terça-feira, 30, um pronunciamento que irá ao ar nesta quarta, às 20h, em cadeia de rádio e TV. Ele deverá relatar esforços do governo para reverter as taxas de desemprego do País. Para o presidente, as medidas econômicas que estão sendo adotadas pelo governo vão fomentar investimentos e a geração de empregos.

Integrantes do Planalto ouvidos nesta terça pelo jornal O Estado de S. Paulo minimizaram o ato conjunto das centrais sindicais. O governo, contudo, está se preparando para mobilizações em junho, que deve ser um mês decisivo para aprovação da reforma da Previdência.

As centrais enfrentam escassez de recursos para bancar festas grandiosas desde o fim da contribuição sindical obrigatória na reforma trabalhista, em 2017. Desde então, o desconto de um dia de trabalho por ano em favor do sindicato da categoria passou a ser opcional. A decisão do Congresso foi confirmada pelo plenário do Supremo Tribunal Federal em meados do ano passado.

Além do protesto em São Paulo, o governo federal foi informado de que uma manifestação está sendo preparada para ser realizada em Taguatinga, cidade-satélite de Brasília. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Istoé

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