Brasil: pese a las revelaciones, Bolsonaro defiende a Moro y dice que su postura «es excepcional»

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O presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou, nesta quinta-feira (20), que a “postura” do ministro Sergio Moro “no passado e no presente é excepcional”.

“Parabéns mais uma vez ao Sergio Moro, porque realmente cada vez mais ele comprova que é digno de ser um mito no Brasil. A sua postura no passado e no presente é excepcional e dou graças a Deus por tê-lo em nosso governo”, disse Bolsonaro, durante uma live publicada em suas redes sociais.

O presidente da República deu as declarações ao comentar a edição, nesta semana, de uma medida provisória que permite agilizar a venda de bens confiscados de traficantes que estão à disposição do Ministério da Justiça.

Não foi o primeiro elogio público nesta quinta-feira de Bolsonaro a Moro, ministro que está sob pressão desde que foram reveladas, pelo site The Intercept Brasil, trocas de mensagem do ex-juiz da Lava Jato com o coordenador da força tarefa da operação, Deltan Dallagnol.

Mais cedo, o presidente deu nota 10 a Moro pelo seu desempenho, um dia antes, em um depoimento no Senado para explicar o conteúdo das mensagens vazadas.

De acordo com o The Intercept Brasil, as conversas mostram que Moro interferiu na atuação da força tarefa da Lava Jato. Em nove horas de depoimento aos senadores, Moro negou que tenha havido conluio com o Ministério Público e colocou-se como alvo de ataque hacker de um grupo criminoso e organizado.

«[Nota] dez pro Moro. Subiu no meu conceito. Apesar que ele não poderia crescer mais do que já cresceu», disse Bolsonaro nesta quinta-feira, em Miracatu, interior de São Paulo.

Folha de S. Paulo


Lula dice que su caso ha sido impactado por parcialidad de Moro

El expresidente de Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, aseguró este jueves que su caso ha sido impactado por vientos de cambios, luego de que se dieran a conocer las filtraciones irrefutables reveladas por el sitio The Intercept sobre la conducta parcial del exjuez y actual ministro de Justicia de Brasil, Sergio Moro.

Estas aseveraciones las hicieron diversas personalidades políticas de Brasil que tuvieron la oportunidad de visitar al exmandatario en la sede de la Policía Federal (PF) de Curitiba, entre ellas a la presidenta del Partido de los Trabajadores (PT), Gleisi Hoffman.

La dirgente política expresó que “la verdad está saliendo a la luz. Lula tiene que ser liberado y el proceso tiene que ser anulado” ya que “las pruebas de parcialidad de Moro, publicadas por The Intercept, deben ser tenidas en cuenta en el juicio del habeas corpus del expresidente brasileño marcado para el 25 de junio en el Supremo Tribunal Federal”.

Por su parte, el líder del Movimiento de los Trabajadores Sin Techo (MTST), Guillermo Boulos, quien también visitó a Lula, calificó como contundentes los mensajes revelados por The Intercept. “Lula comparte un diagnóstico con nosotros, (y es) que los vientos comenzaron a girar a su favor», aseguró.

Indicó que también, que conversaron sobre la reforma de Seguridad Social implementada por el presidente de Brasil, Jair Bolsonaro, y sobre los recortes en la educación anunciados por el Gobierno, ante lo que coincidieron en que “la apuesta de Bolsonaro es una que no atiende los intereses de la mayoría”.

El pasado viernes 14 de junio Lula expresó que “Brasil finalmente conocerá la verdad, siempre dije que Moro es mentiroso. Aseguré en el primer testimonio que hice, está grabado, que él estaba condenado a condenarme”.

«Las caretas se van a caer, y no sé lo que vaya a pasar, pero van a caer. Tengo la tranquilidad de quien es honesto. Dios sabe que soy honesto, Moro sabe que soy honesto”, agregó.

El pasado domingo 9 de junio, el medio brasileño Interception, dio a conocer tres informes en los que se demuestra la complicidad del actual ministro de Justicia, Sergio Moro, y el Fiscal de Brasil, Deltan Dallagnol, para impedir las entrevistas al expresidente Lula durante la pasada campaña electoral.

Moro condenó al Lula a más 12 años de prisión por supuesta corrupción, entre otros cargos, por ello el expresidente ya lleva 438 días preso.

Telesur


Orientações de Moro alteraram oitiva de Lula, mostra novo vazamento

Instruções do ex-juiz Sérgio Moro resultaram em uma troca de procuradores na bancada acusatória do caso do tríplex do Guarujá, que prendeu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo novos vazamentos noticiados pelo jornalista Reinaldo Azevedo, na rádio Band News. Desta vez, os diálogos revelados envolvem os procuradores Deltan Dallagnol e Carlos Fernando, sobre o episódio em que Moro se queixou do desempenho da procuradora Laura Tessler nas audiências do petista. A apuração foi realizada em parceria com o site The Intercept Brasil.

Os novos trechos dizem respeito ao momento em que Moro afirmou a Dallagnol que a procuradora Laura Tessler era uma excelente profissional, mas, em ocasiões de inquirição na audiência, “ela não vai muito bem”. Segundo Azevedo, após receber a opinião de Moro, Dallagnol chamou o procurador Carlos Fernando no aplicativo Telegram e sugeriu modificação na escala de acusadores na audiência seguinte.

Ao chamar o colega, Dallagnol perguntou: “Recebeu a mensagem do Moro sobre a audiência também?”. Carlos Fernando teria respondido: “Não, o que ele disse?”. Em resposta, Dallagnol reforçou: “Não comenta com ninguém e me assegura que teu Telegram não tá aberto aí no computador e que outras pessoas não estão vendo por aí, que falo”.

Após ter certeza de que Carlos Fernando não estava com o aplicativo aberto, Dallagnol reproduziu a mensagem de Moro, que dizia: “Prezado, a colega Laura Tessler de vcs é excelente profissional, mas para inquirição em audiência, ela não vai muito bem. Desculpe dizer isso, mas com discrição, tente dar uns conselhos a ela, para o próprio bem dela. Um treinamento faria bem. Favor manter reservada essa mensagem”.

Carlos Fernando teria dito que apagou as mensagens e Dallagnol prosseguiu: “Vamos ver como está a escala e talvez sugerir que vão 2, e fazer uma reunião sobre estratégia de inquirição, sem mencionar ela”. Fernando, então, comentou: “Por isso tinha sugerido que Júlio ou Robinho fossem também. No do Lula não podemos deixar acontecer”.

Dois meses depois, no dia 10 de maio de 2017, a audiência do ex-presidente Lula não contava com a presença da procura Laura Tessler, que teria dado lugar aos acusadores Roberson Pozzobom e Júlio Noronha, segundo Azevedo. O jornalista afirma que os diálogos contradizem a versão de Moro na audiência realizada na quarta-feira 19, no Senado. Na sessão, Moro disse ao senador Nelsinho Trad (PSD-MS) que “em nenhum momento no texto, há alguma solicitação de substituição daquela pessoa. Tanto que essa pessoa continua e continuou realizando audiências e atos processuais, até hoje, dentro da operação Lava Jato”.

Sucessão de vazamentos

Esta é a quinta data em que o Intercept libera trechos de mensagens privadas no âmbito da Lava Jato. Na última terça-feira 18, uma reportagem do portal revelou diálogos em que Moro teria sugerido poupar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) de investigações. Na ocasião, o então juiz teria alertado que uma operação como essa poderia “melindrar alguém cujo apoio é importante”.

Na semana passada, o site também divulgou conversas que mostrariam uma suposta articulação entre Moro, Dallagnol e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux. Outros vazamentos noticiados demonstram que Moro teria zombado da defesa de Lula, enquanto orientava acusadores a produzir nota, sugeria testemunhas, solicitava troca de fases na investigação e cobrava ações da força-tarefa. Além disso, uma das reportagens aponta que Dallagnol tinha dúvidas sobre as provas contra o ex-presidente petista no caso do tríplex do Guarujá, pouco antes de apresentá-las no processo.

Na última quarta-feira 19, Moro passou quase nove horas em audiência no Senado, para esclarecer os vazamentos veiculados na imprensa. Em sua defesa, Moro se concentrou em exaltar a Operação no combate à corrupção, denunciar a invasão de criminosos a celulares de autoridades públicas e classificar as divulgações do Intercept como “sensacionalistas”. Segundo sua teoria, o escândalo é orquestrado por hackers que têm o objetivo de anular condenações de corruptos ou obstaculizar processos em andamento.

Sobre o conteúdo vazado, o ministro reforçou que não reconhece a autenticidade das mensagens, porém, não descartou ter mencionado trechos noticiados. “Tem coisas que eventualmente eu possa ter dito. Outras causam estranheza. Mas essas mensagens podem ter sido total ou parcialmente adulteradas”, afirmou. Além disso, disse que considera os diálogos “absolutamente corriqueiros”.

Após a audiência, a Associação Juízes para a Democracia publicou nota de repúdio às falas de Moro no Senado. Segundo a instituição, é inaceitável que o ministro confunda a urbanidade na interação entre juízes e membros do Ministério Público com a fusão de seus distintos papéis processuais. “Tais práticas não refletem, em absoluto, a conduta das magistradas e dos magistrados brasileiros que cumprem o seu dever funcional. Ao defendê-las, o Ministro promove uma inaceitável banalização do exercício distorcido da atividade judicante, ofensiva à sua dignidade, seriedade e respeitabilidade”, diz o parecer.

O próximo a ser ouvido no Senado deve ser o procurador Deltan Dallagnol, conforme anúncio do Senado na terça-feira 18. O requerimento é de autoria do senador Angelo Coronel (PSD-BA), que tem o objetivo de apurar “suposta e indevida coordenação de esforços” na força-tarefa.

Carta Capital

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