Marchas contra la reforma previsional y las expresiones de violencia de Bolsonaro

554

CUT-SP convoca para ato e caminhada contra a reforma da Previdência

Dentro do calendário de mobilização contra a Reforma da Previdência, a CUT convoca para a terça (6) um ato e caminhada pelas ruas do centro de São Paulo. A concentração terá início às 10h na Praça do Patriarca.

A proposta da entidade, junto aos sindicatos, é caminhar pelas ruas do centro alertando a população sobre os impactos da reforma na classe trabalhadora.

A mobilização nos últimos tempos obrigou o governo a recuar em muitos pontos da proposta original apresentada no Congresso. Mas, mesmo assim, o texto continua inaceitável, com regras muitas duras que prejudicam os trabalhadores e as trabalhadoras.

Por todo o país, sindicatos e movimentos sociais estão coletando assinaturas da população para o abaixo-assinado contra a reforma do governo que, apesar de ter sido aprovada em 1º turno na Câmara, passará por novas votações. Então ainda é possível mobilizar e pressionar deputados e senadores para votarem contra a proposta.

Uma das ferramentas de pressão nas redes sociais é o site Na Pressão (www.napressão.org.br), que permite aos usuários enviarem mensagens aos parlamentares em seus contatos de WhatsApp. A plataforma apresenta uma lista dos deputados que votaram contra a aposentadoria no 1º turno, facilitando o envio da mensagem.

Clique aqui e baixe o jornal sobre a Reforma da Previdência.

Confira o vídeo sobre um dos pontos da reforma:

CUT

 


Prisão de Lula é ‘expressão da ditadura no país’, afirma CUT em ato na Paulista

A prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é a expressão de que a ditadura está presente no país hoje, afirmou no início da noite desta segunda-feira (5) o presidente da CUT, Vagner Freitas, durante ato na Avenida Paulista “Ele está preso porque era candidato à Presidência da República e ia ganhar a eleição. Lula precisa ser solto. A bandeira Lula Livre purifica todos aqueles que lutam pela democracia”, acrescentou, diante da vão livre do Masp, no ato Ditadura Nunca Mais, convocado pela Frente Povo sem Medo para rebater a escalada autoritária que atinge o país com o governo Bolsonaro. “É preciso reagir, antes que seja tarde”, alertou a organização do evento.

“O que o Bolsonaro fez, nestes últimos dias, passou de qualquer limite com a declaração sobre o Fernando Santa Cruz, desaparecido político da ditadura militar (1964-1985), assassinado por essa ditadura. Ao que consta, ocultaram seu corpo até hoje, sem que a família tivesse podido enterrar”, disse o líder do Movimento dos Trabalhadores sem Teto (MTST) Guilherme Boulos. O ex-candidato à Presidência pelo Psol fez referência a declaração do presidente que desdenhou e duvidou da morte do ativista, pai do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, pelas mãos de militares. Ele foi preso e desapareceu em 1974.

“Felipe Santa Cruz é filho do Fernando. Bolsonaro disse, para atacá-lo, que sabia onde está o corpo do pai dele, o que teria acontecido com o pai dele. Ou seja, o presidente da República se colocou como cúmplice de um homicídio. De um assassinato cometido pela ditadura, pelo Estado. Isso é crime”, disse Boulos, citando ainda outra declaração do presidente, sobre chacina em um presídio em Altamira, no Pará, na semana passada. “Fez troça, tratou como ridículo a morte de 57 pessoas que estavam em um presídio onde houve uma guerra, um massacre. Tratou com ironia quando foi perguntado sobre isso.”

Liberdade de expressão

Característica básica de ditaduras, o ataque à liberdade de expressão, também está presente nas últimas ações do governo Bolsonaro. “Sergio Moro (ministro da Justiça) editou uma portaria de deportação sumária, inconstitucional, em um caso que ele é investigado, não poderia comandar a investigação. Falou em destruir provas e Bolsonaro falou na prisão do Glenn Greenwald”, disse o líder do MTST, a respeito da perseguição do governo contra o jornalista do site Intercept, responsável pelo escândalo da Vaza Jato, que revelou relações promíscuas entre Moro, quando juiz federal, e procuradores da Operação Lava Jato.

“Nos últimos dias, esse governo se colocou como cúmplice de homicídio, perseguiu jornalista, atacou a liberdade de imprensa. O que falta mais? Chegou no limite. Ultrapassou uma linha vermelha. Não dá mais”, completeou Boulos. “Agora é momento de reagir e ir para as ruas. O próximo degrau é a destruição completa da democracia brasileira. Falta pouco. Bolsonaro se mostra, a cada dia, um ser pior. Supera todas as expectativas negativas.”

A ex-ministra Eleonora Menicucci repudiou as ações de Bolsonaro durante o ato. “Esse aí, que ao votar no golpe que tirou a primeira mulher eleita e reeleita, com 54 milhões de votos, para presidenta do país, dedicou seu voto (pelo impeachment de Dilma Rousseff, em 2016) ao maior torturador desse país, o Ustra (o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, apontando como um dos principais torturadores da ditadura). Sei o que significa isso, sei bem o que é ser torturada. É abominável e, também, é abominável como ele chegou lá. Por fake news. Este ato é uma manifestação de repúdio a todas essas manifestações que Bolsonaro tem feito a favor da ditadura”, disse.

Pela Frente Brasil Popular, o coordenador-geral da Central de Movimentos Populares (CMP), Raimundo Bonfim, também se referiu à da criminalização de movimentos sociais. “Hoje, há 41 dias, companheiros como a Preta Ferreira, estão atrás das grades por lutar por moradia. Esta é uma situação gravíssima. Precisamos estar todos unidos neste momento. É um governo autoritário que pretende entregar nossa soberania e atacar nossa democracia”, criticou.

Homenagem

Hoje, o MTST decidiu realizar mais uma homenagem aos mortos e desaparecidos da ditadura. O núcleo de luta por moradia de Santo André, no ABC paulista foi batizado com o nome de Fernando Santa Cruz. “O núcleo existe oficialmente há dois meses e funciona, na prática, como uma ocupação fora do terreno. Toda semana, coordenadores do MTST reúnem-se com centenas de famílias que precisam de moradia — que vivem de favor, que comprometem mais do que podem para pagar o aluguel e não morar na rua, num contexto de crise aguda e falta de emprego”, explica a entidade.

“O Brasil ficou estarrecido, na última semana, com uma declaração em especial do presidente — em meio a tantas. Bolsonaro afirmou saber como morreu o pai do presidente da OAB (Ordem dos Advogados Brasileiro). Fernando Santa Cruz foi sequestrado e assassinado — não se sabe como — pela ditadura militar que governou o país de 1964 a 1985, o que foi reconhecido pelo próprio estado brasileiro. Bolsonaro, depois, mentiu dizendo que companheiros de Fernando o teriam matado. Praticamente todo o conjunto da sociedade se escandalizou e condenou a fala absurda que distorce a história, ataca a dignidade humana e ofende a memória de quem ousou contestar o regime militar”, completou o MTST.

Rede Brasil Atual


Previdência: começa nesta terça votação da reforma em 2º turno na Câmara. Saiba o que está em jogo

A Câmara dos Deputados retoma nesta terça-feira a votação em segundo turno da reforma da Previdência . Depois de ter sido aprovada em primeiro turno no mês passado , a proposta de emenda à Constituição (PEC) precisa agora ser analisada novamente pelo plenário da Casa. Como na primeira rodada, são necessários 308 votos para que o texto avance. A expectativa é que o processo seja concluído ainda nesta semana.

Em seguida, a matéria segue para o Senado. Antes de iniciar os trabalhos, o plenário da Câmara terá que votar um requerimento para quebrar a exigência de intervalo de cinco sessões entre os turnos, que ainda não foi cumprida.

No primeiro turno, 379 deputados votaram a favor do texto-base da reforma. O projeto acabou sendo modificado para garantir regras mais brandas para algumas categorias, como policiais e professores . O plenário também aprovou mudanças que permitem que homens continuem a se aposentar com 15 anos de contribuição, como hoje. A proposta original aumentava essa exigência para 20 anos.

As modificações aprovadas na Câmara reduziram a economia prevista com a reforma de R$ 1,2 trilhão para R$ 933,5 bilhões em dez anos. A meta de economizar ao menos R$ 1 trilhão no período é defendida pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, desde o início do governo. A equipe econômica afirma que esse objetivo ainda será alcançado, graças à medida provisória (MP) que instituiu um pente-fino nos benefícios do INSS, que resultará em economia de R$ 200 bilhões, também em uma década.

Para o segundo turno, o plano do governo é evitar que o texto seja mais desidratado. Nesta etapa de votação, não são permitidas mudanças que acrescentem pontos à proposta. Os parlamentares podem, no entanto, propor a retirada de algum trecho, por meio dos chamados destaques supressivos.

OGlobo


‘Os caras vão morrer na rua igual barata, pô’, diz Bolsonaro sobre criminosos

Questionado sobre o que fazer para resolver a violência no Rio e no Brasil, em entrevista para o canal do YouTube da jornalista Leda Nagle, publicada nesta segunda-feira, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que vai enviar um projeto ao Congresso com o objetivo de dar «retaguarda jurídica» para que os policiais possam utilizar armas de fogo em operações sem serem procesados. Para ele, a violência cairá «assustadoramente» se houver excludente de ilicitude na proteção da vida, da propriedade e do patrimônio.

– Os caras vão morrer na rua igual barata, pô. E tem que ser assim – declarou Bolsonaro. A entrevista foi concedida na última quinta-feira e publicada hoje pela manhã.

O presidente afirmou que não se acaba com a violência facilmente, mas destacou que a presença dele e do ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro, «dando exemplo», já diminuiu estes índices «em torno de 24%». De acordo com o «Monitor da Violência» criado pelo G1, com base nos dados oficiais dos 26 estados e do Distrito Federal, o número de mortes violentas caiu 24% no Brasil no primeiro trimestre desse ano em relação ao mesmo período de 2018.

– Como cai mais? Está desequilibrado, o bandido tem mais direito do que o cidadão de bem. Eu estou mandando um projeto, que vai ter dificuldade de ser aprovado, mas não tem outra alternativa. Nós temos que dar uma retaguarda jurídica para as pessoas que fazem a segurança: policial civil, militar, federal, rodoviário. Em operação, o pessoal tem que usar aquela máquina que tem na cintura, ir para casa e no dia seguinte ser condecorado, não processado – disse.

Ao ser indagado sobre o caso do morador de rua Plácido Correa de Moura, de 44 anos, preso no dia 28 do mês passado acusado de ter matado a facadas dois homens na Lagoa Rodrigo de Freitas, na Zona Sul do Rio, Bolsonaro afirmou que «a faca é pior do que o tiro». E lembrou da própria declaração, no dia seguinte, «de que não tinha ninguém armado para dar um tiro nele». Em seguida, afirmou que, se estivesse armado no local, teria atirado.

– E eu falei, faltou uma arma na mão de alguém para abater o bandido de rua. E eu apanhei. Se eu tivesse armado ali, teria atirado naquele cara. O próprio policial que chegou ali depois atirou na perna. Tinha que ter atirado no meio dele, pô. A gente vê de vez em quando o cara que leva tiro na perna e reage ainda. Você agindo dessa maneira e o policial tendo a garantia de que não vai ser preso, não vai responder a processo, o bandido pensa duas vezes antes de fazer besteira – disse.

Na mesma linha, ele rememorou o caso do cunhado da apresentadora Ana Hickmann, Gustavo Correa, que foi denunciado por homicídio doloso por matar o autor de um atentado contra Ana e sua mulher, que é assessora dela. Um suposto «fã» rendeu os três em um hotel em Belo Horizonte, em 2016. Ele foi morto por Correa após atirar contra sua esposa. O Tribunal de Justiça de Minas Gerais concluiu que o cunhado da apresentadora agiu em legítima defesa.

– Um canalha, bandido, entra num hotel. Dá dois tiros numa senhora. O cunhado da Ana Hickmann pega esse cara, toma a arma dele, e naquela briga no chão dá três tiros na nuca do cara. Está sendo processado por excesso. Vai para tribunal de júri. E já tem anos esse processo aí. O Ministério Público de Minas Gerais recorrendo o tempo todo. Qual exemplo que nós estamos dando? Que crime compensa.

– Se um cara entrar na sua casa, você tiver uma arma, legal, você pensar para atirar nele, você está morta. Você tem que atirar nele. O cara tem que saber que se invadir uma propriedade privada, ele vai ter uma reação. E esse projeto nosso vai entrar nesse lado também – afirmou o presidente.

A jornalista perguntou então se ele conseguiria aprovar o projeto no Congresso e Bolsonaro disse que já garantiu a posse de arma para o «homem do campo», acrescentando:

– Mas a partir do momento que eu entro no excludente de ilicitude, ao defender a minha vida e a de terceiros, a minha propriedade ou de terceiros, o meu patrimônio ou de terceiros, a violência cai assustadoramente.

Sem Garantia da Lei e da Ordem

O presidente disse ainda que não pretende editar novos decretos de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), autorizando o emprego das Forças Armadas na segurança pública, enquanto não conseguir aprovar a mudança na legislação. E comentou que não tem autorizado as medidas porque tem que ter responsabilidade sobre o futuro dos militares.

– Se o Congresso me der essa liberdade, para os militares agirem, eu boto a tropa na rua. Eu não vou visitar meu sargento, meu cabo, meu coronel na cadeia – afirmou.

– Se não conseguir aprovar, a BIC não tem GLO. [Os parlamentares] Se entendam com a população. E eu consigo convencer todo mundo, porque pode ser teu filho que está prestando o serviço militar obrigatório, pode ser o teu marido, que é sargento do Exército, teu cunhado, que é capitão da Marinha, tá? Estamos todos nós envolvidos… nós queremos vencer essa batalha – acrescentou, apontando para a câmera.

Bolsonaro deu como exemplo policiais que o acompanharam nos tempos de deputado federal que temiam que eventuais vítimas de criminosos testemunhassem contra eles caso os algozes fossem mortos em uma ação.

– Ela pode até falar: ele só queria meu relógio, ele é uma vítima da sociedade’. Vai ser uma testemunha contra nós. É verdade, é verdade. Agora [em] uma ação como essa, nós temos que interferir ou intervir, não interessa o que aquela pessoa na frente vai falar, nós temos que abater esse cara.

Ele concluiu lembrando do ex-prefeito de Cariacica (ES), conhecido como Cabo Camata, que era da Polícia Militar e faleceu no ano 2000.

– Como ele já morreu, eu posso falar. Tinha muito assalto a ônibus. Ele começou a pegar os colegas dele da reserva –outros tempos, né?, melhor do que hoje no tocante à segurança, muito melhor do que hoje — e começou a botar dois, três atrás do ônibus, descaracterizado. Quando o cara anunciava o assalto, pimba. Pô, matou três, quatro, acabou o assalto a ônibus. Vagabundo não foi mais assaltar ônibus, acabou assalto a ônibus. Está chegando num ponto tal que você é obrigado a agir dessa maneira – disse Bolsonaro.

O Globo


VOLVER
Más notas sobre el tema