Bolsonaro amenazó a un periodista: «Me dan ganas de cerrarte la boca con una trompada»

Foto: Mauro Pimentel
775

Bolsonaro le dijo a un periodista que tenía ganas de llenarle «la boca de trompadas»

El presidente de Brasil, Jair Bolsonaro, respondió este domingo que deseaba llenarle “la boca de trompadas” a un periodista que lo consultó sobre una supuesta transferencia bancaria a su esposa de parte de un antiguo asesor de su hijo Flávio, informó la prensa local

“Mi deseo es llenarte la boca de trompadas, ¿de acuerdo?”, replicó el mandatario a un reportero del diario O Globo que, junto a otros cronistas, lo abordó esta tarde, cuando salía de una breve visita a la catedral de Brasilia.

El periodista que recibió la airada respuesta consultó a Bolsonaro sobre supuestas transferencias de Fabricio Queiroz a Michelle Bolsonaro de fondos provenientes de una red de corrupción por la que se investiga al senador Flávio Bolsonaro, según el sitio web G1, de la cadena de medios Globo.

Tras hablarle de ese modo al cronista, Bolsonaro fue a conversar y a tomarse fotografías con los vendedores ambulantes de las afueras de la catedral, y luego se subió a su automóvil oficial para dirigirse al Palacio de la Alvorada, la residencia presidencial.

La reacción “muestra que Jair Bolsonaro desconoce el deber de cualquier servidor público, sin importar su cargo, de rendir cuentas a la población”, dijo el diario O Globo en una declaración en la que advirtió que “continuará haciendo las preguntas que deben hacerse, en este y en todos los gobiernos”.

La actitud del mandatario fue cuestionada también por la Asociación Brasileña de Periodismo de Investigación (Abraji) y las ONG Artículo 19, Conectas Derechos Humanos, Observatorio de Libertad de Prensa y Reporteros Sin Fronteras en un comunicado conjunto.

También, por separado, la deploraron la Asociación Nacional de Diarios (ANJ, en portugués), la Asociación Brasileña de Prensa y la poderosa Orden de Abogados de Brasil (OAB).

Asimismo, la criticaron los senadores Randolfe Rodrigues, Humberto Costa y Rogério Carvalho; los diputados Alessandro Molon, Arnaldo Jardim y José Guimaraes, así como el Partido de la Social Democracia Brasileña (PSDB) y el Movimiento Democrático Brasileño (MDB).

Telam


Momento é de volta à normalidade e aos empregos, diz Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro disse neste domingo (23), em rede social, que o momento é de abrir o comércio com responsabilidade, voltar à normalidade e resgatar os empregos. Ele citou em vídeo declaração da OMS (Organização Mundial da Saúde) para lembrar que sempre defendeu o combate à pandemia junto com a economia.

«Ao longo desses cinco meses, algumas autoridades destruíram os empregos. O governo federal fez sua parte. Criou meios para que pequenas e médias empresas conseguissem manter seus empregados. Assim como criou o auxílio emergencial de R$ 600 que durou por cinco meses. Esse valor pode não ser muito para quem o recebe, mas é muito para o brasil que gasta por mês R$ 50 bilhões», disse o presidente.

De acordo com as informações do Ministério da Saúde, até este sábado (22), o país tinha registrado 114.250 mortos pela covid-19 e 3.582.362 casos desde a primeira notificação.

Noticias R7


‘A liberdade de imprensa é um valor inegociável na democracia’, afirma Maia sobre ameaça de Bolsonaro a jornalista; veja repercussão

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, disse neste domingo (23) que «a liberdade de imprensa é um valor inegociável na democracia». A declaração foi dada a «O Globo» após o presidente Jair Bolsonaro dizer a um repórter do jornal que estava com vontade de “encher” a boca dele “na porrada”.

Maia disse ainda que «espera que o presidente retome o tom mais moderado dos últimos 66 dias».

Bolsonaro deu a declaração após ter sido questionado por um repórter do jornal «O Globo» sobre cheques de Fabrício Queiroz para a primeira-dama Michelle Bolsonaro. Um repórter do G1 perguntou, em seguida, sobre movimentações nas contas da empresa do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente.

Ao ser questionado, Bolsonaro disse, primeiro, que não responderia às perguntas. Depois, ao ser questionado novamente sobre os cheques para Michelle, Bolsonaro se dirigiu aos jornalistas e disse: «Eu vou encher a boca desse cara na porrada”. Na sequência, o presidente emendou: «Minha vontade é encher tua boca na porrada, tá?»

Jornal «O Globo»

«O GLOBO repudia a agressão do presidente Jair Bolsonaro a um repórter do jornal que apenas exercia sua função, de forma totalmente profissional, neste domingo.

Em cobertura de compromisso público do presidente, o repórter solicitou que ele se pronunciasse sobre reportagens da revista Crusoé e do jornal Folha de S.Paulo que, no início deste mês, informaram que o ex-assessor de Flávio Bolsonaro Fabrício Queiroz e a mulher dele depositaram cheques no valor de R$ 89 mil na conta da primeira-dama, Michelle Bolsonaro. Anteriormente, o presidente havia prestado uma informação diferente sobre os valores.

Bolsonaro, então, em manifestação que foi gravada, não respondeu à pergunta e afirmou a vontade de agredir fisicamente o repórter.

Tal intimidação mostra que Jair Bolsonaro desconsidera o dever de qualquer servidor público, não importa o cargo, de prestar contas à população.

Durante os governos de todos os presidentes, o GLOBO não se furtou a fazer as perguntas necessárias para cumprir o papel maior da imprensa, que é informar os cidadãos. E continuará a fazer as perguntas que precisarem ser feitas, neste e em todos os governos.»

Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), Artigo 19, Conectas Direitos Humanos, Observatório da Liberdade de Imprensa da OAB e Repórteres sem Fronteiras

«Durante uma visita à Catedral de Brasília no domingo, 23.ago.2020, o presidente do Brasil disse a um jornalista que gostaria de agredi-lo fisicamente. Abraji, Artigo 19, Conectas Direitos Humanos, Observatório da Liberdade de Imprensa da OAB e Repórteres sem Fronteiras se solidarizam com o repórter e condenam mais um episódio violento protagonizado por Jair Bolsonaro, cuja reação, ao ouvir uma pergunta incisiva, foi não apenas incompatível com sua posição no mais alto cargo da República, mas até mesmo com as regras de convivência em uma sociedade democrática. Um presidente ameaçar ou agredir fisicamente um jornalista é próprio de ditaduras, não de democracias.

A ameaça se deu quando um repórter questionou o presidente sobre os depósitos realizados por Fabrício Queiroz na conta bancária da primeira-dama, Michelle Bolsonaro. O mandatário respondeu à pergunta com a frase: «Minha vontade é encher tua boca com uma porrada, tá». Os colegas do jornalista perguntaram se a resposta era uma ameaça ao profissional, ou mesmo à imprensa como um todo, mas o presidente deixou o local sem responder.

Essa ameaça de agressão física se soma a um histórico de forte hostilidade de Bolsonaro contra jornalistas e marca um novo patamar de brutalidade. Desde o início de seu mandato, em jan.2018, Jair Bolsonaro vem demonstrando carecer de preparo emocional para prestar contas à sociedade por meio da imprensa, uma responsabilidade de todo mandatário nas democracias saudáveis. Jornalistas têm sido vítimas de agressões verbais constantes ao cumprir sua obrigação profissional de questionar o presidente sobre ações do governo federal e indícios de corrupção ao longo de sua carreira política.

A questão da segurança do trabalho dos jornalistas que cobrem a Presidência da República sob Bolsonaro é uma preocupação recorrente. Em jun.2020, organizações da sociedade civil entraram com uma ação na justiça do Distrito Federal solicitando ao governo que garanta a segurança de jornalistas que cobrem a agenda presidencial – sobretudo os que ficam diante do Palácio do Alvorada e que vinham sendo atacados com frequência por apoiadores do presidente. As agres.sões levaram diversos veículos a interromper a cobertura diária na frente do palácio.

O discurso hostil e intimidatório. de Bolsonaro contra a imprensa vem incentivando sua militância a assediar jornalistas nas redes sociais nos últimos meses, inclusive com ameaças de morte e agressões aos profissionais e a seus familiares. Em pelo menos dois casos, um em Minas Gerais e outro em Brasília, este último no Dia Mundial da Liberdade de Imprensa (03.mai.2020), apoiadores do presidente agrediram repórteres que estavam no desempenho de suas funções. A frase «minha vontade é encher tua boca com uma porrada» pode ser entendida como uma legitimação do cometimento de crimes como esses.

Tal comportamento inadmissível por parte de um presidente da República deveria ser condenado por todas as instituições e cidadãos comprometidos com a estabilidade e o progresso do Brasil. As organizações abaixo assinadas esperam sobretudo dos líderes dos Poderes Legislativo e Judiciário uma reação contundente contra mais essa atitude violenta e irresponsável de Jair Bolsonaro.

Associação Nacional de Jornais (ANJ)

«É lamentável que mais uma vez o presidente reaja de forma agressiva e destemperada a uma pergunta de jornalista. Essa atitude em nada contribui para o ambiente democrático e de liberdade de imprensa previstos pela Constituição», afirmou o presidente da associação, Marcelo Rech.

Associação Brasileira de Imprensa

«Mais uma vez o presidente Jair Bolsonaro choca o país com seu comportamento grosseiro. Ao ser perguntado por um repórter do jornal “O Globo” sobre os sucessivos depósitos feitos pelo PM aposentado Fabrício Queiroz na conta bancária de sua esposa, o presidente respondeu afirmando que tinha vontade de “encher de porrada a boca” do jornalista, em declaração gravada.

Tal comportamento mostra não apenas uma inaceitável falta de educação. É, também, uma tentativa de intimidação da imprensa, buscando impedir questionamentos incômodos.

A ABI se solidariza com o profissional atingido e reafirma que a pergunta feita ao presidente era pertinente e de interesse público.

Por fim, lembra, ao primeiro mandatário do país que o cargo que ocupa exige maior decoro.

Tenha compostura, senhor presidente.»

Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)

«O presidente vinha muito bem nas últimas semanas. Com sua moderação estava contribuindo para a pacificação do debate público. Lamentável ver a volta do perfil autoritário que tanta apreensão causa nos democratas. Nossa solidariedade ao jornalista ofendido e ao jornal O Globo», publicou em rede social o presidente da entidade, Felipe Santa Cruz.

Senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder do partido no Senado

«Ao ser perguntado sobre os depósitos de Queiroz p/ a primeira-dama, Bolsonaro ameaçou um jornalista de agressão física. O medo de responder é tão grande que Bolsonaro quer silenciar quem o fiscaliza de toda forma… Ele vai dizer o mesmo à justiça?»

Senador Humberto Costa (PT-PE)

«ABSURDO – Bolsonaro disse há pouco a um repórter que estava com vontade de “encher a boca” dele de porrada,depois de perguntado sobre os depósitos de Queiroz na conta da primeira-dama.O presidente estava em frente à Catedral de Brasília quando fez a ameaça.

A absurda ameaça feita por Jair Bolsonaro a um repórter do Globo que perguntou sobre os depósitos suspeitos de Queiroz na conta da primeira-dama mostra o desespero do presidente. Até hoje, ele não deu qualquer explicação sobre o assunto. Por quê? Cadê a resposta, falastrão?»

Gilmar Mendes, ministro do STF

«A liberdade de imprensa é uma das bases da democracia. É inadmissível censurar jornalistas pelo mero descontentamento com o conteúdo veiculado. G. Orwell: ‘Jornalismo é publicar aquilo que alguém não quer que se publique. Todo o resto é publicidade’.»

Deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), líder do partido na Câmara

«O que se espera de um presidente é que ele se comporte à altura do cargo que ocupa. Ameaças à imprensa são ameaças à própria democracia. Além disso, Bolsonaro tenta esconder o que aos poucos está vindo à tona: seu envolvimento num esquema criminoso.»

Deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), líder do partido na Câmara

«Postura totalmente inapropriada para um presidente da República. Também revela sua intolerância e desrespeito com a imprensa. As palavras de Bolsonaro constituem verdadeira ameaça à atividade jornalística. Lamentável tal atitude.”

Deputado José Guimarães (PT-CE), líder da Minoria na Câmara

«Veja o vídeo em que Bolsonaro diz querer encher a boca do repórter de porrada. Quando perguntado sobre Queiroz, Bolsonaro partiu pra agressão verbal contra o jornalista. Que fique registrado na história como um tirano trata a imprensa e também o seu medo em falar sobre Queiroz.

Que fique marcada na história a tirania de quem nos governa. Bolsonaro não mudou. Continua autoritário e vai continuar se irritando quando o assunto é Queiroz. Ele sabe que sua família deve explicações.»

Senador Rogério Carvalho (PT-SE), líder do partido no Senado

«‘A vontade que eu tenho é de encher sua boca de porrada’. É assim que o Bolsonaro responde a um jornalista por perguntar a ele sobre uma suspeita de corrupção. Acabou o tempo do Bolsonaro paz e amor! #forabolsonaro»

PSDB

«O presidente volta a mostrar apreço por posturas agressivas e antidemocráticas. Desrespeita a liberdade de imprensa, em atitude que não condiz com o cargo que ocupa. Agindo assim, não nega apenas uma resposta ao jornalista; nega também a informação transparente aos brasileiros.»

MDB

«O MDB defende a liberdade de imprensa e o respeito aos jornalistas profissionais. O presidente da República precisa se retratar pelo que disse ao repórter do jornal O Globo neste domingo. #PontoDeEquilíbrio»

G1


Nas últimas 24 horas, Brasil contabilizou mais de 28 mil novos casos de covid-19

O Brasil possui 3.605.783 de casos de pessoas infectadas pela covid-19 segundo o Conselho Nacional de Secretarias de Saúde (Conass). Em comparação com números deste sábado, foram registrados 23.421 novos casos.

A taxa de letalidade mantém-se na média de 3,2%. Nas últimas 24h foram 494 mortos pela doença, totalizando 114.744 vidas perdidas.

Na lista de estados mais com maior número de infectados, São Paulo ocupa o primeiro lugar, com 745.129 casos e 28.3467 mortes. No segundo lugar, a Bahia contabiliza atualmente 236.050 casos de diagnósticos positivos e 4.905 óbitos.

Pandemia deve perdurar ainda por dois anos

A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou no sábado (22), que a pandemia do coronavírus deve durar ainda pelo menos dois anos. O diretor da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus, falando de Genebra, comparou a atual epidemia com a da gripe espanhola, de 1918, que matou mais de 50 milhões de pessoas no mundo.

O diretor lembrou que no caso da gripe foram necessários dois anos até a erradicação do vírus. Apesar da tecnologia avançada dos dias de hoje, a alta conectividade entre os continentes faz com que a propagação do vírus seja mais difícil de ser controlada.

O que é o novo coronavírus?

Trata-se de uma extensa família de vírus causadores de doenças tanto em animais como em humanos. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), em humanos os vários tipos de vírus podem provocar infecções respiratórias que vão de resfriados comuns, como a síndrome respiratório do Oriente Médio (MERS), a crises mais graves, como a Síndrome Respiratória Aguda severa (SRAS). O coronavírus descoberto mais recentemente causa a doença covid-19.

Como ajudar quem precisa?

A campanha “Vamos precisar de todo mundo” é uma ação de solidariedade articulada pela Frente Brasil Popular e pela Frente Povo Sem Medo. A plataforma foi criada para ajudar pessoas impactadas pela pandemia da covid-19. De acordo com os organizadores, o objetivo é dar visibilidade e fortalecer as iniciativas populares de cooperação.

Brasil de Fato


Más notas sobre el tema