Bolsonaro vuelve a reivindicar la dictadura y regresan los cacerolazos

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Bolsonaro fala em democracia, mas defende Golpe de 64 em pronunciamento do Dia da Independência

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se pronunciou na noite desta segunda-feira (7) sobre o aniversário de 198 anos da Independência do Brasil. Em rede nacional, o chefe do Executivo nacional, apesar de afirmar que “sangue dos brasileiros sempre foi derramado por liberdade”, votou a defender o Golpe Militar de 1964, responsável por instaurar a ditadura no país.

«Nos anos 60, quando a sombra do comunismo nos ameaçou, milhões de brasileiros, identificados com os anseios nacionais de preservação das instituições democráticas, foram às ruas contra um país tomado pela radicalização ideológica, greves, desordem social e corrupção generalizada», disse Bolsonaro.

O pronunciamento durou pouco mais de três minutos. Nele, Bolsonaro também ressaltou que em 1822 “o Brasil dizia ao mundo que nunca mais aceitaria ser submisso”.

O presidente ainda falou sobre a miscigenação entre brancos, pretos e índios, além das “ondas de imigrantes” que vieram ao país.

Jair Bolsonaro lembrou do apoio dado pelo Exército na Segunda Guerra Mundial. «A Força Expedicionária Brasileira foi à Europa para ajudar o mundo a derrotar o nazismo e o fascismo», disse, na gravação.

O presidente falou em «amor à pátria», liberdade e respeito à Constituição Federal.

Panelaço

Durante pronunciamento em rede nacional pelo feriado de 7 de setembro, moradores de Belo Horizonte pediram a saída de Bolsonaro.

A manifestação contrária ao governo foi registrada em bairros da Região Centro-Sul e Leste de BH. A reportagem do Estado de Minas recebeu relatos e imagens de protesto no Centro da cidade e nos bairros Barro Preto e Santa Tereza.

Muitos moradores gritavam “Fora Bolsonaro”. Junto ao barulho das panelas, outros belo-horizontinos desabafaram dizeres como “fascista”, “corrupto” e “investigado”.

O mesmo se repetiu em outras partes do Brasil, durante o pronunciamento do presidente.

No Rio de Janeiro, houve manifestação contrária a Bolsonaro nos bairros de Copacabana, Laranjeiras, Catete, Cosme Velho, Flamengo, Botafogo e Jardim Botânico, na Zona Sul, e no Grajaú, na Zona Norte.

Na Barra da Tijuca (Zona Oeste) e em Copacabana também houve gritos de «fora, Bolsonaro» e «assassino».

Estado de Minas


Brasileiros respondem com panelaços ao pronunciamento de Bolsonaro

Em várias cidades brasileiras foram registrados panelaços no momento em que o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), faz seu pronunciamento em rede nacional de rádio e TV neste feriado de 7 de setembro.

Veja imagens:

Barulho foi registrado em Salvador (BA)

Também em Perdizes (SP)

Em Brasília, protestos contra o presidente na SQN 106

E nas quadra 400 da Asa Norte

Manifestações

Neste ano, não houve o tradicional desfile militar neste ano, por causa das medidas contra o novo coronavírus. Ainda assim, pela manhã, o presidente desfilou e cumprimentou apoiadores.

A Esplanada dos Ministérios foi ocupada por manifestantes contra e a favor do governo federal. De um lado, simpatizantes do governo Bolsonaro se reuniram entre o Museu da República e a Biblioteca Nacional. No gramado entre o Teatro Nacional e o Museu, integrantes das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo se juntaram ao Grito dos Excluídos para a realização de um ato cênico performático.

Veja imagens do presidente na Esplanada e dos protestos:

Metropoles


Um «Grito dos Excluídos» reinventado: pandemia incendeia atos virtuais e presenciais

O Brasil fechou este 7 de Setembro com múltiplos atos em alusão ao Grito dos Excluídos, com manifestações em diferentes localidades e regiões. Diante da pandemia e da necessidade de garantir o isolamento social, a tradicional mobilização precisou se reinventar neste 2020, com uma ampla oferta também de atos virtuais pelo país, além dos protestos presenciais. Fortaleza (CE), Brasília (DF) e extremo-oeste de Santa Catarina, por exemplo, estão entre os pontos onde os militantes foram às ruas para lembrar a data.

No Aterro da Praia de Iracema, na capital cearense, um grupo de militantes fez um ato simbólico e realçou a preocupação com os mais de 126 mil óbitos pela covid-19 no Brasil, além da luta dos trabalhadores por direitos e igualdade social.

Já os manifestantes que foram à rua na capital federal optaram por uma perfomance para recordar a violência contra as mulheres, a comunidade LGBTQIA+, os negros e indígenas, entre outros grupos.

O Grito dos Excluídos surgiu em 1994, por iniciativa da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). A entidade utiliza a data para fazer um contraponto ao chamado “Grito da Independência” e lembrar a importância da garantia de direitos, especialmente os da população mais vulnerabilizada, como trabalhadores, mulheres, negros, camponeses, entre outros. Este ano, a mobilização fez sua 26ª edição e trouxe o tema «Vida em Primeiro Lugar» e o lema «Este sistema não vale: lutamos por justiça, direitos e liberdade»

No rastro das últimas decisões tomadas pelo governo, militantes de todo o país destacaram, por exemplo, o veto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao projeto que originou a Lei Nº 14.048/2020, que traria um conjunto de benefícios a camponeses, mas teve parte do conteúdo retirado pelo presidente. O texto aprovado pelo Congresso Nacional havia resultado de uma série de 25 propostas legislativas avaliadas por deputados e senadores, por isso trabalhadores engrossaram o coro pela recuperação dos trechos vetados, o que será avaliado pelo Congresso.

As mobilizações também incluíram ações de solidariedade em diversos pontos do país. Em Campina Grande (PB), por exemplo, a Brigada Maria Carolina de Jesus distribuiu 50 cestas doadas por meio de uma parceria, além de 80 máscaras e sachês com álcool que foram doados pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB).

Em Governador Valadares, Minas Gerais, militantes do Movimento de Mulheres Camponesas (MMC) e do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) saíram da zona rural para a cidade e doaram alimentos à população.

Em Belo Horizonte, um conjunto de organizações, pastorais, partidos e movimentos sociais da Frente Brasil Popular (FBP) se reuniu na Praça da Estação para bradar “Fora, Bolsonaro” e “Fora, Zema”. A referência, neste ultimo caso, é ao governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), que vem aprofundando a agenda neoliberal no estado.

Vozes internacionais também ecoaram os gritos dos protestos registrados no país. Via Twitter, o chanceler Venezuela, Jorge Arreaza, felicitou o povo brasileiro pelas jornadas e evocou os direitos a terra, teto, trabalho e democracia. “Da Venezuela expressamos nosso compromisso contra a exclusão, com a paz e a unidade soberana de nossos povos”, acrescentou.

Brasil de Fato


Brasil tem 126.650 mortes e 4.137.521 casos do novo coronavírus

O Brasil registrou neste domingo (6) 14.521 casos de covid-19 e 447 mortes pela doença provocada pelo novo coronavírus.

De acordo com as informações do Ministério da Saúde, o país tem 126.650 mortos e 4.137.521 casos desde a primeira notificação.

Ainda segundo o balanço do governo federal, 3.317.227 pessoas se curaram da doença e outras 693.644 estão em acompanhamento.

Desde o início da pandemia, segundo a Universidade Johns Hopkins, quase 27 milhões pessoas foram infectadas em todo o mundo. Do total de doentes, 881.096 morreram.

Veja a situação em cada Estado do Brasil

São Paulo: 855.722 casos

Bahia: 271.225 casos

Rio de Janeiro: 232.818 casos

Minas Gerais: 234.804 casos

Ceará: 222.372 casos

Pará: 207.638 casos

Santa Catarina: 189.028 casos

Distrito Federal: 169.617 casos

Maranhão: 158.050 casos

Goiás: 147.615 casos

Rio Grande do Sul: 143.914 casos

Paraná: 143.074 casos

Pernambuco: 132.152 casos

Amazonas: 123.811 casos

Espírito Santo: 115.505 casos

Paraíba: 109.673 casos

Mato Grosso: 97.819 casos

Piauí: 82.006 casos

Alagoas: 80.717 casos

Sergipe: 73.740 casos

Rio Grande do Norte: 63.801 casos

Rondônia: 58.066 casos

Tocantins: 55.513 casos

Mato Grosso do Sul: 53.491 casos

Roraima: 45.137 casos

Amapá: 44.770 casos

Acre: 25.443 casos

Rondo Noticias


Em cerimônia da Independência sem desfile, Bolsonaro cumprimenta apoiadores em meio a aglomeração

O presidente Jair Bolsonaro participou da cerimônia do 198° aniversário do Dia da Independência ocorrida, nesta segunda-feira (7/9), no Palácio da Alvorada. Devido a pandemia da covid-19, o tradicional desfile na Esplanada dos Ministérios foi cancelado pela primeira vez na história e a data foi comemorada de maneira comedida, com estrutura reduzida para imprensa e público.

Sem máscara, o chefe do Executivo saiu do Palácio da Alvorada em um Rolls Royce, acompanhado por um grupo de crianças. A maioria também não usava o item de higiene. Minutos antes, a primeira-dama, Michelle Bolsonaro saiu a pé pela porta da residência oficial, cumprimentou o público com apertos de mãos e foi recebida aos gritos de «mita». Um auxiliar passou oferecendo álcool em gel em seguida.

O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) fez selfies com apoiadores e o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni conversou com um grupo de bolsonaristas.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), foi vaiado ao sair do carro. Já o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), não participou da cerimônia.

A solenidade foi iniciada com o hino nacional, seguido do hasteamento da bandeira, o hino da independência e por fim, a apresentação da esquadrilha da fumaça. Ao final, Bolsonaro e ministros também cumprimentaram apoiadores e tiraram selfies causando aglomeração. O mandatário não discursou no evento. Para às 20h, está previsto um pronunciamento do presidente em cadeia nacional de rádio e televisão.

Ainda estiveram presentes na cerimônia o vice-presidente Hamilton Mourão, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, os ministros Tarcísio Gomes de Freitas (Infraestrutura), o ministro do GSI, general Augusto Heleno e o deputado federal Hélio Lopes.

Há um mês o Ministério da Defesa havia informado sobre o cancelamento do tradicional desfile de 7 de Setembro, dia da Independência da República. Em publicação no Diário Oficial da União, o ministério da Defesa determinou que as Forças Armadas fossem orientadas a não participar de quaisquer tipos de eventos comemorativos neste ano. A portaria afirmou que a medida é necessária para evitar aglomeração em meio à pandemia de coronavírus.

Correio Braziliense

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