Brasil | Lula promete modificar el impuesto a las ganancias y Bolsonaro dice que lo meterá preso

1.392

Lula anuncia que si gana va a elevar el mínimo no imponible del impuesto a las ganancias

El expresidente de Brasil y candidato Luiz Inácio Lula da SIlva afirmó que, si es electo, elevará el mínimo no imponible del impuesto a las ganancias para los que menos ganan, y enfatizó que los más ricos deberán adecuarse a un nuevo esquema tributario.

Lula ratificó por primera vez durante un discurso en Salvador, Bahía, la propuesta de elevar el mínimo no imponible de los actuales 1.900 reales (unos 380 dólares) a 5.000 reales (unos 1.000 dólares). «Hay que hacer una política tributaria progresiva, que quien gane más pague. Por eso es que estamos proponiendo que no se pague impuesto a las ganancias a quienes ganen hasta 5.000 reales»

«Hay que hacer una política tributaria progresiva, que quien gane más pague. Por eso es que estamos proponiendo que no se pague impuesto a las ganancias a quienes ganen hasta 5.000 reales», dijo Lula, para quien «no es posible ni es normal» que quien gane 6.000 reales, unos 1.200 dólares, sea considerado rico. Según el candidato opositor, «es necesario invertir la lógica de pocas personas ganando mucho y muchas ganando poco».

«El 68% de la recaudación del impuesto a las ganancias viene de esta gente que gana poco. El que tiene lucros y dividendos (corporativos y financieros) no paga. Los ricos pagan un seguro médico privado y después lo descuentan de ganancias, entonces quienes pagan eso son los pobres que no tienen un plan de salud. Vamos a cambiar esta historia», dijo el expresidente.

Líder en las encuestas, el candidato del Partido de los Trabajadores (PT) lleva adelante una propuesta de actualización del mínimo no imponible del impuesto a las ganancias que no se modifica desde 2016, cuando fue destituida la presidenta Dilma Rousseff para el ingreso del vicepresidente Michel Temer, que impuso una política de flexibilización laboral y cese de las paritarias y reajustes de salarios, algo que continuó el presidente Jair Bolsonaro desde 2019.

Bolsonaro había hecho la misma promesa en la campaña de 2018.

Lula ha dedicado esta semana a un diálogo con los sectores más pobres del país, con su visita al municipio suburbano de Río de Janeiro Belford Roxo y al Complejo de Favelas do Alemao. Además, viajó a Salvador, Bahía, donde participó de la mayor manifestación que se ha realizado en esta campaña a su favor, en el marco también de la segunda vuelta para gobernador en ese estado, entre Jerónimo Rodrigues, del PT, y Antonio Carlos Magalhaes Neto, del derechista Unión Brasil.

«Hay niños que se despiertan sin saber si van a comer. Yo a los 76 años estoy más consciente de que nadie quiere ser pobre, nadie elige ser pobre; no es una opción. Tiene sentido volver a la presidencia para cambiar esa ecuación de muchos ganando poco y y pocos ganando mucho», aseguró.

Grupo Multimedio


Nota relacionada: Brasil | Bolsonaro promete a sus seguidores que Lula va a volver a la cárcel: “Ladrón, su lugar es la prisión”


Bolsonaro discursa diante de público esvaziado no Recife; Lula ironiza

Por José Matheus Santos

Candidato à reeleição, o presidente Jair Bolsonaro (PL) discursou para um público esvaziado na manhã desta quinta (13) no Recife. O ato eleitoral aconteceu na avenida Boa Viagem, na zona sul da capital de Pernambuco. A via é tradicionalmente palco de manifestações bolsonaristas na cidade.

Os apoiadores, com roupas nas cores verde e amarela e bandeiras do Brasil, limitaram-se a ocupar o espaço em frente ao trio elétrico no qual o atual chefe do Executivo discursou.

Devido ao evento de campanha, foram realizadas diversas interdições no trânsito da região. Dois espaços foram reservados para a imprensa na areia da praia de Boa Viagem, mas os jornalistas puderam se locomover com facilidade pelo local, já que não havia um grande público.

Além da plateia na avenida, apoiadores de Bolsonaro ficaram nas varandas de prédios ao redor do hotel no qual o presidente participou de um evento reservado com lideranças religiosas.

Depois, no discurso no trio elétrico, disse que o ministro da Economia, Paulo Guedes, fará a desoneração da folha de pagamento da saúde para viabilizar o piso salarial da enfermagem, suspenso pelo STF (Supremo Tribunal Federal), enquanto apoiadores gritaram palavras contra Luiz Inácio Lula da Silva e o PT.

Em meio à repercussão do ato esvaziado nas redes sociais, o ex-presidente alfinetou Bolsonaro. O petista publicou uma imagem convocando apoiadores para a caminhada que fará nesta sexta (14) no centro do Recife. «Amanhã estou em Recife junto com o povo. Vamos lá!», escreveu o candidato do PT no Twitter.

Junto com a mensagem, colocou uma foto do evento bolsonarista que reuniu um pequeno público.

A agenda de Bolsonaro em Pernambuco busca reduzir a desvantagem para o rival. Nos bastidores, aliados têm trabalhado para ampliar a votação no estado por meio de apoios de prefeitos para o segundo turno.

No primeiro turno, Lula recebeu 65,27% dos votos válidos em Pernambuco, e o presidente, 29,91%. Lula também venceu em todos os outros estados do Nordeste. Três dias após a votação, Bolsonaro associou o analfabetismo à vitória petista na região. Diante da repercussão, disse que não atacou os nordestinos.

Lula aproveitou e disse que quem tem «uma gota de sangue nordestino não pode votar em Bolsonaro».

Desde o primeiro turno, nordestinos têm sofrido ataques criminosos após a votação do petista na região.

Bolsonaro não tem palanque em Pernambuco no segundo turno. Duas mulheres disputam o governo: Marília Arraes (Solidariedade) e Raquel Lyra (PSDB). Quem vencer será a primeira governadora do estado.

Nesta sexta, Lula, que apoia Marília, estará no Recife e participará de uma caminhada no centro da cidade. Já Raquel Lyra (PSDB) disse que não vai declarar o voto para presidente, optando pela neutralidade.

No primeiro turno, o candidato de Bolsonaro em Pernambuco, Anderson Ferreira (PL), ficou em terceiro lugar. Além de Anderson, também acompanharam Bolsonaro durante o ato na capital o ex-ministro do Turismo Gilson Machado Neto (PL-PE), derrotado para o Senado, o pastor Silas Malafaia, o senador eleito Magno Malta (PL-ES) e o deputado federal pastor Marcos Feliciano (PL-SP), entre outros.

Folha de S. Paulo


TSE ordena que Bolsonaro tire do ar propaganda eleitoral que nega a inocência de Lula

O ministro Paulo de Tarso Sanseverino, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou que a campanha de Jair Bolsonaro (PL) tire do ar a propaganda eleitoral em que o ex-presidente Lula (PT) é chamado de «corrupto» e «ladrão», informa Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.

A cada vez que o material for divulgado, a coligação de Bolsonaro será multada em R$ 50 mil, decidiu também o ministro.

Na propaganda, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello afirma que «o Supremo não o inocentou [a Lula], o Supremo aceitou a nulidade dos processos crime». A defesa de Lula diz que a fala é «factualmente e conceitualmente incorreta», já que se referiam apenas ao habeas corpus que tornou nulos processos que tramitavam na 13ª Vara Federal de Curitiba.

Os advogados destacam que a propaganda ignora que o STF «reafirmou o estado de inocência do ex-presidente Lula». De acordo com a Constituição, todos são inocentes se não estão condenados.

Segundo Sanseverino, é «de conhecimento geral da população que as condenações [contra Lula] foram anuladas pelo Supremo Tribunal Federal (STF)».

A propaganda bolsonarista contra o ex-presidente, segundo o ministro, vai além da «mera crítica política, pois transmite mensagem que imputa ser o candidato ‘corrupto’ e ‘ladrão’, desrespeitando regra de tratamento decorrente da presunção constitucional de inocência».

Brasil 247

Más notas sobre el tema