Bolsonaro es citado a declarar en la causa que investiga el intento de golpe contra Lula

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Bolsonaro fue citado a declarar en la causa que investiga el intento de golpe contra Lula

Por Pablo Giuliano

El expresidente brasileño Jair Bolsonaro (2019-2022) fue citado a declarar el próximo jueves ante la Policía Federal en la causa en la cual se investigan planes golpistas para impedir la asunción de su sucesor el mandatario Luiz Inácio Lula da Silva.

La citación fue revelada por uno de los abogados de Bolsonaro, Paulo Cunha Bueno, a la cadena de noticias GloboNews.

La declaración será ofrecida antes de una manifestación convocada por Bolsonaro para el próximo domingo en San Pablo, en la cual pretende denunciar que se está violando el estado de derecho en su contra en la investigación que lo tiene como uno de los principales actores de una supuesta trama golpista en la causa que lleva adelante el Supremo Tribunal Federal.

En el video Bolsonaro explica que podía perder las elecciones de 2022 con Lula y pide a los ministros activar el «plan B»

La semana pasada la Policía Federal confiscó el pasaporte de Bolsonaro durante una serie de 34 allanamientos realizados a exministros, en una operación que terminó con la detención de dos militares y del exasesor de asuntos internacionales, Filipe Martins, el principal interlocutor del anterior gobierno con el movimiento de extrema derecha estadounidense alineado con el expresidente Donald Trump.

La Policía Federal descubrió, entre otros elementos, un video de una reunión de gabinete con ministros y secretarios en la que Bolsonaro dice a sus colaboradores que no se podía esperar a los resultados electorales de su duelo en las urnas con Lula, quien finalmente lo derrotó en balotaje, para actuar sobre la justicia electoral. La defensa, sin embargo, afirma que el expresidente nunca pensó en dar un golpe de Estado.

En el video, Bolsonaro explica que -según sus previsiones- podía perder las elecciones de 2022 con Lula y pide a los ministros activar el «plan B».

También fueron citados a declarar esta semana ante la Policía Federal dos generales retirados: Walter Braga Netto, exjefe de gabinete y exministro de Defensa y candidato a vice de Bolsonaro en 2022, y el exministro del Gabinete de Seguridad Institucional Augusto Heleno, responsable por los servicios de inteligencia.

INTENTONA

Tras la asunción de Lula seguidores de Bolsonaro perpetraron un intento de golpe de Estado con el asalto violento a la sede de los tres poderes en Brasilia, el 8 de enero de 2023.

El video de la reunión de gabinete que fue filmada por orden de Bolsonaro estaba en una computadora del exedecán Mauro Cid, un coronel del Ejército que fue secretario personal del mandatario y que firmó un acuerdo de delación premiada en el cual está narrando una serie de supuestos delitos.

En el expediente del Supremo Tribunal Federal aparece citado el argentino Fernando Cerimedo como divulgador de noticias falsas sobre el sistema electoral brasileño para justificar un plan golpista del bolsonarismo ante una eventual derrota ante Lula.

Télam


PF intima Bolsonaro, Valdemar, Heleno e mais 7 a depor sobre trama golpista

A Polícia Federal intimou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais nove investigados a depor na próxima quinta-feira 22 na investigação sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022.

Além do ex-capitão, terão de prestar esclarecimentos:

  • Valdemar Costa Neto, presidente do PL;
  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;
  • Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
  • Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
  • Mário Fernandes, ex-chefe-substituto da Secretaria-Geral da Presidência da República;
  • Walter Braga Netto, candidato a vice de Bolsonaro em 2022;
  • Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
  • Tércio Arnaud, ex-assessor de Bolsonaro; e
  • Marcelo Câmara, coronel do Exército e ex-assessor de Bolsonaro.

A defesa de Bolsonaro já pediu ao Supremo Tribunal Federal o adiamento do depoimento do ex-presidente.

Segundo os advogados, o ex-capitão “opta por não prestar depoimento ou fornecer declarações adicionais até que seja garantido o acesso à integralidade das mídias dos aparelhos celulares apreendidos, sem abrir mão, por óbvio, de ser ouvido em momento posterior e oportuno.”

A defesa sustenta que a Operação Tempus Veritatis, deflagrada pela PF em 8 de fevereiro, ocorreu após uma decisão do ministro Alexandre de Moraes que “contém excertos de supostas conversas presentes nos celulares apreendidos ao longo de todo este procedimento investigatório, mídias às quais a defesa não teve acesso até hoje.”

Bolsonaro foi um dos alvos da operação, executada pela PF a fim de apurar uma tentativa de golpe de Estado para impedir a posse de Lula (PT).

Os fatos analisados pela corporação configuram, em tese, os crimes de organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.

Ao autorizar a operação, Moraes determinou a apreensão do passaporte de Bolsonaro, medida cautelar que a defesa tenta reverter.

Os advogados também já solicitaram que Moraes seja retirado da relatoria da investigação. Um dos argumentos da defesa é que o magistrado seria pessoalmente interessado no caso, já que a PF apontou um plano “que teria como episódio central a prisão do próprio ministro, na oportunidade já presidente do Tribunal Superior Eleitoral”.

Entre outros elementos, a PF identificou uma minuta golpista a prever a prisão de Alexandre de Moraes e do decano do STF, Gilmar Mendes, além do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Segundo um relatório da polícia, o então presidente teria determinado “ajustes” no documento, retirando os nomes de Gilmar e Pacheco e mantendo o de Moraes, além de projetar a realização de novas eleições. A minuta teria sido entregue a Bolsonaro por Filipe Martins, à época assessor especial para assuntos internacionais da Presidência, preso em 8 de fevereiro.

A análise do esboço de decreto teria levado à convocação de uma série de reuniões por Bolsonaro, “inclusive para tratativas com militares de alta patente sobre a instalação de um regime de exceção constitucional”.

Moraes também retirou o sigilo de uma reunião ministerial comandada por Bolsonaro em 5 de julho de 2022. Para a PF, o encontro “revela o arranjo de dinâmica golpista, no âmbito da alta cúpula do governo, manifestando-se todos os investigados que dela tomaram parte no sentido de validar e amplificar a massiva desinformação e as narrativas fraudulentas” sobre as eleições e as instituições.

Carta Capital

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