Brasil | Lula acusa a Bolsonaro de “intentar escapar” de la Justicia tras “preparar un golpe” 

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Lula acusa a Bolsonaro de «intentar escapar» de la Justicia tras «preparar un golpe»

El presidente brasileño, Luiz Inácio Lula da Silva, acusó este lunes al exmandatario Jair Bolsonaro de «intentar escapar» de la Justicia tras «preparar un golpe» de Estado para derrocarlo y por el cual está siendo investigado en la Corte Suprema.

Lula participó en la IV Conferencia Nacional de la Cultura, en Brasilia, y durante su discurso, en un marcado tono electoral con vistas a las elecciones municipales de octubre, volvió a referirse a su antecesor en la Presidencia como un «ignorante» y un «mentiroso».

El líder progresista señaló que la manifestación del último domingo de febrero en la que decenas de miles de simpatizantes arroparon a Bolsonaro en São Paulo fue «el acto de un ciudadano que sabe que ha hecho una estupidez al intentar dar un golpe de Estado».

«Ese acto es el de un ciudadano que sabe que va a ser juzgado y que si es juzgado, puede ser encarcelado, y él está intentando escapar» de esa posibilidad, subrayó el actual jefe de Estado.

Insistió en que Bolsonaro, al que se refirió en más de una ocasión como «ese ciudadano», «preparó un golpe» durante las semanas que «estuvo encerrado en casa» tras perder las elecciones presidenciales de octubre de 2022, que venció Lula por un estrecho margen.

Pero Lula cree que al final el líder ultraderechista tuvo «miedo» y decidió «irse a Estados Unidos» para no asistir a su investidura y porque «imaginaba» que los fieles a los que «pagó, organizó y ayudó a financiar» acabarían dando el golpe una semana después.

El gobernante hizo así referencia al conocido como asalto a Brasilia del 8 de enero de 2023, cuando miles de bolsonaristas invadieron y destrozaron las sedes de la Presidencia, el Parlamento y el Supremo para incitar una intervención militar que lo derrocara.

«Eso era lo que estaba diseñado, pero no ocurrió», aseguró Lula.

Los autores intelectuales de la trama golpista están siendo investigados por el Supremo, que autorizó a la Policía Federal retener el pasaporte a Bolsonaro, a quien también le impidió salir del país y ponerse en contacto con otros investigados.

Bolsonaro, capitán retirado del Ejército y cuyo mandato fue de 2019 a 2022, niega cualquier sospecha en relación a la asonada golpista y asegura que está siendo «perseguido» por las autoridades.

Lula ha aumentado en las últimas semanas sus críticas hacia Bolsonaro, quien además se encuentra inhabilitado por abuso de poder en los comicios de 2022.

Según analistas políticos, ello se debe a la cercanía de las municipales, que se asoman como un nuevo duelo entre el progresismo que encarna Lula y la ultraderecha que lidera Bolsonaro.

Las municipales, en las que se renovarán los alcaldes de 5.568 municipios, servirán también como un termómetro de la gestión del Gobierno de Lula casi a mitad del mandato de cuatro años y del ánimo del elector ya de cara a las presidenciales de 2026, a las que el dirigente progresista ya ha insinuado que pretende presentarse.

Infobae


Bolsonaro sabe que pode ser preso e está tentando escapar, diz Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta 2ª feira (4.mar.2024) que o seu principal adversário, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), sabe que pode ser julgado e condenado pela acusação de que tentou dar um golpe de Estado para permanecer no poder. O chefe do Executivo afirmou que seu antecessor planejou a ação depois de não conseguir se reeleger, mas “se borrou de medo” e tentou ir embora para os Estados Unidos.

“Teve um ato no domingo passado. Aquele ato era um cidadão que sabe que fez caca, que fez burrice, que tentou dar um golpe, que sabe que vai para a Justiça, que pode ser julgado. E se ele for julgado, sabe que pode ser preso. E ele está tentando escapar”, disse Lula em discurso na abertura da 4ª Conferência Nacional de Cultura, realizada em Brasília.

Bolsonaro convocou um ato em 25 de fevereiro, na avenida Paulista, em São Paulo, que reuniu cerca de 350 mil pessoas. O ex-presidente negou que houve tentativa de golpe de Estado depois das eleições de 2022 e defendeu um projeto de anistia ao “pobres coitados” do 8 de Janeiro –quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e depredadas, em 2023.

Em entrevista à “RedeTV!”, na 3ª feira (27.fev.2024), Lula admitiu que a manifestação foi “grande” e que não era possível “negar um fato”.

No evento desta 2ª (4.mar), o petista subiu o tom contra o ex-presidente. “A verdade nua e crua é que esse cidadão tentou dar um golpe neste país. Quando ele ficou trancado dentro de casa, a gente não sabia se ele estava chorando ou o que ele estava fazendo. Ele estava tentando dar um golpe”, disse.

Para Lula, Bolsonaro imaginou que seria “ungido pelo povo fascista” e permaneceria como presidente da República mesmo tendo perdido as eleições de 2022. O petista também atribuiu à presença de cerca de 150 mil pessoas nos eventos públicos realizados no dia da sua posse no 3º mandato presidencial, em 1º de janeiro de 2023, o “medo” de Bolsonaro.

“Eu acho que ele se borrou de medo e tentou ir embora para os Estados Unidos. […] Ele ficou com medo da posse. A posse era a demonstração de que tinha muita gente do outro lado. Foi a demonstração de que as urnas eletrônicas não mentiram para ele, que nós ganhamos a eleição”, disse. Lula fez menção à viagem do ex-presidente 2 dias antes de sua posse. Por isso, o petista recebeu a faixa presidencial de um grupo de pessoas e não de seu antecessor, como é tradicionalmente feito.

A escalada de tom de Lula em relação a Bolsonaro se dá no momento em que o ex-presidente e aliados estão sendo investigados pela Polícia Federal. Em 22 de fevereiro, Bolsonaro ficou em silêncio em depoimento à PF.

Lava Jato

Em seu discurso, Lula também criticou o trabalho da imprensa na cobertura da Operação Lava Jato. Disse que os jornais “santificaram algumas pessoas” e não têm “coragem de reconhecer”.

“Neste país, alguns setores da sociedade não sabem pedir desculpas. Só tem coragem de pedir desculpas quem tem grandeza. A imprensa brasileira vai continuar mentindo sobre a Lava Jato até o fim do milênio. Eles santificaram algumas pessoas e, agora, perceberam que as pessoas não eram quem eles imaginavam e não têm coragem de reconhecer”, disse.

Lula ficou preso por 580 dias na carceragem da Polícia Federal em Curitiba (PR) depois de ter sido condenado pelo ex-juiz e atualmente senador Sérgio Moro (Podemos-PR) no caso do tríplex do Guarujá. A condenação acabou anulada pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

A Corte decidiu que a 14ª Vara Federal de Curitiba não era competente para julgar os processos contra Lula e apontou a suspeição de Moro por ter supostamente combinado estratégias com a equipe do ex-deputado federal Deltan Dallagnol, então procurador do Ministério Público.

Poder 360

 

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