Lula, sobre la influencia de Francia en el acuerdo UE – Mercosur: “Ellos no deciden más nada, quien decide es la Comisión Europea”

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Acuerdo Mercosur-UE: Lula afirma que Francia no puede frenarlo e intentará firmarlo este año

El presidente de Brasil, Lula da Silva, desestimó este miércoles que Francia pueda trabar el acuerdo entre la Unión Europea (UE) y el Mercosur. «Ellos no deciden más nada, quien decide es la Comisión Europea», afirmó.

El presidente de Francia, Emmanuel Macron, descartó que su país acompañe el acuerdo entre ambos bloques regionales en los términos que están planteados hoy. «No creemos en el acuerdo tal como se negoció», adelantó hace unos días y lo reiteró durante su encuentro en Casa Rosada con su par argentino, Javier Milei.

A pesar de la importancia de Francia, Lula descartó que sea suficiente para que se caiga. «Si los franceses no quieren el acuerdo, ellos no deciden más nada, quien decide es la Comisión Europea», dijo durante un foro sobre industria en Brasilia.

«Ursula von der Leyen (presidenta de la Comisión Europea) tiene la potestad para sellar ese acuerdo y yo pretendo firmarlo incluso este año», adelantó el mandatario brasileño.

Los términos actuales del acuerdo entre la UE y los cuatro países del Mercosur (Argentina, Brasil, Paraguay y Uruguay) fue consensuado en 2019, pero hubo países europeos, entre ellos Francia, Italia y Polonia, que nunca se adhirieron por la presión de sus sectores agrícolas de sus países.

La oposición francesa

No sólo Macron expresó su rechazo al acuerdo UE-Mercosur. El martes pasado, diputados franceses votaron mayoritariamente en contra. Fueron 484 votos contra 70.

Quiénes más están presionando para evitar que se firme el acuerdo, son los agricultores franceses. Hace un tiempo vienen realizando protestas porque consideran que de concretarse, tendrían que enfrentarse a una competencia desleal de productos sudamericanos, en especial de Brasil.

Las negociaciones continuarán la semana que viene, durante una cumbre del Mercosur en Montevideo, Uruguay.

Ámbito


Lula diz que França “não apita nada” sobre acordo Mercosul-UE

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta 4ª feira (27.nov.2024) que a França “não apita nada” em relação ao acordo do Mercosul com a União Europeia. Segundo ele, a Comissão Europeia é quem decide e a sua presidente, Ursula von der Leyen, pode fechar o texto sem os franceses. Lula afirmou ainda querer assinar o acordo ainda em 2024.

“Eu quero que o agronegócio continue crescendo e causando raiva num deputado francês que hoje achincalhou os produtos brasileiros porque nós vamos fazer o acordo do Mercosul. Nem tanto pela questão de dinheiro, nós vamos porque eu estou há 22 anos nisso e nós vamos fazer. E se os franceses não quiserem o acordo, eles não apitam mais nada, quem apita é a Comissão Europeia. E a Ursula von der Leyen tem procuração para fazer o acordo e eu pretendo assinar esse acordo este ano ainda”, declarou.

Lula discursou na abertura do Encontro Nacional da Indústria de 2024, em Brasília.

Assista à fala de Lula (1min19):

A Assembleia Nacional da França discutiu, votou e aprovou na 3ª feira (26.nov) o posicionamento contrário do presidente Emmanuel Macron (Renascimento, centro) ao acordo entre União Europeia e Mercosul. O presidente francês é o principal líder europeu contra o acordo e pressiona Ursula von der Leyen para que o tratado não seja estabelecido.

Na votação, 484 deputados aprovaram as ações de Macron, 70 desaprovaram e 1 se absteve. A votação foi simbólica e não muda o curso da negociação entre os blocos. Os parlamentares que votaram contra, a maioria integrante de partidos de esquerda, disseram que o líder francês precisa ser mais incisivo para que o acordo seja bloqueado.

A discussão pautada na Assembleia Nacional se dá depois de a rede francesa de hipermercados Carrefour anunciar boicote às carnes brasileiras na 4ª feira (20.nov.). Isso levou a uma represália de frigoríficos brasileiros, que suspenderam o fornecimento de carnes às redes no país –o que já foi restabelecido.

Na França, a situação permanece inalterada. O Carrefour não vai comprar carnes de produtores de países do Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai), mas isso faz pouca diferença. A França já importa pouquíssima proteína animal desses países latino-americanos. As empresas francesas estão sob pressão do setor agropecuário local, que se opõe ao acordo entre o Mercosul e a União Europeia.

O CEO da rede na França, Alexandre Bompard, afirmou que tomou a ação de boicotar as carnes do Mercosul pelos produtos sul-americanos não atenderem às exigências e às normas francesas, o que tem causado estresse entre os produtores franceses. Leia a íntegra da carta escrita por Bompard (PDF – 142 kB, em francês).

OPOSIÇÃO AO ACORDO UE-MERCOSUL

Para que o acordo passe a vigorar, todos os 27 países integrantes da UE precisam aprovar. A França, porém, é contra. Macron declara que o acordo não atende aos interesses franceses e impede a conclusão da negociação.

Os agricultores europeus, especialmente os da França, expressam preocupação em relação às práticas ambientais no setor agrícola brasileiro, alegando que prejudicam o meio ambiente em busca de maior produtividade.

Parlamentares franceses dizem que a permissão do uso de agrotóxicos nos países do Mercosul coloca em risco os consumidores europeus. Também acusam o Brasil de desmatar na Amazônia um território equivalente ao de Portugal e Espanha.

Poder 360

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