Brasil | El Supremo Tribunal Federal inicia el interrogatorio a Jair Bolsonaro por el intento golpista en enero del 2023

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Supremo Tribunal de Brasil inicia fase de interrogatorios a Jair Bolsonaro por intentona golpista

 

El Supremo Tribunal Federal (STF) de Brasil iniciará este lunes el interrogatorio al conocido núcleo esencial de la intentona golpista, que incluye al exmandatario Jair Bolsonaro y a otros siete miembros de su Gobierno (2019-2022).

Por su parte, las audiencias se llevarán a cabo personalmente en la sede capitalina del STF, a excepción del caso del general Walter Braga Netto que se presentará vía videoconferencia debido a su situación de detención preventiva.

La primera persona interrogada será Mauro Cid, exayudante de órdenes de Bolsonaro y colaborador de la Justicia, en una sesión que iniciará a las 14:00, hora local, y se prolongará hasta las 20:00.

Cid es un personaje crucial en la investigación, después de haber proporcionado declaraciones y documentos que involucran directamente al exmandatario de extrema derecha y a su grupo más próximo.

En caso de que se requiera seguir con las interpelaciones, De Moraes ya anunció fechas extra: 10, 11, 12 y 13 de junio.

El juez enfatizó que los imputados poseen el derecho constitucional de declarar o mantener el silencio, siempre y cuando esto no represente un perjuicio para su defensa.

Asimismo, una vez finalizados los requerimientos, el magistrado redactará un informe exhaustivo del caso y dictará su veredicto.

El informe se utilizará como fundamento para el juicio en la primera sala del Tribunal Supremo, conformado por los ministros Cristiano Zanin (a la cabeza), Cármen Lúcia Antunes, Flávio Dino, Luiz Fux y De Moraes en su papel de relator del caso.

Telesur


Trama golpista: STF ouvirá Bolsonaro e outros 7 réus em ação penal; saiba o que diz a PGR sobre cada um

 

O Supremo Tribunal Federal (STF) vai realizar, a partir desta segunda-feira (9), o interrogatório dos oito acusados de tentativa de golpe de Estado em 2022. Entre eles, o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), o grupo faz parte do chamado «núcleo crucial» da organização criminosa que atuou pela ruptura democrática.
Ao longo de maio, testemunhas de defesa e acusação foram ouvidas na Corte. O interrogatório dos réus marca a reta final da fase de instrução do processo penal. Na sequência, acusação e defesa podem ter prazo para pedir diligências adicionais.
Encerrada esta etapa, deve ser aberto o prazo de 15 dias para alegações finais.

Serão realizadas audiências na Primeira Turma ao longo de toda a semana, até a sexta-feira (13).

Bolsonaro sentado ao lado de Cid; saiba como será o interrogatório sobre plano golpista
O primeiro a ser ouvido será Mauro Cid, que fechou uma delação premiada com a Polícia Federal. Os outros sete réus serão interrogados em ordem alfabética.
O g1 explica o que a PGR atribui a cada um dos acusados que devem ser interrogados.
Jair Bolsonaro
Ex-presidente Jair Bolsonaro tem alta após passar por nova cirurgia abdominal. — Foto: REUTERS/Adriano Machado
Quem é: ex-presidente da República;
O que diz a PGR: o ex-presidente formou, com os outros sete aliados denunciados no mesmo documento, o «núcleo crucial da organização criminosa».
Deles partiram as «principais decisões e ações de impacto social» para a ruptura democrática. Bolsonaro é o líder da organização criminosa armada voltada para o golpe de Estado.
Atuou, por exemplo, na propagação de ataques ao sistema eleitoral, na edição da versão final do decreto golpista e na pressão sobre os militares para aderir à insurreição.
Ainda interferiu diretamente na conclusão do relatório das Forças Armadas sobre as urnas eletrônicas. A PGR disse que há elementos que apontam que Bolsonaro tinha conhecimento do plano Punhal Verde Amarelo, o plano para assassinar autoridades.
Bolsonaro denunciado: veja principais pontos das acusações da PGR

Alexandre Ramagem
Quem é: deputado federal, ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
O que diz a PGR: prestou auxílio direto a Bolsonaro na deflagração do plano criminoso.
Teve «importante papel», segundo a PGR, na «construção e direcionamento das mensagens que passaram a ser difundidas em larga escala pelo então Presidente da República» a partir de 2021.
Os investigadores atribuem a ele ainda um documento «que apresentava uma série de argumentos contrários às urnas eletrônicas, voltados a subsidiar as falas públicas» do ex-presidente com ataques às urnas eletrônicas.
Comandou um grupo de policiais federais e agentes da Abin que se valeu da estrutura de inteligência do Estado indevidamente – a chamada «Abin Paralela».
Almir Garnier Santos

Quem é: ex-comandante da Marinha;
O que diz a PGR: as investigações indicam que o militar aderiu ao plano de golpe.
Em reunião em dezembro de 2022, o então comandante da Marinha se colocou à disposição de Bolsonaro para seguir as ordens do decreto golpista.
Confirmou seu aval à trama golpista em uma segunda reunião no mesmo mês.
Anderson Torres

Ex-ministro Anderson Torres em depoimento à CPI dos Atos Golpistas — Foto: WALLACE MARTINS/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Quem é: ex-ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro;
O que diz a PGR: nos cargos na gestão Bolsonaro, replicou narrativas sobre a suposta fraude nas urnas divulgada em live de julho de 2021, «distorcendo informações e sugestões recebidas da Polícia Federal».

Atuou para implementar o plano para viabilizar os bloqueios da Polícia Rodoviária Federal em estados do Nordeste, de modo a evitar que eleitores favoráveis ao presidente Lula chegassem às urnas.
Elaborou documentos que seriam usados no golpe de Estado. Na casa de Torres foi encontrada a minuta de um decreto de Estado de Defesa, para intervenção no âmbito do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Já como secretário de Segurança do Distrito Federal, omitiu-se nas providências para evitar o ataque às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro.
Augusto Heleno

Ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general da reserva Augusto Heleno. — Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Quem é: ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional do governo Bolsonaro;

O que diz a PGR: assim como Ramagem, atuou no auxílio direto a Bolsonaro para colocar em prática o plano criminoso.
Teve papel importante na construção de ataques ao sistema eleitoral — em uma agenda encontrada na casa do militar, havia um planejamento para fabricar discurso contrário às urnas.
Participou do plano para descumprir decisões judiciais, a partir de um parecer que seria elaborado pela Advocacia-Geral da União. Sua agenda também contava com registros que indicariam que ele sabia sobre as ações da «Abin Paralela».
Seria o chefe do «gabinete de crise» criado pelo governo Bolsonaro depois da consumação do golpe de Estado.
Paulo Sérgio Nogueira

Quem é: ex-ministro da Defesa;
O que diz a PGR: participou de reunião com Bolsonaro e outras autoridades, em julho de 2022, em que o ex-presidente teria pedido que todos propagassem seu discurso de vulnerabilidade das urnas.
Na reunião, Bolsonaro antecipou aos presentes o que faria na reunião com embaixadores, no mesmo mês (na ocasião, fez ataques ao sistema eleitoral). No mesmo encontro, o militar instigou a ideia de intervenção das Forças Armadas no processo eleitoral.
Esteve na reunião de dezembro em que a proposta de decreto do golpe; na semana seguinte, numa reunião com os comandantes miliares, apresentou uma segunda versão do decreto.

«A presença do Ministro da Defesa na primeira reunião em que o ato consumador do golpe foi apresentado, sem oposição a ele, sem reação alguma, significava, só por isso, endosso da mais alta autoridade política das Forças Armadas», diz a PGR.

Oglobo

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