Indígenas toman Agrizone en la COP30 en protesta por crisis climática
Decenas de manifestantes invadieron este martes el área restringida de la cumbre climática de la ONU, en la sede de la COP30 en Bélem, Brasil, para protestar contra el impacto contra el impacto del calentamiento global en la salud de las personas. La situación generó un momento de caos en la sede donde muchos miembros de las delegaciones se disponían a salir del recinto.
André Vieira, corresponsal de teleSUR, dio a conocer que en horas de la mañana también, los miembros del Movimiento de los Trabajadores Rurales sin Tierra (MST) tomaron la sede del Agrizone de la COP30 donde denunciaron que el agronegocio es el principal responsable de la crisis climática. El área se encuentra a unos dos kilómetros de la Zona Azul, el área oficial de negociación de la COP30, en un espacio organizado por la Empresa Brasileña de Investigaciones Agropecuarias, del Gobierno anfitrión.
Los participantes sortearon los arcos de seguridad y accedieron ya de noche al vestíbulo de la gran carpa administrada por la ONU donde se desarrollan las negociaciones climáticas durante el evento. «¡La crisis climática es una crisis de salud!», es una de las frases que coreaban los manifestantes entre los que se encontraban profesionales sanitarios e indígenas amazónicos, hasta que fueron retirados por las autoridades de la ONU.
Los manifestantes denunciaron los efectos del cambio climático sobre la salud en la Amazonía, que han expresado que no solo se sienten en las zonas de la región donde señalan que han aumentado los casos de dengue y enfermedades respiratorias por el aumento de las temperaturas. Las denuncias abarcaron la proliferación de diversas enfermedades y defienden detener la extracción de combustibles fósiles, una de las principales causas del calentamiento global, y a buscar soluciones a corto plazo para enfrentar lo que ya es una realidad.
Los indígenas ocuparon en la noche de este martes la #COP30 para exigir a los negociadores estar en el centro de los debates.
Cerca de 3.000 indígenas están en Belém para participar en las actividades durante los próximos días. pic.twitter.com/5UaGXFtq5G
— André Vieira (@AndreteleSUR) November 11, 2025
Durante la manifestación realizada por el MST, los presentes representaron la muerte con platos que contenían soja, tomate y naranja, adornado con una calavera; otros cargaban una mochila pulverizadora con la etiqueta «glifosato» para denunciar el uso masivos de pesticidas y corearon canciones que denunciaban los efectos nocivos de este modelo. Divina López, coordinadora nacional del MST, afirmó que el «espacio ha estado dominado por el agronegocio, que busca aumentar sus ganancias y construir su imagen como “verde”, a expensas de la naturaleza y las comunidades”.
Entre los patrocinadores del evento figuran Bayer, Syngenta, Nestlé y PepsiCo, y que las principales entidades que representan el agronegocio tienen una fuerte presencia en el espacio. André Vieira señaló que Syngenta es «responsable de una cuarta parte del agrotóxico profenofós, veneno encontrado en el agua potable de millones de personas», Bayer «enfrenta 170 mil demandas por contaminación causada por sus productos» y Nestlé «que produce —según sus propios datos— el 54% de sus productos con niveles de salubridad muy bajos».
Protesto no segundo dia da COP30 deixa seguranças feridos e bloqueia saída na blue zone
Por Paula Paiva Paulo, Poliana Casemiro, Roberto Peixoto
Um protesto realizado no começo da noite desta terça-feira (11), segundo dia da COP30, deixou quatro seguranças feridos e bloqueou a saída de pessoas que estavam credenciadas para a blue zone. A área concentra os espaços de negociação da Conferência do Clima.
O incidente ocorreu por volta das 19h20, logo depois da entrevista coletiva que apresentou o balanço do dia.
Um grupo com dezenas de pessoas tentou invadir a blue zone. Os manifestantes passaram pelas portas do pavilhão e tentaram avançar rumo aos espaços onde estavam os participantes da conferência. Eles foram impedidos e acabaram entrando em confronto com os seguranças da COP.
Um porta-voz da ONU para Mudanças Climáticas informou ao g1 que equipes de segurança brasileiras e da ONU seguiram todos os protocolos estabelecidos e conseguiram conter a situação. As autoridades dos dois órgãos investigam o caso.
«O local está totalmente seguro, e as negociações da conferência continuam normalmente», afirmou o porta-voz da ONU. «O incidente causou ferimentos leves em dois seguranças e pequenos danos à estrutura do local».
A pedido da ONU, a Polícia Federal vai instaurar inquérito para investigar a invasão. Imagens das câmeras externas e internas da blue zone foram requisitadas e serão analisadas.
Como foi a tentativa de invasão
Vídeos do protesto mostram que a tentativa de invasão começou com a aproximação de um grupo que usava trajes indígenas. Eles passaram pelos portões da entrada principal e pela área das máquinas de raio-x. Eles se espalharam pelo saguão, perto da área de credenciamento.
Logo na sequência, outros manifestantes carregando bandeiras de coletivos estudantis e faixas de protesto contra a exploração de petróleo chegaram ao espaço da blue zone e também foram contidos pelos seguranças.
Após correria e bloqueio interno, os manifestantes foram retirados do espaço e as pessoas com credenciais puderam deixar o pavilhão. A segurança foi reforçada com o deslocamento de carros da Polícia Militar. Não há informações de detidos.
O secretário extraordinário da COP30, Valter Correia, afirmou que a organização da conferência estava tomando todas as providências sobre o tema.
«A ONU tem todos os seus protocolos de segurança. (…) Nós fazemos os pactos pacíficos de convivência com os movimentos e eles (segurança da ONU) estão aqui para garantir a segurança», afirmou.
Após a confusão, autoridades federais e da ONU se reuniram para discutir o incidente. A entrada de trabalhadores noturnos no pavilhão foi adiada.
Marcha Saúde e Clima nega relação
Nesta tarde, o parque onde ocorre a COP foi o destino final da Marcha Global Saúde e Clima. A organização da Marcha informou ao g1 Pará que cerca de 3 mil pessoas participaram da caminhada em um percurso de 1,5 km.
«As organizações que integram a Marcha Global Saúde e Clima vêm a público esclarecer que não têm qualquer relação com o episódio ocorrido na entrada da Zona Azul da COP30 após o encerramento da marcha», informaram os organizadores do evento.
A Marcha saiu da Avenida Duque de Caxias até a sede da COP30. A manifestação envolveu médicos, enfermeiros, estudantes, lideranças indígenas e representantes de movimentos sociais pedindo políticas de saúde pública.
