En Brasil, el secretario de Estado estadounidense volvió a defender el espionaje

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O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, defendeu ontem, em visita a Brasília, a espionagem feita pelos americanos a diversos países, inclusive o Brasil.

Kerry se disse disposto a um «diálogo» com o governo brasileiro que esclareça a iniciativa dos EUA – o que não convenceu o chanceler Antonio Patriota. Após o encontro de uma hora, Patriota pediu «transparência».

Questionado sobre o fim da espionagem, Kerry, que depois se encontrou com a presidente Dilma Rousseff, deixou implícito que os EUA não vão rever seus métodos controversos:

– Deixe-me ser transparente com vocês: não posso discutir questões operacionais, mas posso dizer que o Congresso aprovou uma lei depois do 11 de Setembro, quando fomos atacados pela Al-Qaeda, e começamos um processo de tentar entender os ataques antes de nos atacarem – disse.

O Brasil busca ter mais informações sobre quem e o que foi espionado pelos EUA no país. No Senado, uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) foi criada para apurar denúncias de interceptação de dados pelos EUA.

A intenção é investigar o monitoramento de telefonemas, redes sociais, e-mails e programas de busca, como o Google – prática realizada pelos americanos há pelo menos 11 anos. As revelações de espionagem no Brasil foram feitas com base em informações do ex-técnico da CIA Edward Snowden. Reunião sobre o tema, entre técnicos de inteligência de Brasil e EUA, deve ocorrer em Washington.

O secretário de Estado dos EUA defendeu um diálogo maior com autoridades brasileiras para esclarecimentos sobre o assunto e argumentou que a espionagem garante a segurança de cidadãos de todo o mundo.

– Vamos continuar a ter esse diálogo e vamos continuar tendo diálogo para ter certeza de que seu governo entende perfeitamente e está de acordo com o que precisamos fazer para garantir a segurança não apenas para os americanos, mas para brasileiros e para as pessoas no mundo – disse Kerry.

Ministros chegaram a ir ao Congresso para discutir o tema. Na ocasião, Celso Amorim (Defesa) e José Elito (Gabinete de Segurança Institucional) disseram que a notícia das interceptações por parte dos EUA não surpreendeu o governo. A forma e escala do que foi feito é que são encaradas como novidade.

No mês passado, Patriota já afirmara que os esclarecimentos dados até então pelos EUA sobre espionagem no Brasil foram «insuficientes».


Sem prazo para isenção de vistos

O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, na sua visita ao Brasil, festejou o que define como avanços no processo de concessão de vistos a turistas brasileiros. Não estabeleceu, porém, um prazo para o fim da exigência do documento.

Em julho do ano passado, o chanceler brasileiro Antonio Patriota e a secretária de Segurança Interna dos EUA, Janet Napolitano, assinaram em Brasília documento que criou um grupo de trabalho para estudar de que forma a isenção de visto a brasileiros seria feito.

– Estamos comprometidos a acelerar o máximo possível o processo do pedido de visto. Esperamos chegar lá (na dispensa do visto). Estamos confiantes de que podemos ter a dispensa, apenas precisamos continuar o trabalho juntos – disse Kerry.

Em entrevista coletiva, ele afirmou que, somente no ano passado, os EUA registraram cerca de 1 milhão de pedidos de visto por brasileiros.

– Gastamos milhões de dólares para fazer com que isso ocorra mais rapidamente – disse, citando ainda a abertura de novos consulados em Belo Horizonte e Porto Alegre.

 

http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/mundo/noticia/2013/08/em-visita-ao-brasil-kerry-defende-a-espionagem-dos-eua-4233680.html

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