Rousseff califica de inadmisible informe del Banco Santander sobre la economía del país

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Rousseff califica de inadmisible informe del Banco Santander sobre la economía del país

A presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, comentou pela primeira vez publicamente sobre a avaliação que o Banco Santander enviou a um grupo de clientes um informativo que associava Dilma à piora do quadro econômico no país. A presidente classificou o episódio como “inadmissível”, e disse que estuda as providencias a tomar. Disse que terá uma resposta bem clara sobre o banco.

— Sempre que especularam não se deram bem. Acho inadmissível um país que está entre as maiores economias aceitar qualquer interferência. A pessoa que escreveu a mensagem (do Santander) fez isso sim e isso é lamentável é inadmissível para qualquer candidato — disse.

Dilma disse ainda que está havendo um “jogo de pessimismo” e que o mesmo pessimismo que ocorreu durante a Copa do Mundo está havendo com relação à economia.

A presidente comparou o pessimismo da população com a Copa do Mundo com o pessimismo com a economia brasileira:

— O mesmo pessimismo que houve com a Copa está havendo com a economia. E como economia é na expectativa, é muito mais grave — avaliou.

Dilma participou da sabatina realizada pelo jornal “Folha de São Paulo”, portal UOL, SBT e pela rádio Jovem Pan. O evento foi realizado na tarde desta segunda no Palácio da Alvorada, residência oficial da presidente. Antes do início da entrevista, foi apresentado um vídeo com a trajetória política de Dilma.

Esta é a primeira sabatina que petista se submete nesta campanha. Já estão marcadas outras duas: na quarta na Confederação Nacional da Indústria e no dia 6 de agosto na Confederação Nacional da Agricultura.

Dilma inaugurou sua agenda eleitoral na última quinta-feira, num jantar organizado pelo PMDB fluminense em São João do Meriti.

DESEMPENHO NA ECONOMIA

Antes de comentar o caso Santander, a presidente rebateu as críticas sobre o fraco desempenho da economia. Ela comparou a situação brasileira com a de outros países emergentes e disse que seu governo tem enfrentado a crise econômica internacional. A primeira pergunta foi sobre uma potencial troca do ministro da Fazenda, Guido Mantega, caso Dilma se reeleja. Ela disse que não comenta ministério por não querer colocar “o carro na frente dos bois”. A presidente creditou os baixos indicativos econômicos do país ao recrudescimento da crise internacional entre os países emergentes.

— Tivemos uma piora da crise no que se refere aos emergentes. Estamos em fase de desaceleração. Nenhum país se recuperou. O FMI pretende revisar as taxas de todos os países para baixa. No Brasil ao contrário sempre tivemos um crescimento acima da média. Dos países do G-20 nos devemos estar entre os 6 ou 7 que mais crescemos. o Brasil enfrentou a crise enfrentado altas taxa de desemprego, de 2008 a 2014 criamos 5,1 milhões de empregos — disse, completando:

— Eu não concordo que deu alguma coisa errada ao combate à inflação — afirmou.

Diante da insistência do jornalista da Folha sobre a economia, Dilma admitiu que Lula errou ao classificar que o impacto da crise sobre o Brasil foi uma marolinha:

— Todos nós erramos — reconheceu.

E disse que usam dois pesos e duas medidas para avaliar seu governo na área econômica:

— Eu acho que usam dois pesos e duas medias para julgar meu governo. A inflação está dentro da meta.

REJEIÇÃO NAS PEQUISAS ELEITORAIS

Perguntada sobre a grande rejeição da população de São Paulo, que segundo o Datafolha chega a 47%, Dilma creditou o indicador ao fato de haver pouco conhecimento da população sobre a autoria dos programas sociais do governo. Mas que quando o horário eleitoral gratuito começar na TV e no rádio sua rejeição diminuirá.

— Tenho certeza que quando eu tiver oportunidade com o inicio dos programas de TV eu pretendo explicar bastante para o povo de São Paulo. Eu acredito que temos mudanças muito rápidas no Brasil – disse a presidente, lembrando que antes a Copa a rejeição à realização dos jogos e depois de iniciado o mundial, o quadro se reverteu.

MAIS MÉDICOS

A presidente voltou a rebater as críticas de seu rival tucano Aécio Neves sobre o programa Mais Médicos, que importou milhares de profissionais cubanos para suprir a falta de médicos nas periferias e rincões do Brasil. Durante a sabatina, Dilma disse que a posição de Aécio é um “despropósito”. O tucano afirmou que se for eleito presidente não aceitará as condições do governo cubano, que retém a maior parte do salário do cubano pago pelo governo brasileiro.

— É um despropósito. Essa posição fundamentalista (contra o governo cubano) toda a América Latina, numa reunião da Celac (Comunidade dos Estados Latinoamericanos e Caribenhos) todos os países aprovaram o fim das restrições a Cuba — comentou Dilma, emendando que “os médicos cubanos trouxeram para o Brasil um atendimento de alto grau de humanidade”.

Esta foi a segunda vez que Dilma respondeu às críticas de Aécio. Na semana retrasada, logo após as declarações do tucano, a presidente usou seu perfil no Facebook para fazer um chat sobre o programa e ali discordou da avaliação do rival.

DINHEIRO NO COLCHÃO

Ao final da sabatina, que durou mais de uma hora, Dilma foi questionada sobre o fato de guardar R$ 150 mil em espécie, segundo declarou à Justiça Eleitoral. A presidente explicou que esta é uma mania que adquiriu por ter passado sete anos de sua vida fugindo, durante a ditadura militar. Ela diz que prefere assim, que gosta de ter dinheiro em casa para dar para sua filha viajar, por exemplo. E brincou dizendo que não vai dizer em que local essa pequena fortuna está guardada.

— Uma parte disse eu deposito na poupança ao longo do ano. Não vou te contar (onde está guardado). Sete anos da minha vida eu vivi fugida. Eu dormi muito tempo dormindo de sapato. Eu dou dinheiro para minha filha, eu dou dinheiro para ela viajar. Eu gosto assim. Eu fiquei presa três anos na ditadura. naquela época eu vivia fugindo. Eu sou de outra geração. Na minha época o valor fundamental era que a gente ia transformar o Brasil. Tenho a minha mania de guardar os meus 150 mil que você não vão mudar — afirmou.

O colunista Josias de Souza perguntou para ela se ela pretendia fugir agora, ao que ela respondeu:

— Não, meu querido.

Outro participante da sabatina quis saber por que ela não prefere investir essa quantia que guarda em casa, o que poderia render cerca de R$ 10 mil mensais. Ela chegou a, aparentemente, desprezar a quantia, mas depois remendou:

— O que são R$ 10 mil? R$ 10 mil para mim é muita coisa.

TROCA DA MINISTÉRIOS

A presidente negou que tenha sido chantageada pelo aliado PR para trocar o ex-titular do Ministério dos Transportes César Borges por Paulo Sérgio Passos. Ela transferiu Borges para a Secretaria de Portos e após a mudança recebeu o apoio formal do partido à sua reeleição. O colunista do UOL Josias de Souza disse que o acerto foi decidido de dentro da cadeia, já que o presidente do PR, Waldemar da Costa Neto, está preso, condenado por ter participado do mensalão. Ela rejeitou a afirmação.

— Eu tenho os dois em alta conta, só aceito ministro que eu tenho em alta conta. Eu posso me equivocar. Você está dizendo que foi discutido na cadeia. Comigo foi discutido no Palácio do Planalto. Paulo Sérgio é uma pessoa abonada. (Eu teria sido) chantageada se colocasse alguém que não conhecia nem confiasse. Tenho absoluta confiança em ambos — respondeu Dilma.

Sobre o tema corrupção, a presidente disse que não compactua com isso e que o governo do PT foi quem mais atuou para fortalecer as instituições que investigam irregularidades no serviço público.

— Não tolero, não compactuo, não aceito corrupção. Governos do PT foram onde foram tomadas todas as medidas. Os homens e mulheres não são virtuosos, quem tem que ser virtuosas são as instituições para combater qualquer corrupção — disse, pontuando que os petistas deram mais força à Controladoria Geral da União (CGU), o Ministério Público e a Polícia Federal.

Perguntada especificamente sobre Carlos Lupi, que foi seu ministro do Trabalho afastado por suspeita de irregularidade e agora conta com seu apoio para concorrer ao Senado, Dilma o defendeu:

— Ele pediu afastamento para se defender. Não é minha prerrogativa responder por ele. Não vou concordar em chamar o ministro Lupi de um cara que fez malfeito. O ministério pode ter cometido falhas. Isso é extra-governo não é interno ao governo.

http://oglobo.globo.com/brasil/dilma-classifica-episodio-santander-como-inadmissivel-lamentavel-13407792#ixzz38rHywFEZ

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BANCÁRIOS APROVAM MOÇÃO DE REPÚDIO AO SANTANDER

Carta aprovada por 634 trabalhadores do ramo condena informe do banco espanhol contra a reeleição da presidente Dilma Rousseff: «Consideramos o gesto do banco irresponsável, não só com a economia, mas com a democracia brasileira. Uma instituição desse porte não pode, ainda que tenha preferência eleitoral, praticar especulação, agredir a imagem do país e pôr em dúvida a nossa estabilidade. É inaceitável essa ingerência do banco espanhol tentando influenciar a disputa eleitoral contra a vontade soberana do povo que irá às urnas em 5 de outubro»; presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários, Carlos Cordeiro, promete um dia de luta contra o «terrorismo do banco»

Em plenária da 16ª Conferência Nacional dos Bancários, realizada em Atibaia (SP), deste domingo (27), os 634 delegados e delegadas aprovaram por unanimidade uma moção de repúdio ao Santander, em resposta à carta enviada no mês de julho aos clientes de alta renda (Select), contra a reeleição do governo Dilma Rousseff.

Para o presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários, Carlos Cordeiro, «um banco estrangeiro, que veio aqui e adquiriu bancos, sobretudo, na era das privatizações do governo FHC, revela um profundo desrespeito com o Brasil e os brasileiros, piorando ainda mais a sua imagem junto aos trabalhadores e à população».

«Não permitiremos que atos terroristas de bancos, como o Santander, coloquem em risco a democracia no Brasil, que foi duramente conquistada após muita luta e sangue nos últimos 50 anos», salientou o dirigente sindical.

Carlos Cordeiro informa que os bancários do Santander, em todo o País, decidiram realizar, nos próximos dias, um dia de luta contra o «terrorismo do banc»o. Além disso, a Contraf-CUT irá entrar com uma representação na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que tem entre suas signatárias a Espanha, onde está sediado o Santander.

“A categoria está indignada e a resposta será dada com muita mobilização” finalizou Cordeiro.

Leia a íntegra do texto aprovado:

MOÇÃO DE REPÚDIO AO BANCO SANTANDER

Os delegados reunidos na 16ª Conferência Nacional dos Bancários repudiam a postura do banco Santander Brasil ao enviar comunicado a clientes de renda alta, no qual afirma haver «quebra de confiança e pessimismo crescente em relação ao Brasil», e que se a presidenta Dilma Rousseff «se estabilizar ou voltar a subir nas pesquisas, um cenário de reversão pode surgir. O câmbio voltaria a se desvalorizar, juros longos retomariam alta e o índice da Bovespa cairia».

Consideramos o gesto do banco irresponsável, não só com a economia, mas com a democracia brasileira. Uma instituição desse porte não pode, ainda que tenha preferência eleitoral, praticar especulação, agredir a imagem do país e pôr em dúvida a nossa estabilidade. Vivemos uma situação de cenário mundial complicado, mas com crescimento sustentável, inflação controlada, juros estáveis, geração de empregos e elevação da renda.

É inaceitável essa ingerência do banco espanhol tentando influenciar a disputa eleitoral contra a vontade soberana do povo que irá às urnas em 5 de outubro.

Delegados e delegadas presentes à 16ª Conferência Nacional dos Bancários

https://www.brasil247.com/pt/247/brasil/148264/Banc%C3%A1rios-aprovam-mo%C3%A7%C3%A3o-de-rep%C3%BAdio-ao-Santander.htm

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