Brasil: Rousseff decreta tres días de duelo por la muerte del candidato presidencial del Partido Socialista

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Dilma decreta três dias de luto oficial por morte de Campos

Em nota oficial divulgada na tarde desta quarta-feira, a presidente Dilma Rousseff decretou luto de três dias pela morte de Eduardo Campos. «Decretei luto oficial de 3 dias em homenagem à memória de Eduardo Campos. Determinei a suspensão da minha campanha por três dias”, informou a presidente.

Dentre as atividades suspensas, está a entrevista que ela daria ao Jornal Nacional, da TV Globo, na noite desta quarta.

“O Brasil inteiro está de luto. Perdemos hoje um grande brasileiro, Eduardo Campos. Perdemos um grande companheiro”, afirmou Dilma. “Tivemos Eduardo e eu uma longa convivência no governo Lula, nas campanhas de 2006, 2010 e durante o meu governo”.

Segundo a presidente, que enfrentava Campos nessa disputa, as divergências políticas entre ela e o candidato pessebista eram respeitosas. “Conversamos como amigos. Sempre tivemos claro que nossas eventuais divergências políticas sempre seriam menores que o respeito mútuo característico de nossa convivência”, diz a presidente em outro trecho do comunicado.

 

http://www.jb.com.br/pais/noticias/2014/08/13/dilma-decreta-tres-dias-de-luto-oficial-por-morte-de-campos/

Aécio e Dilma suspendem agenda da campanha eleitoral

O candidato Aécio Neves, do PSDB, recebeu as primeiras informações sobre a queda do avião de Eduardo Campos assim que seu avião aterrissou em Natal, onde prosseguiria agenda em vários estados do Nordeste. Aécio ficou sem voz e anunciou que cancelaria toda a agenda e seguiria imediatamente para São Paulo assim que tivesse mais informações. O comitê de reeleição da presidente Dilma Rousseff também fechará as portas nesta quarta-feira, em Brasília. Todas as atividades de campanha foram suspensas em todo país devido a morte de Eduardo Campos. Essa foi uma determinação da própria presidente que deve se pronunciar nas próximas horas. Ela não dará entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo.

Aécio e o senador Agripino Maia (DEM-RN), coordenador de sua campanha, ficaram em estado de choque.

— Meu Deus! Não consigo nem me levantar da cadeira. Tenho que respirar fundo! Estou sem voz! — reagiu Aécio, ao ser informado, pelo GLOBO , sobre a queda do avião de Eduardo Campos.

Ele se reuniu no aeroporto de Natal com Agripino e assessores , em contato com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin , para pegar mais informações e definir sua ida para São Paulo.

— O sentimento é de estupefação de todos aqueles que fazem parte da classe política — disse Agripino.

Em nota, o candidato lamentou a morte de Campos.

“ Nossos pensamentos e preces se dirigem neste momento à sua família, aos seus companheiros de partido e a todos os brasileiros que perderam uma voz importante para a democracia e a vida do Brasil”, diz o texto.

Mais tarde, Aécio disse ainda ter recebido «com imensa tristeza» a notícia do acidente que vitimou Eduardo Campos, a quem chamou de amigo.

«O Brasil perde um dos seus mais talentosos políticos, que sempre lutou com idealismo por aquilo em que acreditava. A perda é irreparável e incompreensível», escreveu o tucano em sua página do Facebook.

Aécio escreveu, ainda, que sua família e ele se uniram em oração «à família de Eduardo, seus amigos e milhões de brasileiros que, com certeza, partilham a mesma perplexidade e pesar».

HOMENAGEM NO SITE DO PT

O site da campanha da presidente Dilma à reeleição fez uma homenagem a Eduardo Campos. Ao abri-lo, surge um banner que ocupa a metade da página, com uma foto do ex-governador em preto e branco com o título «Todo o Brasil em luto pela morte de Eduardo Campos 1965-2014». Logo que foi confirmada a morte de Campos, Dilma divulgou uma nota de pesar e decretou luto de três dias. A campanha do PT foi suspensa pelo mesmo período.

“O conjunto do Partido dos Trabalhadores manifesta imenso pesar pelo falecimento do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, candidato à Presidência da República pelo PSB, em acidente aéreo ocorrido na manhã desta quarta-feira, 13 de agosto.

Em função deste trágico fato, a direção nacional do Partido dos Trabalhadores decidiu cancelar todas as atividades públicas referentes à campanha eleitoral 2014 nas esferas nacional, estadual e municipal, em manifestação de luto com duração de três dias.

O PT se solidariza com os familiares, amigos e correligionários de Eduardo Campos neste momento de dor diante de tão grande perda.”

OUTROS CANDIDATOS

Em nota assinada pela candidata do PSOL à Presidência, Luciana Genro, e Jorge Paz, eles afirmam que receberam com perplexidade a notícia da morte. “Recebemos com perplexidade e emoção a notícia do falecimento do presidenciável Eduardo Campos. A tragédia que atingiu Campos, sem precedentes na história democrática, também nos toca e reveste de luto este processo eleitoral”. Eles cancelaram agenda de campanha.

Também o candidato do PV à Presidência, Eduardo Jorge, suspendeu a campanha nos próximos dias em luto pela morte de Eduardo Campos.

«Esta perda é muito triste para o país. Eduardo Campos era uma liderança muito jovem e muito importante para o Brasil. Toda a minha solidariedade à família», escreveu Jorge em nota oficial.

Em nota, o candidato à Presidência pelo PSC, Pastor Everaldo, destacou as qualidades de Campos:

«É com muita dor que perdi um amigo. Eduardo Campos era, além de tudo, uma pessoa de bem, um pai de família, um cidadão brasileiro que teria muito a contribuir com a democracia brasileira neste momento. Estive com ele, na semana passada, e pude perceber o comprometimento dele com o País. Meus pêsames à família, aos amigos e que Deus conforte a todos.

 

http://oglobo.globo.com/brasil/aecio-dilma-suspendem-agenda-da-campanha-eleitoral-13587276#ixzz3AMmdOBQ3

 

Morte de Campos muda o cenário da eleição presidencial

A tragédia aérea que provocou a morte do candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, coloca as eleições de 2014 em um cenário de incerteza. A coligação de Campos tem dez dias para anunciar o substituto ou desistir do pleito. Vice na chapa, a ex-senadora Marina Silva (PSB) é o nome natural para a vaga, mas até ontem não havia se manifestado sobre o futuro.

Marina foi a terceira colocada no primeiro turno da disputa presidencial de 2010, com 19,33% dos votos válidos. Ela manteve-se como o nome mais competitivo da oposição até abril deste ano, quando formalizou a pré-candidatura a vice. No dia 5 daquele mês, o Datafolha* apontou que ela tinha 27% das intenções de voto, contra 39% de Dilma Rousseff (PT) e 16% de Aécio Neves (PSDB).

Em nota, a coligação Uni­­dos pelo Brasil disse acreditar que a perda de Campos “encerrou sua vida, mas não seus ideais”. Líder do PPS na Câmara dos Deputados, o paranaense Rubens Bueno disse que a chapa não deve desistir da eleição. E que Marina seria o nome mais forte para encabeçá-la. O PPS faz parte da coligação.

“A entrada da Marina muda completamente o quadro. Ela tira votos da Dilma, mas ao mesmo tempo liga o sinal vermelho para o Aécio, que pode ficar de fora do 2.º turno”, avalia o diretor do Instituto Paraná Pesquisas, Murilo Hidalgo, que vinha colaborando com o candidato do PSB. O cientista político Christopher Garman, diretor do Eurasia Group, concorda. Para ele, com Marina, a reeleição de Dilma e um possível 2.º turno com Aécio são menos prováveis.

O futuro de Marina depende da relação da ex-senadora com colegas do PSB. Ela é novata na legenda. Só se filiou em outubro do ano passado, quando não conseguiu viabilizar a criação de seu próprio partido, a Rede. Também se opôs a várias alianças estaduais, como a parceria com o PSDB de Beto Richa no Paraná.

O dilema de Marina estaria entre assumir a candidatura como uma “homenagem” à parceria com Campos ou sair da disputa como uma forma de não parecer que está tirando proveito da situação. Se assumir o posto de Campos, vira uma candidata forte e aumentam as chances de 2.º turno. Caso contrário, a tendência é que a eleição fique polarizada entre Dilma e Aécio, podendo ser decidida já no primeiro turno.

Solidariedade

Em declaração à imprensa, ontem à tarde, Marina não fez qualquer menção ao futuro. Abalada, preocupou-se em demonstrar solidariedade à familia de Campos. “Fo­­­­ram dez meses de intensa convivência em que começamos a fiar juntos a esperança de um mundo melhor, mais justo”, disse. “A imagem que quero guardar é a de nossa despedida de ontem, cheia de sonhos.” A tendência é de que a decisão de Marina só seja anunciada após o enterro, previsto para amanhã, em Recife.

A ex-senadora estava anteontem com Campos no Rio de Janeiro e, em princípio, viajaria junto com ele no jato Cessna 560 XL que caiu no litoral paulista. De última hora, Marina preferiu viajar para São Paulo junto com assessores em um voo comercial.

http://www.gazetadopovo.com.br/vidapublica/eleicoes/2014/conteudo.phtml?tl=1&id=1491134&tit=Morte-de-Campos-muda-o-cenario-da-eleicao-presidencial

 

Repercusiones en el arco político brasileño sobre la muerte de Campos

http://g1.globo.com/politica/eleicoes/2014/noticia/2014/08/veja-repercussao-da-morte-de-eduardo-campos.html

 

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