Elecciones en Brasil: corrupción en Petrobras centraliza la campaña y militares dan apoyo a Marina

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PT E PSB PREPARAM REAÇÃO A VAZAMENTOS

 A menos de um mês das eleições, PT e PSB, que lideram as pesquisas de intenções de voto, preparam estratégia de reação aos vazamentos da delação premiada de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras.

Costa teria citado senadores e deputados da base aliada, além do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, como beneficiários do recebimento de propina de contratos da estatal. O ex-candidato à Presidência pelo PSB Eduardo Campos, morto em agosto, também faz parte da lista.

O governo pretende solicitar acesso ao depoimento, mas isso só pode ser feito após o fim da delação, que não tem prazo para acabar.
A presidente Dilma Rousseff disse neste domingo que aguardará pela informação oficial dos órgãos de investigação para tomar providências em relação a membros do seu governo. «Eu acho que não lança suspeita nenhuma sobre o governo, na medida em que ninguém do governo foi oficialmente acusado. O governo tem tido em relação a essa questão uma posição extremamente clara. Aliás, foi órgãos do governo que levaram a essa investigação, foi a polícia federal, não caiu do céu. Foi uma iniciativa da Polícia Federal e também de outros órgãos, como ministério público e judiciário. O governo está investigando esta questão», ressaltou.

Do lado do PSB, da presidenciável Marina Silva, o vice da chapa, deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), já se posicionou sobre o caso: «O PSB já requereu acesso ao processo. Ele é sigiloso, mas queremos ler, saber exatamente com detalhes o que foi feito», afirmou.

Ele afirma que a família de Campos tem sofrido com as suspeitas e vai usar o argumento de que o ex-governador sempre apoiou investigações de eventuais ilegalidades na estatal.

http://www.brasil247.com/pt/247/poder/152680/PT-e-PSB-montam-estrat%C3%A9gia-de-rea%C3%A7%C3%A3o-a-vazamentos.htm

CLUBE MILITAR FECHA COM MARINA: «FIO DE ESPERANÇA»

Depois de receber o apoio oficial do deputado pastor Marco Feliciano (PSC-SP), conhecido e duramente criticado por entidades que lutam pelos direitos humanos, por suas posições radicais e polêmicas contra os homossexuais, Marina Silva recebe o voto de um setor ainda mais conservador: o Clube Militar do Rio de Janeiro.

Em manifesto divulgado na última quarta-feira, o clube mais conservador do Exército trata a candidata do PSB como «um fio de esperança» para derrotar o PT. «Esperança de algo novo e diferente, que rompa com a tradição negativa representada pelos atuais homens públicos», diz trecho do texto.

Autor do documento, o general da reserva Clóvis Purper Bandeira diz que os militares veem Marina como a grande aposta para tirar os petistas do poder. Entre as reivindicações dos militares está a preservação da Lei da Anistia, para que se evite que os agentes da ditadura militar sejam punidos enquanto ex-militantes da esquerda armada contra o regime permaneçam impunes.

Embora defina Marina como a esperança, o manifesto também aponta «uma nova política misteriosa» comandada pela «figura messiânica» da eventual presidente da República. A candidata, segundo o Clube Militar, faz «declarações vagas» e «propostas esquerdistas e ambientalistas», com «cheiro de bolivarianismo», em referência à maior participação popular, como por meio de plebiscitos. Depois, acrescenta que «ser uma incógnita camaleônica é uma vantagem».

Leia abaixo ou no site do Clube Militar a íntegra do texto:

UM FIO DE ESPERANÇA

As surpresas que o destino nos reserva são assustadoras. Tudo corre num determinado sentido quando, de repente, um acontecimento totalmente inesperado muda nossa história, nossa vida.

O terrível acidente aéreo que, no meio de agosto (sempre agosto) ceifou a vida do Senador Eduardo Campos, candidato à Presidência da República, bem como as da tripulação e de assessores que o acompanhavam, mudou em duas semanas todo o panorama e as previsões para as eleições de outubro, em nível federal e estadual.

Subitamente elevada à condição de presidenciável, a até então candidata a Vice Presidente, Marina da Silva, foi talvez a pessoa diretamente mais atingida pelas consequências da tragédia.

Relembremos.

Tendo obtido 20 milhões de votos nas últimas eleições presidenciais, em 2010, Marina despontou como um fenômeno eleitoral, séria pretendente ao cargo nas próximas eleições.

Para conseguir ser apontada como candidata, procurou fundar um partido próprio, a Rede de Sustentabilidade, ou simplesmente Rede. No entanto, a burocracia – e os problemas reais ou criados pelos cartórios para o reconhecimento de centenas de milhares de firmas necessárias para a criação de um partido – terminaram por impedir que o mesmo viesse à luz no prazo legal para permitir o registro de seus candidatos.

Assim, sem uma sigla que a apresentasse, Marina teve que se contentar em aderir ao PSB, que já apontara Eduardo Campos como candidato a Presidente da República. Ela teve, então, que limitar-se à Vice Presidência.

A morte do cabeça da chapa do PSB a menos de dois meses das eleições determinou sua substituição por Marina, que imediatamente decolou nas pesquisas de intenção de votos.

Atualmente, já empata com Dilma Roussef no primeiro turno e vence folgadamente por dez pontos percentuais no segundo turno.

Na verdade, a nova candidata incorporou o desejo vago de mudanças que levou o povo às ruas em junho do ano passado. Que tipo de mudança, isso já é outro problema.

Não tendo ainda sido atacada pelos demais candidatos – pois sua candidatura não foi, inicialmente, percebida como grande ameaça – navega em mar calmo e vento muito favorável, enquanto o tempo, cada vez mais curto, corre a seu favor.

Sua figura messiânica, suas declarações vagas, suas promessas iniciais muito generosas, mas fora do alcance do cofre nacional, acenam com uma «nova política» misteriosa, mistura de propostas esquerdistas e ambientalistas, entre as quais maior participação direta, governar com pessoas e não com partidos, participação direta popular no governo, por meio de plebiscitos e consultas populares (cheiro de bolivarianismo), criação de conselhos do povo (cheiro dos sovietes petistas), orçamento participativo etc.

Cálculos preliminares orçam suas promessas – entre as quais 10% do orçamento para a saúde, outros 10% para a educação, aumento da bolsa esmola, do efetivo da Polícia Federal – em quase 100 bilhões de reais por ano, cuja origem não é esclarecida.

Seu calcanhar de Aquiles é o fraco apoio político, pois na verdade não tem o apoio firme de nenhum partido. Seus apoiadores são aqueles interessados em pegar carona em sua súbita popularidade, sem nenhum compromisso com a realidade política durante seu possível governo.

Mas uma excelente candidata não será, necessariamente, uma excelente Presidente.

No governo, terá que descer das nuvens «sonháticas» onde flutua e lutar na arena do dia a dia da Praça dos Três Poderes, enfrentando as feras insaciáveis que fazem as leis, sempre cobrando algum preço político por seu apoio.

Na verdade, os políticos temem o populismo de suas propostas e os desvios que promete adotar, para evitar o isolamento de seu governo pelos partidos, percebendo uma ameaça de autoritarismo na ideia de governar sem os mesmos. Será real isso ou será apenas uma ameaça para angariar apoios mais fortes dos partidos, que seriam enfraquecidos com um governo mais populista?

Dona de um discurso inatacável, é a favor de tudo que é bom e contra tudo que é ruim. Como, aliás, todos os candidatos.

Ser uma incógnita camaleônica é uma vantagem, pois o que é conhecido da política e dos políticos é rejeitado pelos eleitores.

A esperança de algo novo e diferente, que rompa com a tradição negativa representada pelos atuais homens públicos, parece impulsionar a subida de Marina nas pesquisas eleitorais.

A desilusão popular procura o novo. As mudanças podem ser para melhor ou para pior, desde que interrompam a malfadada corruptocracia instalada no poder pelo lulopetismo.

Como está não pode continuar. Há expectativa de que novos rumos e novos governantes tragam melhores dias e maior esperança para os eleitores desiludidos.

É um fio de esperança, mas parece que as pessoas a ele se agarram com fé, apostando no futuro para esquecer o presente.

Gen Clovis Purper Bandeira – Editor de Opinião do Clube Militar

http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/152500/Clube-Militar-fecha-com-Marina-fio-de-esperan%C3%A7a.htm

 

AÉCIO ENCONTROU JANELA PARA RENASCER DAS CINZAS?

O candidato a presidente da República pelo PSDB, Aécio Neves, relegado a um terceiro lugar (muito desconfortável) nas pesquisas de intenção de voto, vê agora, na belicosa delação do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, a chance de retornar ao jogo eleitoral para valer. O tucano expressou essa possibilidade claramente, neste domingo (7), durante um culto evangélico, no Rio de Janeiro. Ouviu dos religiosos uma música intitulada «A Volta Por Cima», em homenagem a ele. «Este é o tempo de dar a volta por cima. Eu vou dar a volta por cima. O que passou, passou. Tudo que eu vivi, foi uma lição», diz a letra da canção. Entusiasmado, Aécio disse que ainda há tempo, nas próximas quatro semanas antes das eleições, para ele voltar efetivamente ao páreo. Mas será que dá mesmo?

“Vou lutar até o final, tendo como melhores companheiras de viagem a verdade e as minhas crenças. Tenho um projeto para o Brasil. Não quero que, daqui a quatro anos, estejamos todos lamentando mais uma escolha equivocada”, afirmou.

Com as manchetes dos jornais e a mídia eletrônica emulando até o dia da eleição o suposto pagamento de propina para políticos por contratos da Petrobras, que consta da delação de Paulo Roberto Costa, as duas primeiras colocadas nas pesquisas, a presidente Dilma Rousseff (PT) e ex-senadora Marina Silva (PSB), terão que lidar com uma agenda negativa persistente. Dilma terá o problema maior. Mas Marina poderá ver seu ex-companheiro de chapa, Eduardo Campos (PSB), que faleceu tragicamente há menos de um mês, lhe dar dor de cabeça, caso surjam acusações graves contra ele no depoimento do ex-diretor da Petrobras. Pernambuco, Estado governador por Campos, recebeu a maior obra da estatal nos últimos anos, a refinaria de Abreu e Lima. E é aí onde pode estar o problema.

É deste cenário de tanta indefinição que Aécio espera renascer na disputa eleitoral. Logo que as primeiras informações vazaram na mídia, o tucano tratou logo de gravar um vídeo no qual denominou o suposto pagamento de propina como «mensalão 2». Mostrou assim sua intenção de jogar a bomba no colo da primeira coloca nas pesquisas e causar as mesmas dificuldades que o «primeiro mensalão» causou aos petistas no passado recente.

Em cima disto, o tucano passou a cobrar que as investigações possam ir «mais fundo» e trouxe para si a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que está investigando contratos da Petrobras. «Liderei no Congresso Nacional toda a movimentação para a instalação da CPMI. O que nós queremos é que a CPMI possa voltar a intimar o senhor Paulo Roberto para que ele diga, de forma mais clara, além dos nomes já vazados para a imprensa, como funcionava esse esquema”, afirmou Aécio.

Calibrando o discurso, o candidato disse que é preciso acabar com a impunidade no país, processando e prendendo quem tiver usado, de forma indevida, o dinheiro público. “Quem cometeu um desvio, independente de qualquer partido, tem que ser punido de forma exemplar. Se tiver alguém próximo a nós que tiver cometido desvio, que a Justiça julgue. Mas, julgado e condenado, tem que cumprir pena”, afirmou ele neste domingo, mostrando que o tema não será esquecido por sua campanha e deverá ganhar o horário eleitoral já a partir de amanhã.

O assunto «mensalão» já vinha sendo usado por Aécio em seu programa. Contra Marina. No ataque mais direto à candidata do PSB, ele lembrou, na semana passada, que ela era filiada ao PT e ministra de Estado quando explodiu o escândalo, mas mesmo assim continuou no mesmo lugar – sendo petista e ministra. Agora, o tucano irá ampliar seu ataque, mirando em Dilma, no que ele já denominou de «mensalão 2».

Resta saber se esta ação será eficiente. O «mensalão», com todos os seus desdobramentos midiáticos, não impediu a reeleição de Lula, nem a eleição de Dilma. É claro que um novo escândalo, como o de agora, deve mexer com o eleitorado. Mas é preciso que Aécio se prepare para ir mais além no debate. A crise ética é o trampolim. Mas ele deve estar pronto para apresentar ao eleitor um programa de governo consistente e atraente. Restam quatro semanas para o primeiro turno.

 

 

 

http://www.brasil247.com/pt/247/poder/152673/A%C3%A9cio-encontrou-janela-para-renascer-das-cinzas.htm

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