Vicepresidente brasileño dice que la situación política es grave y pide apoyo al Congreso para resolver crisis

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Temer diz que situação política é grave e pede apoio ao Congresso para resolver crise

Depois de uma manhã de reuniões com líderes do Senado, da Câmara e ministros, o vice-presidente e articulador político do governo, Michel Temer (PMDB), reconheceu que o país enfrenta uma crise política e econômica e fez um apelo para que o Congresso Nacional ajude a unificar o país. Visivelmente preocupado, Temer afirmou que será preciso ter o apoio de todos os brasileiros e chamou o Congresso para enfrentar o cenário que se desenha. Também nesta quarta, o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, fez afagos ao PSDB e defendeu um “acordo suprapartidário”.

– É preciso que alguém possa, tenha capacidade de reunificar a todos, de unir a todos, de fazer esse apelo, e eu estou tomando essa liberdade de fazer este pedido, porque caso contrário nós podemos entrar numa crise desagradável para o país – disse.

O pedido do vice-presidente ocorre diante de um início de segundo semestre conturbado para o governo. Além das dificuldades para aprovar os projetos do ajuste econômico, dos pedidos de impeachment na Câmara e das manifestações marcadas para o próximo dia 16, a presidente ainda corre os risco de ter as contas do ano de 2014 rejeitadas pelo Tribunal de Contas de União (TCU).

— Vocês sabem que ao longo do tempo nós tivemos sucesso na articulação política, mas hoje, quando exatamente se inaugura o segundo semestre, agrava-se uma possível crise. Estamos pleitando exata e precisamente que todos se dediquem a resolver o problema do país. Não vamos ignorar que a situação é razoavelmente grave. Não tenho dúvida que é grave. É grave porque há uma crise política se ensaiando, há uma crise econômica que está precisando ser ajustada, mas para tanto é preciso contar com o Congresso Nacional, é preciso contar com os vários setores da sociedade brasileira — disse.

Com o rompimento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), com o governo, e as frequentes derrotas impostas ao Planalto no Congresso, Temer afirmou que a situação é preocupante tanto na Câmara quanto no Senado, mas que só as Casas podem unir o país.

— Há uma certa preocupação, não posso negar isso. Daí a razão desta espécie de convocação no sentido de que todos trabalhemos juntos. Não há como trabalhar separadamente porque a separação envolve prejuízos para o país. disse, completando:

— Eu tenho pregado com frequência, vocês sabem, a ideia da tranquilidade, da moderação, da harmonia. Especialmente da harmonia entre os órgãos do Poder. E hoje, mais do que nunca, se faz necessária essa harmonia que nós tanto temos alardeado.

O vice-presidente ainda demonstrou preocupação com a repercussão da crise que o país enfrenta no exterior.

— Nós temos que ter uma atuação aqui no Brasil que repercuta positivamente no exterior. E se nós não tomarmos cuidado nossa atuação no Brasil pode repercutir negativamente no exterior.

Desde segunda-feira, o vice-presidente vem se reunindo com a base aliada do governo para tentar uma reaproximação com o Congresso. Em um dos encontros, Temer pediu para que os ministros atendam mais as demandas dos deputados. Nesta quarta, ele conversou com Joaquim Levy (Fazenda), Eliseu Padilha (Aviação Civil), Nelson Barbosa (Planejamento), Luís Inácio Adams (Advocacia Geral da União) e José Eduardo Cardozo (Justiça).

O Globo

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