Inicia proceso contra jefe de Diputados que puede llevar a su destitución

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Conselho de Ética deve instalar nesta terça processo para investigar Cunha

O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados deve instalar nesta terça-feira (3) um processo para apurar suposta quebra de decoro parlamentar do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O processo pode resultar em punição que varia desde censura verbal ou escrita até cassação de mandato.

Alvo de investigação na Operação Lava Jato, Cunha é acusado pelo PSOL e pela Rede, autores do pedido, de ter mentido em depoimento à CPI da Petrobras, em março, quando disse que não tinha contas no exterior. Documentos enviados pelo Ministério Público da Suíça ao Brasil mostram a existência dessas contas. O Supremo Tribunal Federal já abriu um inquérito para investigar as suspeitas.

Nesta terça, serão sorteados três nomes entre os integrantes do conselho para que o presidente do conselho, deputado José Carlos Araújo (PSD-BA), escolha um deles para ser o relator. Ficarão de fora do sorteio os deputados que forem do mesmo partido ou estado de Cunha (PMDB e Rio de Janeiro) e os signatários da representação.
Orçamento

Também nesta terça, a Comissão Mista de Orçamento (CMO), formada por deputados e senadores, pode votar o projeto enviado pelo Executivo de revisão da meta fiscal para este ano.

O deputado Hugo Leal (PROS-RJ), relator do projeto, deu parecer favorável que autoriza o governo a fechar as contas em 2015 com um rombo recorde de R$ 117,9 bilhões. Esse valor considera o abatimento de até R$ 55 bilhões para compensação das chamadas «pedaladas fiscais» (pagamentos atrasados a bancos públicos). O governo já admitiu que as contas podem fechar R$ 110 bilhões no negativo.

Votações

Na Câmara, os deputados devem votar o projeto de lei que regulariza, mediante pagamento de multas, dinheiro enviado por brasileiros ao exterior sem declaração à Receita Federal.

Inicialmente prevista para a semana passada, a votação acabou adiada por causa de uma polêmica em torno do texto do relator da proposta, deputado Manoel Junior (PMDB-PB). O parecer dele amplia o rol de crimes, como uso de documento falso e associação criminosa, que ficariam sem punição caso os recursos fossem repatriados.

No Senado, deve ser votada uma medida provisória que reajusta as taxas cobradas pela Agência Nacional do Cinema (Ancine), pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Também pode ser votado um projeto de lei que regulamenta o direito de resposta para quem se sentir ofendido por reportagem jornalística publicada ou exibida nos meios de comunicação. O texto já havia sido votado no Senado, mas, como foi alterado pelos deputados, passará por nova análise dos senadores.

Consta ainda da pauta um projeto que desobriga a Petrobras de participar do modelo de partilha na produção de petróleo, que vigora na exploração da camada pré-sal.

Essa seria uma forma de fortalecer a empresa no cenário atual de crise, de acordo com o senador José Serra (PSDB-SP), autor do projeto. Para ele, a Petrobras não tem condições de, atualmente, atender à exigência de participação mínima de 30% nos grupos de exploração e produção do pré-sal.

O Globo

Manifestantes fazem ato em frente a casa de Eduardo Cunha em Brasília

Uma manifestação contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB/RJ), ocorreu na segunda-feira (2) em Brasília em frente a casa do parlamentar. O ato teve a participação de integrantes do coletivo de juventude do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no DF e do Levante Popular da Juventude.

Segundo os manifestantes, o protesto teve como objetivo denunciar as ações do presidente da Câmara. Eles dizem que Cunha é investigado por corrupção, tem colocado em pauta projetos conservadores e que retiram direitos de minoras e dos trabalhadores, alguns de autoria do próprio Cunha. Os manifestantes pedem a saída do deputado da presidência da Casa.

Os participantes calculam que aproximadamente de 300 pessoas estiveram na manifestação. Já a Polícia Militar do Distrito Federal estimo que o número de participantes esteve entre 200 e 250 pessoas.

Os manifestantes criticaram projetos de autoria de Cunha. Entre eles até o Projeto de Lei 5.069/2013, que tem o deputado como um dos autores, e que foi aprovado no último dia 21pela pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que criminaliza o “induzimento, instigação ou auxílio ao aborto”.

Jornal do Brasil

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