Jefe del Ejército brasileño presiona al Poder Judicial en la previa a la decisión sobre Lula

1.053
Contexto NODAL
Lula fue condenado a 12 años y un mes de prisión por corrupción pasiva y lavado de dinero en el marco de la causa Lava Jato. Se lo acusa de haber recibido un departamento en el balneario paulista de Guarujá en carácter de soborno por parte de la constructora OAS. Lula denuncia falta de pruebas y persecución política. Aún queda por definirse si el exmandatario irá a prisión y si podrá competir en los comicios presidenciales de octubre.

Jefe del Ejército dice repudiar «impunidad» en víspera de decisión sobre Lula

El comandante del Ejército brasileño, general Eduardo Villas Boas, afirmó que repudia la «impunidad», la víspera de que la Corte Suprema analice si concede o no un «habeas corpus» preventivo al expresidente Luiz Inácio Lula da Silva tras ser condenado a 12 años de prisión por corrupción.

«Aseguro a la nación que el Ejército brasileño juzga compartir el anhelo de todos los ciudadanos de bien de repudio a la impunidad y de respeto a la Constitución, a la paz social y a la democracia», dijo el máximo oficial del Ejército brasileño en un mensaje divulgado en redes sociales.

Villas Boas comentó también que «se mantiene atento a sus misiones institucionales», al tiempo que preguntó a las instituciones y al pueblo, de manera retórica, «quién realmente está pensando en el bien del país y en las generaciones futuras y quién está preocupado apenas con los intereses personales».

Los comentarios del jefe del Ejército llegan el día antes de que los once magistrados que integran el pleno del Supremo analicen si conceden un «habeas corpus» a Lula que le permitiría apelar a esa condena en libertad hasta agotar todos los recursos en las diferentes instancias judiciales.

Si los jueces de la máxima corte del país deciden rechazar la petición, el encarcelamiento del exmandatario, que gobernó Brasil entre 2003 y 2010 y pretende presentarse a las elecciones de octubre, debería ser ordenado en cuestión de horas o de días.

Lula fue condenado en enero pasado a 12 años de cárcel por un tribunal de segunda instancia que le halló culpable de corrupción pasiva y lavado de dinero en un caso relacionado con la trama destapada en la petrolera estatal Petrobras.

Según una decisión cautelar de la Corte Suprema tomada en 2016, una sentencia puede empezar a cumplirse una vez concluyan todas las apelaciones en segunda instancia, a pesar de que haya posibilidades de más recursos en instancias superiores.

Miles de brasileños se manifestaron hoy en las principales ciudades del país para presionar al Supremo con objeto de que mañana niegue el «habeas corpus» a Lula y mantenga así su jurisprudencia.

Por otro lado, la fiscal general de Brasil, Raquel Dodge, dijo hoy que el sistema judicial está «aniquilado» cuando un condenado solo puede cumplir pena tras agotar todos los recursos.

Según analistas jurídicos, la decisiva votación en el Supremo será previsiblemente muy ajustada ya que diez de los jueces de la corte se dividen a partes iguales entre aceptar el «habeas corpus» y rechazarlo.

Todas las miradas parecen centrarse en la magistrada Rosa Weber, quien ha declarado que, personalmente, no cree que nadie deba ir a prisión mientras pueda apelar, pero que en esos casos siempre ha votado según la resolución cautelar de 2016.

La Vanguardia


Na véspera de julgamento sobre Lula, comandante do Exército diz repudiar impunidade

O comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, afirmou em rede social nesta terça-feira (3), véspera do julgamento do habeas corpus impetrado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no STF (Supremo Tribunal Federal), que repudia “a impunidade”.

Ele escreveu que o Exército está ainda “atento às suas missões institucionais”, sem detalhar o que pretendeu dizer com a expressão.

O general fez duas postagens na noite desta terça-feira (3). Na segunda, afirmou: “Asseguro à Nação que o Exército Brasileiro julga compartilhar o anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade e de respeito à Constituição, à paz social e à democracia, bem como se mantém atento às suas missões institucionais”.

Na primeira postagem, o general escreveu: “Nessa situação que vive o Brasil, resta perguntar às instituições e ao povo quem realmente está pensando no bem do país e das gerações futuras e quem está preocupado apenas com interesses pessoais?”.

Quarenta e cinco minutos depois das postagens, os comentários tinham cerca de 4.500 “curtidas”. O comandante do Exército tem 118 mil seguidores no Twitter. As afirmações do general surgem em um momento de tensão social e política, com protestos ocorridos ou marcados em várias partes do país contra e a favor de Lula.

Em resposta ao general, o comandante militar da Amazônia até o mês passado, general Antonio Miotto, afirmou: “Comandante! Estamos juntos na mesma trincheira! Pensamos da mesma forma! Brasil acima de tudo! Aço!”.

O juiz federal Marcelo Bretas, responsável pela Lava Jato no Rio, reproduziu o comentário do general no Twitter com um emoji (ícone usado em trocas de mensagens) de aplauso.

Horas depois, porém, o juiz federal fez um “mea culpa”. Ele voltou ao Twitter para reafirmar seu “respeito pelo Exército Brasileiro e pelas demais FFAA [Forças Armadas]” e reiterar: “Compartilho dos valores enunciados na mensagem referida (repúdio à impunidade, respeito à Constituição, à paz social e à Democracia)”. Logo em seguida vem o adendo: “Contudo, não me pronuncio sobre as insinuações que dela derivaram”.

Em nota, o Ministério da Defesa afirmou que o comandante do Exército “mantém a coerência e o equilíbrio demonstrados em toda sua gestão, reafirmando o compromisso da Força Terrestre com os preceitos constitucionais, sem jamais esquecer a origem de seus quadros que é o povo brasileiro”.

Segundo a nota, o general “manifesta sua preocupação com os valores e com o legado que queremos deixar para as futuras gerações. É uma mensagem de confiança e estímulo à concórdia”.

O Palácio do Planalto não se manifestou sobre as declarações do general. Procurada, a assessoria de imprensa do ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Sergio Etchegoyen, afirmou que ele não costuma comentar declarações.

O chefe do Estado Maior do Exército, general Fernando Azevedo e Silva, afirmou à Folha que a fala de Villas Bôas é a opinião da corporação. ” Se o comandante do Exército se manifestou, essa é a opinião do Exército”, disse.

General desde 2011, Villas Bôas, de 66 anos, assumiu em 2015 o comando do Exército. Ele enfrenta uma doença degenerativa grave, com perda de mobilidade. Já é visto em cadeira de rodas e também tem problemas respiratórios. O militar não diz o nome da enfermidade.

OUTRAS DECLARAÇÕES

Com as afirmações na rede social, Villas Bôas subiu o tom em relação ao discurso público que vinha fazendo até então. Em uma palestra a uma loja maçônica em março do ano passado, por exemplo, o comandante disse que o Brasil “é um país já uma sociedade sofisticada, com sistema de freios e contrapesos, com as instituições bem ou mal funcionando, que dispensa a sociedade de ser tutelada” e que sua proposta era que as Forças Armadas fossem “protagonistas silenciosos”.

Na ocasião, ele manifestou o desejo de que “a sociedade identifique sempre como garantia que os problemas não ultrapassarão determinados limites para que o país tenha garantida a segurança da população e garantido o avanço de, mais cedo ou mais tarde, nós solucionarmos esses problemas e reencontrarmos o caminho do desenvolvimento”.

Villas Bôas não explicou quais seriam os “determinados limites”.

As declarações de Villas Bôas encontram eco em afirmações feitas no ano passado pelo general Antonio Hamilton Mourão, que passou para a reserva em fevereiro.

Quando estava ativa, Mourão disse, durante uma palestra a uma loja maçônica do Distrito Federal em setembro de 2017, que as Forças Armadas poderiam “impor uma solução”

caso o Judiciário não solucionasse “o problema político”. Na época ele não foi punido por Villas Bôas, que contemporizou as declarações do colega de farda.

Folha de São Paulo


General Mourão diz que Exército agirá: ‘se STF não cumprir com sua responsabilidade, entraremos na rota do caos, e só as Forças Armadas podem impedir isso’

Em entrevista à Rádio Cultura Riograndina, da cidade de Rio Grande (RS), o General Hamilton Mourão reafirmou a possibilidade de o Exército agir caso o Supremo Tribunal Federal não cumpra seu papel de combater a corrupção e a impunidade. O General Mourão afirmou que, se o STF não cumprir seu papel, colocará o Brasil no caminho do caos. E completou: “só tem alguém que pode impedir isso: são as Forças Armadas”.

Leia trecho da entrevista:

Meu pensamento é muito claro: nós vivemos uma crise político-policial. A política foi tomada por elementos totalmente desqualificados, muito bem definidos pelo José Padilha quando analisa o mecanismo que domina as relações entre os Poderes em nosso país. A realidade é que agora o Poder Judiciário tem a preponderância e a responsabilidade de executar a limpeza do cenário nacional, não permitindo que pessoas que roubaram, que participaram desse processo de corrupção, que praticamente colocaram o país com uma dívida enorme, e nos deixaram, no momento atual, praticamente sem norte, continuem a participar da vida pública. Essas pessoas têm que pagar pelos seus crimes e não podem mais participar da vida pública. A legislação é clara a esse respeito. Não podemos ter uma lei que serve para uns e não serve para outros. O princípio básico da democracia é que todos somos iguais perante a lei. O STF hoje tem a preponderância e, se ele não cumprir com a sua responsabilidade, nós entraremos na rota do caos. E a rota do caos, só tem alguém que pode impedir isso: são as Forças Armadas.

Comentando o salvo-conduto ao ex-presidente condenado Lula, Mourão fez alusão ao ex-ministro Sepúlveda Pertence, que está advogando pelo presidente Lula: “Mostra claramente que, no nosso país, o camarada que tem dinheiro para pagar um bom advogado jamais será preso, por piores que sejam os crimes por ele cometidos. Enquanto isso, as cadeias estão lotadas de ladrões de galinhas. Tem um sujeito que roubou bilhões dos brasileiros e surrupiou o futuro de milhões de brasileiros e se considera impune. Se a coisa for seguir nesse diapasão, não restará outra alternativa senão impor uma decisão ao STF”.

República de Curitiba


Crisis en Brasil: un militar amenazó con un golpe de Estado si Lula no va preso

Luego del intento de homicidio contra Lula Da Silva ocurrido la semana pasada en el estado de Paraná, ahora un militar dejó en claro su postura: si el Tribunal Superior Federal (la Corte Suprema brasileña) no habilita la detención del ex presidente y precandidato en estas elecciones, entonces “no quedará otra alternativa que la intervención militar”.

Quien lo dijo es es el general Luiz Gonzaga Schroeder Lessa, quien afirmó en declaraciones a la prensa que que el TSF sería “inductor” de la violencia en el país vecino si le permite a mantenerse en libertad mientras se desarrolla la campaña presidencial, en la cual Lula es favorito para un tercer mandato.

De acuerdo a las declaraciones citadas en el diario Estadao y reproducidas en Nodal, Schroeder Lessa afirmó que “si ocurriese tantos cambios en la ley, no tengo duda de que solo queda la intervención militar. Las Fuerzas Armadas deben restaurar el orden”, afirmó.

Las declaraciones de Schroeder Lessa no son las únicas de sus compañeros de armas. Otro general, Paulo Chagas, afirmó que “nuestro objetivo es evitar que se cambie la ley y que el jefe de una organización criminal, condenado a 12 años de prisión, circule libremente, pregonando el odio y la lucha de clases”.

La semana pasada, el TSF concedió un habeas corpus preventivo hasta el próximo 4 de abril, fecha en la que deberá tratar otros pedidos de la defensa del ex presidente. Según la jurisprudencia brasileña, una persona puede ir a prisión si ya fue condenado en dos instancias a pesar de que el proceso judicial no está concluido. Ese punto es lo que la defensa del líder del PT está apuntando revertir para que Lula pueda seguir libre y hacer campaña de cara a las elecciones de octubre.

Según todos los sondeos, Lula es el favorito para imponerse en las elecciones de octubre, en el marco de un alto desprestigio de las fuerzas políticas brasileñas y sin que el establishment haya podido encontrar un candidato seductor ante la opinión pública. El actual presidente Michel Temer tiene solo un 2% de imagen positiva.

El Destape Web


Supremo pode ser ‘indutor’ de violência, diz general da reserva

O general de exército da reserva Luiz Gonzaga Schroeder Lessa afirmou ao Estado que, se o Supremo Tribunal Federal (STF) deixar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva solto, estará agindo como “indutor” da violência entre os brasileiros, “propagando a luta fratricida, em vez de amenizá-la”.

Lessa foi além. Disse que, se o tribunal permitir que Lula se candidate e se eleja presidente, não restará outra alternativa do que a intervenção militar. “Se acontecer tanta rasteira e mudança da lei, aí eu não tenho dúvida de que só resta o recurso à reação armada. Aí é dever da Força Armada restaurar a ordem. Mas não creio que chegaremos lá.”

As declarações de Lessa se inserem na onda manifestações de oficiais generais da reserva contra a concessão de habeas corpus para impedir a prisão de Lula e a possibilidade de o petista se candidatar à Presidência. “Nosso objetivo principal nesse momento é impedir mudanças na lei e colocar atrás das grades um chefe de organização criminosa já julgado e condenado a mais de 12 anos de prisão que, com o respaldo desse supremo fortim (o STF), tem circulado livre e debochadamente por todo o território nacional, contando mentiras, pregando o ódio e a luta de classes”, escreveu o general Paulo Chagas, que é pré-candidato ao governo do Distrito Federal.

Lessa já havia se manifestado na semana passada à Rádio Bandeirantes, de Porto Alegre, quando também foi enfático. Disse que a confrontação não será pacifica. “Vai ter derramamento de sangue, infelizmente é isso que a gente receia.” E acrescentou que essa crise “vai ser resolvida na bala.” Nesta segunda-feira, 2, ao Estado, disse: “O que querem no momento é abdicar da Justiça e fazer politicagem na mais Alta Corte do País.”

Lessa foi comandante militar do Leste e da Amazônia e presidiu o Clube Militar. “Vejo o general Villas Bôas (comandante do Exército) preocupado com a estado atual e defendendo solução pela via democrática, constitucional, pois a interferência das Forças Armadas, sem dúvida, vai causar derramamento de sangue. ” No mesmo sentido, Chagas afirmou que se “as Forças Armadas se julgarem na obrigação de agir, haverá muito mais sangue do que o das 60 mil vítimas anuais da violência, porque, dessa vez, somam-se aos interesses globalistas, políticos e ideológicos, os do crime organizado.”

O Exército informou que as declarações de Lessa representam a “opinião pessoal” dele. “O Exército brasileiro pauta sua atuação dentro dos parâmetros legais balizados pela Constituição Federal e outras normas que regem o assunto.” O STF disse que não se manifestaria sobre o caso.

Estadão


Como os MILITARES vão reagir se LULA for presenteado com uma decisão favorável

Para alguns intérpretes as declarações recentes de militares indicariam que a tropa está inquieta diante da decisão que se aproxima.

Cada vez mais as notas sobre intervenção, que antes eram evitadas pela grande imprensa, são vistas nas páginas principais de grandes mídias online e off-line e os militares inevitavelmente são questionados sobre essa possibilidade. Por outro lado, o comandante do Exército, que normalmente emite notas apaziguadoras sempre que o tema intervenção militar alcança níveis altos de menções nas redes sociais e textos publicados na grande mídia, nos últimos dias permanece calado sobre esse assunto, mesmo diante de frases extremamente fortes como “confrontação nacional”, “derramamento de sangue” e “fúria das legiões”.

As declarações mais duras vêm justamente daqueles que ocuparam cargos chave na administração da tropa terrestre. Como a feita pelo general LESSA, que foi comandante militar da Amazônia, mesmo cargo ocupado pelo prestigioso general Augusto Heleno.

Luiz Gonzaga Schroeder Lessa, que é considerado como um militar dos mais renomados diante da cúpula das Forças Armadas antevê o caos se LULA for beneficiado no julgamento dessa quarta-feira no STF.

“Se o STF continuar desafiando a sociedade brasileira corremos o risco de uma confrontação nacional… vai ter derramamento de sangue… infelizmente é isso… crise vai ser resolvida na bala… e o STF está sendo o grande estimulador… O STF parece que está querendo antecipar uma rebelião popular”, diz o general, que foi comandante MILITAR da Amazônia.

Vários militares fizeram declarações contundentes nos últimos dias e alguns, por meio das redes sociais, chegaram a lembrar que uma posição firme pode ser necessária no caso do Brasil perder completamente o rumo. Como fez o General Girão Monteiro ao mencionar a “fúria das legiões”.

O general da reserva é autor de colocações recentes que deixam claro que acredita que a presença de militares na política em âmbito regional e nacional pode ser um diferencial para que o país rapidamente retorne para o rumo certo.

A opinião da categoria sobre a posição de Villas Bôas e as possíveis reações à decisão que será proferida nessa quarta-feira.
A Revista Sociedade Militar ouviu alguns militares, da ativa e da reserva, de vários postos e graduações. Analisando suas declarações o leitor poderá entender como anda a mente dos militares e qual será a reação das Forças Armadas ante as possíveis decisões dos ministros do STF.

Of. General 1: “Não posso falar pelo VB. Creio que, apesar de ter a mesma formação que possuímos, ele tem que pensar de forma diferente, avaliar riscos e desdobramentos… consequências até onde mente alcançar. O comandante não enxerga como a gente, ele enxerga como o comandante… com muitos olhos… tem muito mais informações. Um passo errado colocará não só a força terrestre, mas milhões de pessoas, em risco de viver um longo período de caos… e isso poderia se estender por parte da América Latina… é um peso muito grande… A coisa é muito maior do que se pode imaginar, obviamente com muitas mortes, com luta fratricida, como disse o Gen Lessa, e até a possível desagregação do país… o silêncio de VB é estratégico sim nesse momento.”

Of. General 2: “Boa tarde! A participação das FFAA na vida política de uma nação democrática pode e deve ocorrer no campo da representatividade política. Afinal de contas, nós militares somos um segmento da sociedade. Quando acontece a necessidade do emprego de tropas armadas nas ruas para pacificar situações de crise, significa que essa dita sociedade perdeu seus princípios, valores e o rumo. Essa é a hora para que algumas vozes estejam presentes nos cenários regionais e nacional para demonstrar que o País precisa ´voltar aos trilhos´ da Ordem e do Progresso… Há tempos já não sabemos como sociedade o que são princípios e valores. Nosso próprio Comandante já afirmou que o Brasil é um país sem rumo”

Of. Superior 1: “É verdade. O silêncio de Villas Bôas acerca desse assunto me parece muito estranho. Sempre que se falou em intervenção ele deu declarações apaziguadoras. Das duas uma, ou está endossando as últimas palavras desses generais da reserva, empreendendo uma espécie de blefe, ou está mesmo planejando algum tipo de ação mais contundente. Se tem uma pessoa certa para fazer isso é ele, que conta com o apoio de todos os pares… Não sabemos, mas talvez até já tenha feito algo… contato com a Carmem lúcia… avisado sobre possíveis desdobramentos da coisa”

Of. Superior 2: “Pode ser que sim. A fala do General Lessa foi muito significativa. Ninguém poderá acusá-lo de “porra louca” como acusaram o Mourão quando se expressou de maneira muito semelhante. General Lessa é muito respeitado inclusive em público civil de peso que extrapola o público militar. Além deles Paulo Chagas e Rocha Paiva foram bastante contundentes. Esses dois são muito próximos do VB… logo mais estarei em Copacabana… ”

Sargento: “Creio que é possível, se os governos não coibirem as manifestações, que ocorra o caos e após isso a intervenção. Mas se LUAL for absolvido…a sociedade lícita e que quer mudar o país está no limite da agonia. Creio que é possível uma intervenção, mas se o povo for para ruas em repúdio à absolvição de Lula. Até porque se isso acontecer eles (petistas) se sentirão mais fortes e irão para as ruas também… e vai acabar dando briga. Mas que já esteja planejado algo, não acredito. São muito medrosos…”

1º Tenente (AMAN): “Cara, o exército – como instituição – não vai se meter nisso. Estamos enfrentando diversas crises espalhadas pelo Brasil: intervenção no Rio, operação pipa no nordeste, imigração fora de controle de venezuelanos em Roraima, não temos perspectiva de entrar em mais uma frente. Lembro, ainda, que todos os Generais de Exército que estão no alto comando da Força chegaram lá pela mão do PT. Não digo que são petistas, porque não são. Mas entenderam que o Exército precisa ser uma instituição de Estado e não de governo”

Of Superior FAB: “Boa tarde… As últimas manifestações do Cmte do EB foram sim apaziguadoras, porém sempre com farpas muito bem direcionadas (como no tweet de 2 ABR, sobre a idéia de uma força tarefa entre MP, Judiciário e Policiais, mas “claro, com profissionais verdadeiramente compromissados”). O tom mais ameno a mim sugere uma Força tranquila, a fim de não ser mais um fator de tensão para a sociedade. Por fim, o silêncio sobre as declarações de OfGen da reserva muito influentes, creio que seja mais uma precaução, no sentido de que, caso estas declarações se confirmem, não se possa acusar o EB de ter planejado e/ou contribuído para a situação caótica que se apresentar.”

Suboficial (Marinha): “Acredito que o Villas Bôas enxerga as coisas como o General Lessa. Sei, por amigos, inclusive adjuntos de generais, que ele tem conversado bastante com os outros comandantes e com o chefe do GSI. Pra mim o seu silencio é realmente para honrar as declarações de outros generais, alguns foram inclusive seus superiores. Pode ser encarado como uma espécie de blefe? Sim. Mas, o general não raciocina com a emoção e mesmo que LULA seja solto, ele espera, como todos nós, que não possa concorrer e muito menos ser eleito… e que tanto o Palácio do Planalto como o Congresso recebam em 2019 novos ocupantes, que começarão a mudar esse país. Se houver reação mais violenta esta será em caso de livramento de LULA… em caso contrário não, os petistas sabem que LULA é culpado… ”

Obs: Os militares não serão identificados por motivos óbvios, os comentários foram citados na ordem de chegada das respostas, não por antiguidade.

Revista Sociedade Militar


Tempos estranhos: generais fazem ameaça e procurador, greve de fome

Não apenas a mídia, juízes e procuradores, até com greve de fome, pressionam o Supremo Tribunal Federal para que negue o habeas corpus a Lula. Militares da reserva também decidiram entrar na festa, como os generais Luiz Gonzaga Lessa e Paulo Chagas, inclusive com ameaça de intervenção militar. “Se acontecer tanta rasteira e mudança da lei – disse o general Lessa – aí eu não tenho dúvida de que só resta o recurso à reação armada. Aí é dever da Força Armada restaurar a ordem”. O general provavelmente não conhece o mecanismo do regime democrático, pois quem faz e muda as leis é o Congresso Nacional. O Supremo apenas cumpre e faz cumprir as leis aprovadas pelo Parlamento. No caso presente, o que se espera é justamente que a Suprema Corte cumpra a Constituição, a Lei Maior, que determina que ninguém pode ser preso antes do trânsito em julgado, ou seja, antes do esgotamento de todos os recursos, o que significa que, de acordo com a Carta Magna, Lula não pode ser preso.

Outro general, Paulo Chagas, pré candidato ao governo do Distrito Federal, segundo o “Estadão”, também abandonou o pijama para dizer a mesma coisa: “Nosso objetivo principal nesse momento é impedir mudanças na lei e colocar atrás das grades um chefe de organização criminosa já julgado e condenado a mais de 12 anos de prisão que, com o respaldo desse supremo fortim (o STF), tem circulado livre e debochadamente por todo o território nacional, contando mentiras, pregando o ódio e a luta de classes”. O general Chagas também se equivocou, pois o chefe de organização criminosa, segundo a própria Policia Federal, é o presidente ilegítimo Michel Temer. E até hoje ele não disse nada sobre colocar Temer na cadeia, nem se manifestou contra a entrega do nosso petróleo, da Base Espacial de Alcântara e da Embraer para os americanos. A atitude desses dois generais, porém, embora da reserva, deve servir de alerta para os democratas deste país.

Não é difícil perceber que estamos mesmo vivendo “tempos estranhos”, como costuma dizer o ministro Marco Aurélio Mello. Generais da reserva já ameaçam com intervenção militar, juízes e procuradores fazem manifesto contra o cumprimento da Constituição e até um procurador faz greve de fome para que um ex-presidente seja preso. O procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava-Jato que a mídia transformou em celebridade por ter se juntado ao juiz Sergio Moro na perseguição covarde e despudorada a Lula, anunciou nas redes sociais que ficará em jejum e fará orações a Deus para que Lula seja preso, uma tentativa desesperada para chantagear o Supremo Tribunal Federal, para que negue o habeas corpus solicitado por sua defesa. A atitude, além de revelar a sua imaturidade e despreparo para o cargo que ocupa e, sobretudo, para a tarefa para a qual foi designado, evidencía um fanatismo absurdo, que mistura religião com política, como se o seu Deus fosse diferente do Deus de Lula e do resto do mundo. Dellagnol, com esse comportamento, se mostra um farsante, um evangélico que substituiu o amor pelo ódio, orando ao Deus sanguinário de Moisés, que mandava matar sua própria criação, e que foi substituído depois pelo Deus de Jesus, Deus-pai, de amor, de bondade, de justiça. Deveria ser para este Deus que ele precisava orar: Deus de Justiça. Até porque, como evangélico, ele deveria saber que Jesus, na oração do monte, pregou: “Bem-aventurados os perseguidos pela Justiça, pois é deles o reino dos céus”.

Paralelamente a essa atitude infantil do procurador-astro, que denota desequilíbrio, centenas de outros procuradores e juízes também decidiram exercer pressão sobre a Corte Suprema, produzindo um abaixo-assinado em que apelam aos ministros para que mantenham a prisão em segunda instância, negando o habeas corpus a Lula. Não tão fanáticos quanto Dellagnol, eles não pretendem jejuar e muito menos orar, talvez porque o Deus deles seja o deus-penduricalho, que engordou os seus salários. Todos eles, incluindo Dellagnol, poderiam aproveitar a oportunidade para, mostrando que realmente buscam a justiça, renunciar aos auxilios de toda ordem que recheiam suas contas bancárias, especialmente o auxilio-moradia, já que a grande maioria, senão todos, possui casa própria. Se não fizerem nada que sugira boas intenções, ficará a impressão de que esse movimento não passa de uma manifestação política às avessas, ou seja, reivindicando ao Supremo que não cumpra a Constituição. É a primeira vez, na história deste país, que juízes e procuradores defendem publicamente o desrespeito à Carta Magna, o que cria sobre eles uma suspeição sobre o seu senso de justiça, com grave prejuízo para suas atividades profissionais.

A presidenta do Supremo, ministra Carmen Lúcia, que é a grande responsável pelo clima de tensão hoje existente e pelo desgaste da Corte ao se negar colocar em pauta a questão da prisão em segunda instância, foi para a televisão pedir serenidade e respeito à Constituição. Parece piada. As Ações Declaratórias de Inconstitucionalidade sobre a prisão em segunda instância, desde dezembro de 2017 no STF à espera de decisão, já poderiam ter sido votadas há muito tempo, antes mesmo da condenação de Lula em segunda instância, mas a ministra Carmen, por um inexplicável ódio ao homem que a colocou na Corte, vem procrastinando desde aquela época em submeter a questão ao plenário. Tudo isso que está acontecendo agora, portanto, a ameaça de golpe militar por parte de generais da reserva, que chamam o Supremo de “fortim”; a revoada de juízes e procuradores contra a Constituição e, inclusive, o jejum cafajeste de Dallagnol, poderiam ter sido evitados. Agora ela deve arcar com o ônus da sua decisão política impensada.

Brasil 247

Más notas sobre el tema