Lula Livre: protestas en todo Brasil por un juicio justo para el expresidente

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En Contexto
Lula fue condenado a 12 años y un mes por corrupción pasiva y lavado de dinero en el marco de la causa Lava Jato y desde el 7 de abril de 2018 está preso por orden del juez Sergio Moro. Se lo acusa de haber recibido un departamento en el balneario paulista de Guarujá en carácter de soborno por parte de la constructora OAS. Lula denuncia falta de pruebas y persecución política.

Quarto Mutirão Lula Livre pede liberdade imediata do ex-presidente

Ativistas em todo o país estão mobilizados neste fim de semana para chamar a atenção da sociedade para o direito de Lula ter um julgamento justo, o que vem sendo negado. As atividades começaram nesta sexta-feira (30) e vão até este domingo (1), com atividades e ato nacional em Curitiba.

Ações diversas

Uma multidão tomou conta das imediações do Mercado da Casa Amarela, em Recife, para participar do Mutirão Lula Livre, neste sábado (31). Entre os presentes, Fernando Haddad, o senador Humberto Costa (PT-PE), a deputada federal Marília Arraes (PT-PE) e a vice-governadora, Luciana Santos. Em Porto Alegre, trabalhadores e o ex-governador do Rio Grande do Sul, Olívio Dutra (PT) se reuniram para uma feijoada no sindicato dos servidores municipais, logo após após panfletaço nas ruas. Em Pindamonhangaba (SP) e na região central da capital houve coleta de assinaturas pela anulação da condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Estas são algumas das atividades já realizadas, que incluem ainda almoços, apresentações artísticas, colocação faixas e cartazes em locais públicos, além de conversa com a população. Muitas outros estão na agenda para o dia de hoje e para este domingo em diversas partes do país.

Mais de 500 dias de injustiças contra Lula

Lula está preso desde o dia 7 de abril do ano passado. Mais de 500 dias se passaram, e ainda não foi assegurado seu direito constitucional a um julgamento justo. A arbitrariedade dessa prisão está cada vez mais evidente, com o comportamento de seus algozes escancarado pelas publicações do The Intercept Brasil. Durante todo o processo que o condenou, Lula não foi tratado como cidadão, mas sim inimigo político da Lava Jato.

Para ampliar a mobilização contra tais injustiças, entre hoje (31) e amanhã ocorre a quarta edição do Mutirão Lula Livre. Por todo o país, militantes promovem ações de conscientização sobre o tema, por meio de diálogos, atos e intervenções diversas.

Segundo a nota oficial do comitê, “no dia 20 de agosto completou-se 500 dias que o ex-presidente Lula está encarcerado na Superintendência da Polícia Federal por uma farsa judicial. 500 dias de injustiça contra o maior líder político desse país e também contra o povo brasileiro”.

Além da supressão de seu direito à ampla defesa, Lula é vítima do comportamento sádico e cruel de procuradores que se regozijam com a morte de seus entes queridos, como revelado pela Vaza Jato.

Neste domingo haverá “Roda de Chimarrão” das 16h às 18h no Largo dos Açorianos, em Porto Alegre. A organização é dos comitês suprapartidário Lula Livre e pela Democracia da Cidade Baixa, além do Bloco “Ai… que Saudade do meu Ex”.

E a coleta de adesões ao abaixo-assinado será realizada em Taubaté, São José dos Campos, Guaratinguetá e Jacareí, na região do Vale do Paraíba (SP). Ações visuais, os chamados faixaços, também poderão ser vistos no domingo em Jundiaí e São Paulo.

Mais participação

Quem tiver interesse em se engajar nessa luta, pode organizar eventos em seus bairros, suas cidades, nos locais de trabalho etc. O Comitê agradece o engajamento de todos e pede, para quem for realizar algum tipo de ato, informá-los via redes sociais para que ajudem na divulgação. Materiais do mutirão podem ser encontrados na galeria multimídia.

PT


Haddad: Lula deverá ser colocado em liberdade até o final de setembro

O ex-ministro Fernando Haddad disse, durante visita ao Recife neste final de semana, esperar que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mantido como preso político em Curitiba há mais de 500 dias, seja libertado do cárcere até o final de setembro.

“Está cada vez mais claro para o judiciário que foram cometidas algumas injustiças contra o presidente Lula. Tem muita decisão sendo revertida e a gente espera que a decisão que condenou Lula seja revista, porque não teve amplo direito de defesa e foi condenado sem provas”, afirmou Haddad durante o ato deste sábado (31) organizado pelos comitês Lula Livre em Pernambuco. O ato, realizado no bairro de Casa Amarela, reuniu cerca de 5 mil pessoas.

Ele também criticou o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava Jato, que teve seu partidarismo revelado por meio da divulgação de mensagens trocadas entre os integrantes da operação, por meio do site The Intercept.

“O Deltan cada dia diz uma coisa. Uma hora ele diz que as mensagens não são dele, quando provam que são, ele diz que não tem nada ‘demais’, quando dizem que tem ‘muito demais’ ele fala que foi descontextualizado. Se Deltan tivesse interesse com a verdade, ele entregava o celular dele, como fez Manuela D’Ávila”, ressaltou.

Em sua fala, Haddad também criticou a política ambiental do governo Jair Bolsonaro e condenou o aumento das queimadas na Amazônia, que levaram muitas empresas internacionais a boicotarem os produtos brasileiros.

Brasil247


Lula envia carta à 18ª Jornada de Agroecologia

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou uma carta aos participantes e organizadores da 18ª Jornada de Agroecologia, em Curitiba. A carta foi lida no encerramento do evento, no palco montado na Praça Santos Andrade, Centro da Capital.

“Hoje estamos vendo até parte do agronegócio desesperado com os prejuízos causados pela irresponsabilidade e ganância, por um presidente que estimulou durante meses grileiros e latifundiários criminosos a avançar sobre a floresta. Estão invadindo terras e fazendo queimadas criminosas. Liberaram agrotóxicos proibidos em outros países, contaminando a comida, o solo e os rios do Brasil”, dispara o líder popular.

Na tarde deste domingo, participantes da Jornada realizam um ato intitulado “Semeando a liberdade”, em solidariedade a Lula, com muito mística, música e espiritualidade. A ação é na Vigília Lula Livre, localizada no bairro Santa Cândida, ao lado da Superintendência da Polícia Federal, onde Lula está preso.

Confira o documento na íntegra:

Queridos companheiros,

Quando estava na presidência da República, falava muito da semelhança entre governar e plantar. É necessário preparar a terra, colocar a semente, cuidar e ter paciência porque cada cultura tem o tempo certo da sua colheita. Algumas plantas crescem mais rápido, outras levam mais tempo para dar frutos.

Plantamos muita coisa boa no Brasil. Mas hoje estamos vivendo a tempestade daqueles que plantaram o ódio nesse país. Sabemos que os frutos podres deles não durarão para sempre. Por isso minha alegria em ver os movimentos sociais não apenas resistindo, mas espalhando por esse país semente de um futuro melhor, com moradia, trabalho, menos fome e alimentos mais saudáveis.

O Brasil é um país muito grande. Cabe dentro dele a produção de alimentos e a agricultura para a exportação. Cabem no Brasil as reservas indígenas. Cabem as áreas dos quilombolas. Cabe a preservação de florestas. Cabe a Amazônia e a sua biodiversidade.

Cabem todos nós dentro do Brasil, com dignidade, trabalho e educação.

Tudo isso cabe dentro do Brasil se tiver soberania e não for governado para poucos, se o país não se tornar submisso aos Estados Unidos, se o país não seguir o caminho do ódio; se o país não tacar fogo em si mesmo.

Provamos que é possível combinar desenvolvimento da agricultura familiar, proteção ambiental, produção local de alimentos saudáveis e combate à fome, com iniciativas como o Programa de Aquisição de Alimentos para a Merenda Escolar, que garantia a compra de 30% da merenda do pequeno agricultor, com a redução dos índices de desmatamento.

Hoje estamos vendo até parte do agronegócio desesperado com os prejuízos causados pela irresponsabilidade e ganância, por um presidente que estimulou durante meses grileiros e latifundiários criminosos a avançar sobre a floresta. Estão invadindo terras e fazendo queimadas criminosas. Liberaram agrotóxicos proibidos em outros países, contaminando a comida, o solo e os rios do Brasil.

Nosso país que antes era líder e respeitado no mundo, que dialogava com todos, agora está ficando cada vez mais isolado, o que é injusto com o Brasil que é melhor, muito melhor, que Bolsonaro.

E vocês são esse Brasil melhor que planta e cuida de produzir alimentos saudáveis para nossas crianças. Que lutam por dignidade no campo e na cidade. Que plantam as sementes de um futuro melhor.

Hoje, estamos tão perto, na mesma cidade, e tentam nos impedir de estarmos juntos. Mas estamos juntos. Não são muros ou paredes de uma cela que podem nos separar ou impedir nossa união. Nosso espírito, nossas ideias não podem ser presas. Estamos juntos há muitas décadas e plantamos e colhemos muitos frutos na luta por um Brasil mais justo, mais democrático, mais digno e com mais alimentos saudáveis.

Muito obrigado por estarmos juntos.

Muito obrigado por seguirmos juntos.

Um grande encontro e muita força na luta justa por uma produção de alimentos mais saudáveis, com mais inclusão social e harmonia com a natureza.

Forte abraço

Brasil de Fato


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