Las denuncias por violencia doméstica en Brasil crecieron un 431% durante la cuarentena

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Revelan aumento de 431% por violencia doméstica en Brasil

El Foro Brasileño de Seguridad Pública (FBSP) divulgó este lunes un estudio en el que se asegura que las peleas entre parejas en el país suramericano aumentaron un 431 por ciento, a partir del inicio del confinamiento social como medida para evitar la propagación del coronavirus.

La investigación demuestra que si bien aumentaron los casos de violencia doméstica en el país expuestos en las redes sociales, las denuncias formales ante las autoridades por parte de mujeres y víctimas decayeron ante la imposibilidad de acudir a las comisarías en el período de cuarentena.

Las estadísticas fueron recopiladas entre el FBSP y la firma Decode Pulse, durante los meses de febrero y abril, para un total de 52.315 referencias de terceros a hechos de violencia contra las mujeres en la red social Twitter.

De igual forma, a pedido del Banco Mundial, fueron analizados datos oficiales sobre violencia doméstica en Pará y Acre (norte), Río Grande del Norte y Ceará (noreste) y Río Grande del Sur (sur), cinco de las regiones más apartadas del centro del país.

Al contrastarse ambas fuentes, los datos resultaron congruentes, confirmando la presencia de la violencia en el entramado social brasileño, en estos momentos exacerbada por las condiciones de aislamiento social.

Como una forma de facilitar esa comunicación, las autoridades implementaron una aplicación para celulares donde se pueden denunciar cualquier caso de violencia doméstica.

teleSUR


Violência Doméstica Durante Pandemia de Covid-19

Embora a quarentena seja a medida mais segura, necessária e eficaz para minimizar os efeitos diretos da Covid-19, o regime de isolamento tem imposto uma série de consequências não apenas para os sistemas de saúde, mas também para a vida de milhares de mulheres que já viviam em situação de violência doméstica. Sem lugar seguro, elas estão sendo obrigadas a permanecer mais tempo no próprio lar junto a seu agressor, muitas vezes em habitações precárias, com os filhos e vendo sua renda diminuída.

Uma das consequências diretas dessa situação, além do aumento dos casos de violência, tem sido a diminuição das denúncias, uma vez que em função do isolamento muitas mulheres não têm conseguido sair de casa para fazê-la ou têm medo de realizá-la pela aproximação do parceiro. Na Itália, por exemplo, país que apresenta uma das situações mais críticas na pandemia de coronavírus e que se encontra em quarentena desde o dia 09 de março deste ano, foi registrada queda de 43% das denúncias/ocorrências de crimes domésticos em seu território. De acordo com dados oficiais divulgados pelo comitê parlamentar de violência contra mulheres, os relatórios da polícia sobre abuso doméstico caíram para 652 nos primeiros 22 dias de março, comparado a 1.157 no mesmo período de 2019. Também a maior linha de apoio à violência doméstica do país, o Telefone Rosa, afirmou que as ligações caíram 55% desde o princípio do isolamento: foram apenas 496 chamadas nas duas primeiras semanas de março, onde antes eram 1.104 no mesmo período do ano passado.

Apesar da aparente redução, os números não parecem refletir a realidade, mas sim a dificuldade de realizar a denúncia durante o isolamento. A ONU, inclusive, por meio do seu secretário geral António Guterres, tem recomendado aos países uma série de medidas para combater e prevenir a violência doméstica durante a pandemia. Entre as propostas, destacam-se maiores investimentos em serviços de atendimento online, estabelecimento de serviços de alerta de emergência em farmácias e supermercados e criação de abrigos temporários para vítimas de violência de gênero.

A fim de verificar a variação nos níveis de violência doméstica nos primeiros dias das medidas de isolamento social decretadas no país, o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) produziu este documento a pedido do Banco Mundial. Na primeira seção apresentamos um estudo com dados oficiais coletados junto as Secretarias Estaduais de Segurança Pública e/ou Defesa Social e Tribunais de Justiça relativos à violência doméstica em seis Estados que se dispuseram a fornecer os dados de forma mais ágil e desburocratizada; na segunda seção apresentamos estudo produzido em parceria com a empresa Decode Pulse, com grande experiência em mineração de dados em redes sociais, que analisou relatos de brigas de casais e violência doméstica nas redes sociais entre fevereiro e abril deste ano.

Fórum Brasileiro de Segurança Pública


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