Brasil: nuevas marchas a favor y en contra de Bolsonaro y el gobierno ya no informará las cifras totales del Covid-19

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Nuevas manifestaciones a favor y en contra de Jair Bolsonaro en varias ciudades de Brasil

Este domingo se registraron nuevas manifestaciones a favor y en contra del presidente brasileño, Jair Bolsonaro, en varias ciudades del país, en un aparente clima de tranquilidad, pero en medio de disputas políticas y con la pandemia del coronavirus en escalada.

Una manifestante sujeta una bandera de Brasil, con manchas de sangre, para repudiar el gobierno de Jair Bolsonaro, en Porto Alegre (REUTERS/Diego Vara)

En la capital Brasilia, centenares de personas contrarias al jefe de Estado se concentraron frente a la Biblioteca Nacional y de allí se desplazaron hasta la Esplanada dos Ministerios, sede administrativa del Ejecutivo.

La manifestación, que reunió unas 3.000 personas, ha sido la mayor de grupos opositores al Gobierno realizada en la capital brasileña en los últimos días cuando Brasil se acerca a las 36.000 muertes por el coronavirus, el tercer país del mundo con más fallecimientos.

Algunos manifestantes marchan con banderas con la leyenda «afuera Bolsonaro» (REUTERS/Diego Vara)

La protesta fue convocada por movimientos antifascistas y en defensa de la democracia, a los que se unieron manifestantes contra el racismo, en una cruzada internacional desatada por la muerte en Estados Unidos de George Floyd a manos de policías blancos de Minneapolis.

“Nos han preocupado los movimientos mundiales especialmente sobre el racismo, que se ha extendido sobre todo el mundo”, dijo a la agencia EFE Geromilson Santos, de la Comisión de Derechos Humanos de la Orden de los Abogados de Brasil (OAB) y participante en la protesta. “Mi preocupación como joven abogado negro es hacer frente a esos excesos fascistas que han afectado a nuestra población”, completó.

Para Daniel Sarampo, miembro de la hinchada organizada del club paulista Corinthians en Brasilia, el movimiento que surgió hace una semana pretende “retomar las calles” para “eliminar la extrema derecha y agregar más personas”.

Movimientos contra el racismo se movilizaron este domingo para repudiar la muerte del afroamericano George Floyd a manos de la policía de Minneapolis (REUTERS/Ricardo Moraes)
Movimientos contra el racismo se movilizaron este domingo para repudiar la muerte del afroamericano George Floyd a manos de la policía de Minneapolis (REUTERS/Ricardo Moraes)

“Entendemos que si no hubiera un escenario de pandemia, este movimiento aquí sería mucho mayor”, comentó Sarampo.

En el otro extremo de la Esplanada dos Ministerios, un grupo en menor cantidad y que suele todos los fines de semana realizar caravanas y caminatas en favor de Bolsonaro se reunió vistiendo sus ya habituales camisetas de la selección brasileña de fútbol y portando banderas del país y, esta vez, símbolos de la monarquía.

El ministro del Gabinete de Seguridad Institucional (GSI), general Augusto Heleno, saludó algunos de los simpatizantes y a los miembros de las fuerzas de seguridad que evitaron que las dos manifestaciones se encontrasen.

Los manifestantes volvieron a criticar las medidas del gobierno de Bolsonaro contra el coronavirus (REUTERS/Adriano Machado)
Los manifestantes volvieron a criticar las medidas del gobierno de Bolsonaro contra el coronavirus (REUTERS/Adriano Machado)

Bolsonaro, por su parte, salió a las afueras del Palacio da Alvorada, residencia oficial, para saludar a algunos de sus partidarios que se desplazaron hasta el lugar, pero no uso la mascarilla de protección al coronavirus como es recomendado por las autoridades sanitarias.

Las dos manifestaciones fueron dispersadas pacíficamente por la Policía y no se presentaron disturbios como los que ocurrieron hace una semana en San Pablo, cuando grupos opositores y favorables al presidente brasileño chocaron en la Avenida Paulista con un saldo de varios heridos leves.

Las protestas de este domingo se registraron sin disturbios (REUTERS/Pilar Olivares)
Las protestas de este domingo se registraron sin disturbios (REUTERS/Pilar Olivares)
Seguidores del presidente Jair Bolsonaro rezan durante una manifestación en Copacabana, Río de Janeiro (REUTERS/Pilar Olivares)
Seguidores del presidente Jair Bolsonaro rezan durante una manifestación en Copacabana, Río de Janeiro (REUTERS/Pilar Olivares)

Las movilizaciones se extendieron a otras ciudades del país, como Río de Janeiro y San Pablo.

En Río de Janeiro, los movimientos negros convocaron a una concentración frente al monumento en homenaje al esclavo rebelde Zumbí dos Palmares, en un acto asociado también a la muerte de Floyd y a reivindicaciones sociales relacionadas a la pandemia de COVID-19.

En San Pablo, la ciudad más populosa del país, la Justicia prohibió la realización de actos antagónicos en el mismo lugar y hora, por eso los seguidores de Bolsonaro se convocaron en la céntrica Avenida Paulista y los contrarios al Gobierno, dos horas después, en una plazoleta a casi cinco kilómetros de distancia.

Infobae


Capitais registram manifestações contra e pró-governo sem confronto

Manifestações contrárias e favoráveis ao governo Jair Bolsonaro e em defesa de vidas negras tomaram as ruas do país de forma pacífica até o final da tarde deste domingo (7). Houve protestos sem confrontos em Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre. Em Belém, ainda que não tenha havido confronto, dezenas de manifestantes foram detidos por sob a justificativa de provocar aglomeração – e houve protesto na porta da delegacia.

Em Brasília, um dos atos ocorreu na Esplanada dos Ministérios, com pautas como o combate ao racismo e também com críticas ao governo. Eles começaram por volta das 9h em frente ao Museu Nacional, com manifestantres a pé com faixas e cartazes, de forma pacífica.

Adriano Machado/REUTERS – 07.06.2020

Apoiadores do presidente se concentraram em outro ponto da Esplanada. O ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Augusto Heleno, apareceu em frente ao Palácio do Planalto e cumprimentou policiais militares.

Um pequeno grupo de apoiadores do presidente foi ao portão do Palácio da Alvorada. Por volta do meio-dia, Bolsonaro apareceu lá e conversou com eles. Em seguida, retornou à residência oficial.

A Polícia Militar evitou que grupos contrários se encontrassem. O presidente chegou a pedir, durante uma transmissão ao vivo na quinta-feira (5), que seus apoiadores não fossem às ruas ontem devido aos protestos organizados por opositores.

Diversos partidos políticos da oposição ao governo também pediram que não houvesse manifestações pelo grande risco de disseminação do coronavírus. Não havia registro de incidentes nos atos na capital federal até o final desta tarde.

São Paulo

Na capital paulista, grupos contrários ao governo se reuniram no largo da Batata, em Pinheiros, na zona oeste da cidade, após uma determinação judicial que proibiu que manifestações opostas fossem realizadas no mesmo local e na mesma data. Apoiadores de Bolsonaro fizeram um ato na avenida Paulista.

O ato da oposição fechou um trecho da avenida Brigadeiro Faria Lima no sentido Avenida Rebouças, próximo ao metrô. Manifestantes ocuparam parte da Praça que vai até o quarteirão da Igreja Paróquia Nossa Senhora de Monte Serrante.

Leo Orestes/FramePhoto/Folhapress – 06.07.2020

A grande maioria dos manifestantes estava de máscara, mas ninguém respeitou o distanciamento de dois metros. Um carro de som foi compartilhado entre os líderes do ato – torcedores, líderes estudantis da UNE e ativistas do Conlutas (ligado ao Psol).

Por volta das 16h, o grupo se dividiu e parte dos manifestantes seguiu pela Rua dos Pinheiros. Durante a caminhada, houve um princípio de tumulto e um pequeno grupo depredou uma agência bancária. A confusão foi contida pelos próprios organizadores do ato e o grupo seguiu caminhando de forma pacífica.

Por volta de 18h, a PM fazia uma barreira de contensão na Rua dos Pinheiros, na altura da Rua Mateus Grou, próximo à estação de Metrô Fradique Coutinho, para impedir que os manifestantes seguissem para a Avenida Paulista, onde os apoiadores do governo Bolsonaro estavam. Por volta das 19h, no entanto, houve confronto nas ruas de Pinheiros.

O grupo a favor de Bolsonaro se reuniu na esquina da Avenida Paulista com a Rua Pamplona, próximo ao prédio da Fiesp. Manifestantes carregavam faixas que pediam «intervenção militar» e com críticas ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB).

Com bandeiras do Brasil e do Estado de São Paulo, os manifestantes ficaram a maior parte do tempo sobre a calçada, na esquina, sem número suficiente para ocupar as faixas de trânsito. O grupo se dispersou por volta das 18h.

Além de pedir «intervenção militar com militar no poder», alguns manifestantes favoráveis ao presidente defendiam interesses de suas categorias profissionais. Duas pessoas carregavam uma faixa que pedia a reabertura de barbearias na cidade. Não houve registro de ocorrências policiais.

Rio de Janeiro

No Rio, uma multidão vestida de preto e usando máscaras de proteção contra tomou nesta tarde uma das pistas da Avenida Presidente Vargas, no centro, para protestar contra o racismo e a violência policial nas favelas da cidade. «Eu tô de preto, de favelado, que todo dia na favela é assassinado», era um dos principais gritos de guerra durante o trajeto aberto pela faixa «As mães negras não aguentam mais chorar».

Ricardo Moraes/Reuters – 07.06.2020

O ato homenageou menores mortos nas favelas por policiais, como Ágatha Félix, no ano passado; João Pedro, morto este ano; Marcos Vinícius, em 2018; e Maria Eduarda, em 2019, além de lembrar o assassinato até hoje sem esclarecimento da vereadora Marielle Franco, há dois anos. Por volta das 16h, todos deitaram no chão simulando corpos mortos por policiais e gritaram a frase que ficou marcada nos protestos de todo mundo, «Vidas negras importam». Quem ficou em casa, se manifestou pela janela. O ato terminou com os manifestantes sendo acompanhados durante toda a dispersão até a entrada do metrô.

Manifestantes expressam apoio ao presidente em Copacabana Pilar Olivares/Reuters – 07.06.2020

Os apoiadores do presidente se concentraram de manhã no posto 5, na praia de Copacabana, na zona sul da cidade, e fizeram uma caminhada pela orla. Uma das faixas anunciava a Marcha da Família Pró Bolsonaro com Deus, que defendia também «intervenção popular com o Executivo». As cores predominantes eram o verde e amarelo das camisetas dos manifestantes e de bandeiras do Brasil.

BH e Porto Alegre

Em Belo Horizonte, os protestos contra o governo Bolsonaro ganharam apoio de torcidas organizadas. De manhã, um grupo de médicos ocupou na praça da Estação, no centro da cidade, portando cruzes para simbolizar a morte profissionais de saúde mortos na pandemia. O grupo usava máscara e manteve o distanciamento social. Em Porto Alegre, o protesto começou na Esquina Democrática, reunindo torcidas organizadas e movimentos sociais e seguiu até o largo Zumbi dos Palmares.

Belém

Na capital paraense, 96 adultos foram detidos e 16 adolescentes apreendidos logo após o início do ato, marcado para as 9h no Mercado de São Brás. De acordo com Secretaria Estadual de Segurança Pública e Defesa Social, parte deles portava material proibido e parte foi detida por desrespeitar a regra de distanciamento social.

Manifestantes reagiram de forma pacífica ao serem detidos em Belém Marx Vasconcelos /Futura Press/Folhapress – 07.06.2020

Segundo a secretaria, o aparato policial registrado em diversos vídeos compartilhados nas redes sociais atuou em cumprimento ao Decreto Estadual n° 800, que proíbe a aglomeração de grupos com mais de dez pessoas. A medida foi adotada no fim de maio, como forma de evitar a propagação da covid-19.

Ainda de acordo com a pasta, algumas pessoas abordadas portavam materiais explosivos, máscaras, rojões, spray para pichação, escudos, produtos inflamáveis, além de faca, trouxinhas (pacotes) com pólvora, balaclava (touca ninja) e máscaras que escondiam os rostos, impedindo que fossem identificadas.

Os detidos foram conduzidos à delegacia para prestar depoimento e liberados em seguida. Houve protesto também na porta da delegacia. Não houve registros de outros incidentes durante a manifestação.

R7


Governo deixa de informar total de mortes e casos de Covid-19; Bolsonaro diz que é melhor para o Brasil

O Brasil restringiu a divulgação de dados sobre o impacto do novo coronavírus no país. Desde a noite de sexta-feira, o Ministério da Saúde não mais informa o total de mortes e nem o total de casos confirmados da Covid-19 durante a pandemia.

O portal do Ministério da Saúde com as informações consolidadas saiu do ar na noite da sexta-feira (5), e só retornou na tarde deste sábado (6). Agora, a página mostra somente os números registrados no último dia.

O presidente Jair Bolsonaro confirmou a mudança na metodologia de divulgação sobre vítimas da Covid-19 —que pode significar, na prática, a divulgação de números de mortes menores—, engrossando as críticas de que o governo pretende manipular dados da pandemia.

A pasta vai passar a divulgar apenas os números de mortes e casos de infecção pelo coronavírus registrados nas últimas 24 horas, o que resultaria em números muito inferiores aos atuais. Desde o início da pandemia, o Ministério vinha divulgando com destaque os números de mortes e casos que foram confirmados para a Covid-19 nas últimas 24 horas, incluindo casos de mortes ocorridas em outras datas, mas cuja confirmação para o coronavírus tenha ocorrido no último dia.

O governo também deixou de divulgar o total de casos em investigação para a doença, que até quinta-feira (4) era de 4.159.

As mudanças ocorrem após dois dias seguidos com recorde de mortes e divulgação tardia dos números. O país é o terceiro no mundo com mais mortes acumuladas em decorrência da doença, mais de 35 mil, e acumula mais de 640 mil casos de coronavírus, número que, segundo especialistas, pode ser múltiplas vezes maior devido à baixa testagem no país.

Em uma nota postada por Bolsonaro nas redes sociais, o Ministério da Saúde afirma que o formato usado desde o início da pandemia não oferece uma representação do «momento do país», posição que contrasta com a da maioria dos especialistas.

Questionado sobre a mudança da metodologia neste sábado (6), durante uma visita que fez a Formosa (GO), Bolsonaro não quis responder.

As movimentações do governo causaram fortes críticas nos meios político e jurídico. Parlamentares veem risco de manipulação dos números e preparam ações ao STF (Supremo Tribunal Federal) para garantir transparência sobre a realidade da pandemia.

As críticas se intensificaram também com declarações do novo secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Carlos Wizard, sobre recontagem do número de mortes causadas pela Covid-19, noticiadas pelo jornal O Globo.

Em entrevista à Folha neste sábado, Wizard confirmou que há uma intenção dentro da pasta de rever os critérios, mas para os próximos dados. «O passado já passou, estamos preocupados daqui para a frente», afirma.

Na quarta-feira, foram 1.349 óbitos. No dia seguinte, o Brasil teve novo recorde de mortes (1.473), atingindo a marca de mais de um morto por minuto em decorrência da Covid-19.

O modelo que será abandonado também é usado na divulgação dos dados por praticamente todos os países.

O texto da nota argumenta que a divulgação dos dados de 24 horas permite acompanhar a realidade do país neste momento e definir as melhores estratégias para o atendimento da população.

«A curva de casos mostra as situações como os cenários mais críticos, as reversões de quadros e a necessidade de preparação», informou o texto, que em seguida critica o modelo anterior de divulgação.

«Ao acumular dados, além de não indicar que a maior parcela já não está com a doença, não retratam o momento do país. Outras ações estão em curso para melhorar a notificação dos casos e confirmação diagnóstica», afirma o texto da nota.

O Ministério também defendeu a divulgação dos dados tarde da noite, após as 22h. Na nota postada por Bolsonaro, a pasta argumenta que havia o risco de subnotificação quando os boletins do coronavírus eram tornados públicos às 17h (como era feito durante a gestão do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta) e às 19h (gestão de Nelson Teich).

Na primeira vez em que houve atraso na divulgação, na quarta-feira (3), o Ministério da Saúde havia informado que excepcionalmente os números seriam informados às 22h, devido a «problemas técnicos». Naquele dia, o país registrou recorde de mortes.

No dia seguinte, quando o Brasil outro recorde de mortes, a pasta novamente divulgou o boletim após as 22h.

O horário de divulgação, portanto, se dá após a conclusão dos principais jornais diários e também após a transmissão dos principais telejornais da noite.

Ao comentar a questão, na sexta-feira (5), o presidente não confirmou ter dado a ordem para a mudança de horário e alegou que os números sairiam mais consolidados às 22h. Por outro lado, comentou que «acabou matéria no Jornal Nacional», em referência ao telejornal da Rede Globo.

«Não interessa de quem partiu [a ordem para modificar o horário], é justo sair às 22h, é o dado completamente consolidado. Muito pelo contrário, não tem que correr para atender a Globo», disse.

A nota postada por Bolsonaro também afirma que está havendo adequação de rotinas e fluxos para melhorar extrair os dados diários, o que necessitaria, afirma o texto, aguardar relatórios vindos das secretarias de saúde dos estados e checar os dados.

«Para evitar subnotificação e inconsistências, o Ministério da Saúde optou pela divulgação às 22h, o que permite passar por esse processo completo. A divulgação entre 17h e 19h, ainda havia risco de subnotificação», afirma o texto.

A mudança no horário de divulgação não foi a única mudança registrada após as sucessivas trocas de ministros da Saúde.

Após a saída de Luiz Henrique Mandetta, por exemplo, as entrevistas coletivas para explicar os números e apresentar as medidas de combate à pandemia deixaram de serem diárias.

O fluxo de entrevistas diminuiu ainda mais após a saída de Nelson Teich, que permaneceu menos de um mês no cargo. Teich deixou a pasta por divergência com o presidente a respeito do protocolo para a administração da cloroquina e hidroxicloroquina para pacientes que não estejam em estágio grave da Covid.

Com o atual ministro interino, o general Eduardo Pazuello, as entrevistas coletivas passaram a contar apenas com técnicos da pasta de segundo escalão, como secretários substitutos.

O formato também mudou. Os presentes deixaram de responder questões sobre a previsão de pico da pandemia de coronavírus no Brasil.

O secretário substituto de vigilância em saúde, Eduardo Macário, também já havia criticado as perguntas sobre o atual estágio da pandemia no Brasil e criticou a imprensa por usar a expressão «recorde de mortes».

Brasil x Covid-19

São brasileiros…

2,7% da população mundial

9,5% dos casos de Covid-19 registrados no mundo

8,8% das mortes acumuladas por Covid-19 registradas

28% das mortes diárias registradas em 4.jun, recorde diário no país

3o lugar no mundo em número de mortes (atrás de EUA e Reino Unido)

103 dias de pandemia (do primeiro diagnóstico, em 25.fev, até sábado, 6.jun)

646 mil casos confirmados

35 mil mortes confirmadas

6.000 mortes em excesso subnotificadas por erro em testes *

27 unidades federativas com casos de Covid-19 (100%)

4.324 municípios com casos de Covid-19 (78%)***

5 estados com lotação de UTI superior a 90% **

Fontes: Governo federal; Johns Hopkins University (EUA); * DeltaFolha; **secretarias estaduais da Saúde; *** Brasil.io, grupo colaborativo que milita por dados abertos; dados até 5 de junho​

Folha de S. Paulo


Ministério divulga balanços com dados diferentes sobre Covid-19 no Brasil

O Ministério da Saúde divulgou na noite deste domingo dois balanços com informações divergentes sobre a pandemia de coronavírus no Brasil. Inicialmente, a pasta havia informado que 1.382 mortes e 12.581 casos de Covid-19 haviam sido registrados em 24 horas. Mais tarde, porém, afirmou que o número de óbitos era 524 e o de novos diagnósticos positivos era 18.912 nas últimas 24 horas.

Com os últimos dados divulgados, o total de mortes causadas pelo novo coronavírus foi a 36.455. Já o total de casos de infecção é de 691.758.

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A divergência nos boletins acontece um dia depois de o presidente Jair Bolsonaro afirmar nas redes sociais que a pasta “adequou” a divulgação dos dados sobre casos e mortes para “maior precisão”. No site covid.saude.gov.br, onde informa os dados da pandemia no país, o Ministério da Saúde não mostra mais os números totais de óbitos e diagnósticos da doença.

A Procuradoria-Geral da República abriu investigação sobre a mudança e, na noite de sábado, determinou que o Ministério da Saúde tinha 72 horas para apresentar explicações e documentos sobre o novo protocolo de divulgação.

A decisão foi criticada por especialistas em saúde, políticos e secretários estaduais de saúde. O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta afirmou durante uma live que “sem informar da maneira correta, o Estado pode ser mais nocivo do que o vírus”.

Em entrevista ao jornal O Globo neste sábado, o empresário Carlos Wizard, que havia sido convidado para assumir a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, afirmou que seria feita uma recontagem dos dados da pandemia no Brasil e que os números atuais seriam “fantasiosos ou manipulados”. Com a repercussão negativa provocada pela declaração, Wizard desistiu de assumir o cargo.

Mais mudanças

O Ministério da Saúde afirmou na noite deste domingo que vai lançar nesta semana uma plataforma com um “novo modelo” de divulgação com dados detalhados sobre a pandemia de coronavírus no Brasil, com o “cenário atual da doença, com análise de casos e mortes por data de ocorrência, de forma regionalizada”.

Na nota, a pasta também tentou se defender das críticas dos últimos dias, afirmando que tem tratado a divulgação dos números com “transparência” e que a nova plataforma vai aumentar a “interação”.

Veja


Secretários de saúde do Brasil lançam site para divulgar dados sobre covid-19

O Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass) lançou neste domingo, 7, um site para divulgar dados sobre o novo coronavírus no Brasil. A medida do órgão, que reúne os gestores dos 26 Estados brasileiros e do Distrito Federal, ocorreu após o Ministério da Saúde mudar a forma de divulgação dos números sobre a covid-19 no País. Nos últimos dias, o ministério passou a omitir o número total de casos e mortes causadas pela doença, informando apenas os dados das últimas 24 horas. A divulgação dos dados passaram também a ser cada vez mais tarde, das 17h para 19h e depois para 22h.

De acordo com o Conass, os dados no portal lançado neste domingo serão atualizados diariamente às 17h. Desde a última quinta-feira, o Ministério da Saúde passou a divulgar os dados apenas no fim da noite, a partir das 21h30.

Em nota assinada pelo presidente do Conass, Alberto Beltrame, o site informa que a entidade “pauta sua atuação pelo mais alto interesse público, respeito à diversidade e pluralismo democrático. Nosso valor maior é a vida. A defesa da saúde e da vida é nosso compromisso inabalável com os brasileiros. Tendo a democracia como princípio, o Conass busca incessantemente o consenso para o fortalecimento do sistema de saúde que todos desejamos. Um SUS capaz de acolher, proteger, promover, recuperar e salvar vidas de todos os brasileiros, com empatia, solidariedade e compaixão é o que queremos. A ciência, a verdade e a informação precisa e oportuna são fios condutores do processo orientador da tomada de decisão na gestão da saúde.”

Também neste domingo, o ex-secretário do Ministério da Saúde e atualmente no comitê criado pelo Governo de São Paulo, João Gabbardo, divulgou o lançamento de um outro portal. Segundo ele, a plataforma “será atualizada de hora em hora, direto das bases estaduais”.

Há ainda um outro site paralelo que vem divulgando todos os números de casos e mortes por coronavírus no Brasil. O Brasil.io é composto por voluntários que compilam os boletins epidemiológicos das 27 Secretarias Estaduais de Saúde.

Jornal de Brasilia


Olavo ataca Bolsonaro: “Continue covarde e derrubo essa merda de governo”

Um dos principais influenciadores da família do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o escritor Olavo de Carvalho deu sinais, em vídeo publicado em seu canal no Youtube, na madrugada deste domingo (7), que rompeu com o ex-militar.

“Milícia, gabinete do ódio, existe há muito tempo, foi inventado contra mim. Não contra o Bolsonaro. E o que ele fez pra me defender? Bosta nenhuma. Chega lá e me dá uma condecoraçãozinha. Enfia a condecoração no *. Se você não é capaz de me defender contra essa gente toda eu não quero a sua amizade. Porque eu fui seu amigo, mas você nunca foi meu amigo. Você foi tão meu amigo quanto a Peppa [forma pejorativa como bolsonaristas se referem à deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP)]. Você só tira proveito e devolve o que?”, perguntou Carvalho.

O tom crítico e ameaçador seguiu e o escritor chegou a dizer que poderia colocar um fim no governo de Bolsonaro.

“Ao invés do presidente dizer que é meu amigo, não é meu amigo não, você simplesmente se aproveitou. Ao invés de me dar uma condecoração, enfia a condecoração no *. Ta certo? Não quero mais saber. Outra coisa, você não está agindo contra os bandidos, você vê o crime, eles cometem os crimes, você presencia em flagrante e não faz nada contra eles. Isso chama-se prevaricação. Quer levar um processo de prevaricação da minha parte? Esse pessoal não consegue derrubar o seu governo? Eu derrubo. Continue inativo, continue covarde, eu derrubo essa merda desse seu governo.”

Em outro momento, Olavo afirmou que já “na época do Orkut” havia cem mil páginas contra ele. “O anti-olavismo é um fenômeno inédito no mundo. Nunca houve um massacre jornalístico e judiciário desse tamanho contra uma pessoa. Nem contra líderes revolucionários nem contra narcotraficantes”, lamentou o escritor.

Brasil de Fato

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