Brasil | Tribunal Supremo abre investigación a Bolsonaro por vincular vacuna del Covid-19 con el sida

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Tribunal Supremo de Brasil abre investigación a Bolsonaro por vincular vacuna del Covid-19 con el sida

El juez del Tribunal Supremo de Brasi, Alexandre de Moraes, ordenó abrir una investigación al presidente, Jair Bolsonaro, por unas declaraciones del pasado mes de octubre en las que aseguraba que aquellos que se vacunan contra el coronavirus tienen más posibilidad de presentar inmunodeficiencias contra el sida.

La decisión del magistrado atiende a una petición de la comisión parlamentaria que investigó los posibles delitos que habrían cometido el Gobierno de Bolsonaro durante la gestión de la pandemia, entre ellos el de difusión de noticias falsas.

El pasado 22 de octubre, durante una de sus intervenciones semanales en redes sociales, el presidente Bolsonaro sugirió que “los vacunados contra el coronavirus “están desarrollando el síndrome de la inmunodeficiencia adquirida”, basándose en uno supuestos informes de las autoridades de Reino Unido.

Esta asociación de ideas fue rápidamente rechazada por parte de las autoridades médicas brasileñas por “falsa y absurda”. El presidente de la agencia del medicamento (Anvisa), Antonio Barra Torres, salió a aclarar que las vacunas contra el coronavirus no están relacionadas con la aparición de otras enfermedades.

Esas palabras de Bolsonaro provocaron que días después Facebook retirase el video de sus plataformas al considerar que violaba sus políticas que prohíben “alegar que las vacunas contra el coronavirus matan o pueden causar daños graves”.

Ese fue el segundo video que la empresa le retiró a Bolsonaro, después de una grabación de marzo de 2020 en la que el presidente brasileño promocionaba el uso de la cloroquina, un fármaco contra la malaria, para tratar de manera preventiva el coronavirus, a pesar de que la ciencia ha demostrado no solo que es ineficaz, sino que también podría ser contraproducente en algunos casos.

El informe final de la comisión parlamentaria que investigó la gestión de Bolsonaro durante la crisis sanitaria propuso, además de prohibirle las redes sociales para que dejara de difundir noticias falsas, acusarle de nueve delitos, entre ellos el de lesa humanidad, prevaricación, empleo irregular de fondos públicos y charlatanería, figura que recoge el Código Penal para castigar a quienes promocionen remedios secretos contra enfermedades.

La Tercera


Moraes abre inquérito contra Bolsonaro para investigar fake news que liga vacina à Aids

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou nesta sexta-feira 3 a abertura de um inquérito para apurar a disseminação, pelo presidente Jair Bolsonaro, de fake news que ligam as vacinas contra a Covid ao risco de contrair o vírus da Aids.

O despacho do ministro atende a uma solicitação da CPI da Covid.

Em transmissão ao vivo nas redes em 21 de outubro, o ex-capitão disse que relatórios do Reino Unido teriam sugerido que pessoas totalmente vacinadas contra a Covid-19 estariam desenvolvendo Aids, o que levou Facebook, Instagram e YouTube a removerem o vídeo das plataformas. O Departamento de Saúde e Assistência Social do Reino Unido e o Public Health England desmentiram a informação e atribuíram o boato a um site que propaga fake news.

Dias depois, o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Antonio Barra Torres, também reagiu à informação falsa de Bolsonaro.

“Nenhuma das vacinas está relacionada à geração de outras doenças. Nenhuma delas está relacionada ao aumento da propensão de ter outras doenças, doenças infectocontagiosas, por exemplo”, afirmou Barra Torres, sem citar Bolsonaro, em uma reunião da diretoria da agência. “Confiem nas vacinas, usem as vacinas.”

Na decisão desta sexta, Moraes questiona a decisão da Procuradoria-Geral da República de se limitar a uma apuração preliminar e interna. O magistrado também destaca a necessidade de investigar a relação entre essa notícia falsa divulgada por Bolsonaro e a atuação de milícias digitais, alvo de um inquérito no Supremo.

Segundo o ministro, “não basta ao órgão ministerial que atua perante a Corte no caso, a Procuradoria-Geral da República, a mera alegação de que os fatos já estão sendo apurados internamente”.

“Não há dúvidas de que as condutas noticiadas do presidente da República, no sentido de propagação de notícias fraudulentas acerca da vacinação contra o Covid-19, utilizam-se do modus operandi de esquemas de divulgação em massa nas redes sociais, revelando-se imprescindível a adoção de medidas que elucidem os fatos investigados, especialmente diante da existência de uma organização criminosa”, escreveu Moraes.

O ministro do Supremo abriu o prazo de 15 dias para que o procurador-geral da República, Augusto Aras, instaure o inquérito “para apuração minuciosa e exauriente da materialidade e da autoria dos ilícitos noticiados”. E fez um alerta: “Em caso de inércia do Procurador-Geral da República, declare-se que o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil e os órgãos públicos universalmente legitimados (…) têm a prerrogativa de suprir a eventual omissão do órgão ministerial”.

Carta Capital

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