Brasil | Alckmin pide al gobierno datos sobre deforestación en la Amazonía en la previa de Lula en la COP27

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Solicitan a Gobierno de Bolsonaro datos sobre deforestación en Brasil

El vicepresidente electo Geraldo Alckmin, coordinador del equipo de transición en Brasil, solicitó al Gobierno del derrotado mandatario Jair Bolsonaro que proporcione los datos de deforestación de la Amazonia y del bioma Cerrado.

Tal pedido se hizo al ministro jefe de la Casa Civil, Ciro Nogueira, y al Instituto Nacional de Investigaciones Espaciales (INPE).

«La información es que estas cifras ya existen y hay una necesidad de ser informados», afirmó Alckmin en una conferencia de prensa.

Estadísticas anuales ya estarían en manos de la actual administración, pero serían divulgadas solamente después del fin (18 de noviembre) de la Conferencia de Naciones Unidas sobre el Cambio Climático (COP27) que sesiona en Egipto.

«Solicitamos que los informes completos de los datos de Prodes Amazonia y Prodes Cerrado, de agosto 2021 a julio 2022, sean enviados para que podamos analizar la información que traen y tomar las medidas necesarias», insistió el exgobernador paulista.

La hipótesis es que los datos pueden ser utilizados por el presidente electo Luiz Inácio Lula da Silva en la COP27, lo cual podría generar incomodidad en el Palacio del Planalto, sede del Poder Ejecutivo.

«Bolsonaro ya recibió del INPE el dato anual de deforestación de la Amazonia, pero solo va a divulgar después de la COP27 porque la destrucción es marca. Es por eso que Lula será recibido en la COP como jefe de Estado y Bolsonaro continuará en su rincón, callado e insignificante», escribió el diputado Ivan Valente en su perfil de la red social Twitter.

No es la primera vez que el exmilitar decide publicar los datos del INPE tras la realización de la COP, yendo contra una tradición establecida desde 2005, en el primer gobierno de Lula (2003-2007).

El año pasado, los antecedentes solo se hicieron públicos después de la finalización de la COP26, que tuvo lugar en Escocia.

Pese a que la información sobre la deforestación en la Amazonia estaba disponible desde el 27 de octubre de 2021, el Ejecutivo del excapitán del Ejército la divulgó solo en noviembre.

Además de almacenar los datos, Bolsonaro tampoco irá a la COP27 este año, como lo hizo en calendarios anteriores.

En la misma conferencia, Alckmin afirmó que, durante la campaña electoral, se hicieron diversas propuestas, «desde la fiscalización, recuperación de los órganos ambientales que fueron desmovilizados, prácticamente».

Refirió que habrá un esfuerzo muy grande para que Brasil sea el líder, el gran protagonista de la cuestión del cambio climático.

«Por lo tanto, el presidente Lula está llegando a Egipto para participar en la COP27. (…) Por eso, estamos haciendo ese requerimiento pidiendo las informaciones para el Gobierno federal y el INPE», subrayó.

Prensa Latina


Preservação da Amazônia é prioridade do governo eleito na COP27

Por Camila Maciel 

Durante o anúncio de novos nomes para o Gabinete da Transição, o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, destacou que o combate ao desmatamento será uma prioridade do novo governo e, por isso, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva está a caminho da Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima, a COP27.

Lula embarcou na manhã de hoje (14) para o Egito, a convite do presidente anfitrião do encontro. Ele fará um pronunciamento, na quarta-feira (16) na área da Organização das Nações Unidas (ONU), a Blue Zone. Ele também cumpre agenda com governadores de estados da região amazônica e com representantes da sociedade civil.

“Esta é uma grande preocupação. A emissão do carbono, no caso do Brasil, se você somar o escapamento da moto, do carro, do avião, da lancha, do trem, do boi, o lixão, o esgoto, a chaminé da fábrica, isso dá um pouquinho mais de 50%. Só o desmatamento é quase 50%. É de uma gravidade impressionante”, lembrou Alckmin.

Ele fez referência às florestas do Brasil, Indonésia e Congo que são fundamentais para o combate às mudanças climáticas, por possuírem vastas áreas de florestas tropicais. O governo brasileiro anunciou uma aliança com esses países para “valorização da biodiversidade e remuneração justa de serviços ambientais”.

Alckmin reforçou que estão sendo solicitados dados do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), referentes a agosto de 2021 a julho de 2022. “Esses números já existem, mas não estão sendo divulgados”, pontuou. Ele lembrou propostas feitas durante a campanha presidencial de Lula que incluíam, entre outros temas, a recuperação dos órgãos ambientais, os quais, segundo ele, “foram praticamente desmobilizados”.

Aloizio Mercadante, que está na coordenação dos Grupos Técnicos do Gabinete de Transição e foi ministro nos governos do PT, de áreas como Educação, Casa Civil e Ciência e Tecnologia, falou sobre negociações para a liberação de recursos do Fundo Amazônia.

“O Fundo Amazônia tem cerca de R$ 3 bilhões hoje, que estão impedidos de serem liberados por causa da falta de compromisso do governo brasileiro no combate ao desmatamento. Nós já tivemos conversas com o governo da Alemanha e da Noruega que devem autorizar, no dia seguinte da posse, a liberação dos recursos”, projetou.

Criado em 2008, o fundo recebe doações de instituições e governos internacionais para financiar ações de prevenção e combate ao desmatamento na Amazônia Legal. Em 2019, a Alemanha e a Noruega suspenderam os repasses para novos projetos após o governo brasileiro apresentar sugestões de mudança na aplicação dos recursos e extinguir colegiados de gestão do fundo.

No último dia 3, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que o governo federal reative o Fundo Amazônia. Pela decisão da Corte, a União tem prazo de 60 dias para cumprir a medida.

Agenda
Na quarta-feira (16), Lula participa, às 11h, horário local (6h de Brasília), do evento Carta da Amazônia – uma agenda comum para a transição climática. Estarão presentes governadores de estados da região Norte: Antônio Waldez Góes da Silva, do Amapá; Gladson de Lima Cameli, do Acre; Mauro Mendes, do Mato Grosso; Helder Barbalho, do Pará; Wanderlei Barbosa, do Tocantins; e Marcos Rocha, de Rondônia.

No mesmo dia, às 17h15 (12h15 no horário de Brasília) Lula faz pronunciamento na COP27, na área da ONU, a Blue Zone.

Na quinta-feira (17), às 10h (5h no horário de Brasília), o presidente eleito se encontra com representantes da sociedade civil brasileira, no Brazil Hub. Às 15h (10h em Brasília) o encontro será com o Fórum Internacional dos Povos Indígenas e Fórum dos Povos sobre Mudança Climática.

Na sexta-feira (18), Lula segue para Portugal, onde se encontra com autoridades portuguesas. Ele retorna para o Brasil no fim de semana.

EBC


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