Lula defiende a Maduro y critica a la oposición venezolana por no respetar los resultados electorales

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Lula defendió a Maduro y criticó que la oposición no respete los resultados electorales

El presidente brasileño, Luiz Inácio Lula da Silva, defendió este jueves fuertemente a su par venezolano, Nicolás Maduro, al reprochar que la oposición de aquel país, en el que «hay más elecciones que en el nuestro», no haya respetado los resultados electorales en anteriores ocasiones.

«Quien quiera derrotar a Maduro, que lo derrote en las próximas elecciones. Gánenle y asuman el poder. Iremos a fiscalizar, si no hubiera elecciones limpias, lo diremos», expresó el veterano mandatario izquierdista en una entrevista con Radio Gaúcha en la que habló sobre la democracia en Venezuela.

«La gente necesita aprender a respetar el resultado de las elecciones. Lo que no es correcto es la injerencia de un país en otro», objetó Lula antes de criticar la campaña internacional en favor del opositor Juan Guaidó, «un ciudadano que no había sido electo presidente».

Lula recordó cómo en su primer mandato junto a otros países, Brasil impulsó un diálogo para convocar un referéndum revocatorio en Venezuela para decidir el futuro político del expresidente Hugo Chávez, que fue «legítimo» y cuyo resultado «muchas veces» no fue aceptado por la oposición, recogió la agencia de noticias Europa Press.

La llegada de varios líderes progresistas a la región como el propio Lula o el presidente colombiano, Gustavo Petro, quebró cierto aislacionismo al que Maduro había sido condenado por presiones de la comunidad internacional, encabezadas por Estados Unidos.

En mayo, Brasil y Venezuela retomaron relaciones diplomáticas, rotas por orden del anterior presidente de ultraderecha Jair Bolsonaro, con el recibimiento de Maduro en el Palacio del Planalto por parte de Lula, quien le expresó encendidos elogios frente a la opinión pública.

Télam


Lula diz que Venezuela ‘tem mais eleições do que o Brasil’ e que conceito de democracia é ‘relativo’

Por Eduardo Gayer 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender a ditadura da Venezuela e disse que o país comandado por Nicolás Maduro “tem mais eleições do que o Brasil”. Segundo o petista, o conceito de democracia é “relativo.”

“A Venezuela tem mais eleições do que o Brasil. O conceito de democracia é relativo para você e para mim”, disse o presidente em entrevista à Rádio Gaúcha.

Ainda assim, Lula declarou que gosta de democracia e a exerce com plenitude. “O mundo inteiro sabe que a governança do PT é exemplo de exercício da democracia”, afirmou o presidente. “O que não está correto é a interferência de um país dentro de outro”, acrescentou, para tentar se distanciar das críticas à Venezuela.

“Quem quiser derrotar o (Nicolás) Maduro, derrote nas próximas eleições e assuma o poder. Vamos lá fiscalizar. Se não tiver eleição honesta, a gente fala”.

Em relação a um outro aliado de esquerda altamente contestado, o ditador Daniel Ortega, da Nicarágua, Lula garantiu que vai conversar com ele para resolver “os problemas da Igreja”. A ditadura da Nicarágua faz perseguição a padres católicos.

Na entrevista, o presidente ainda voltou a defender o financiamento de obras no exterior, como na Argentina, medida criticada em outros governos petistas. “Quando a gente financia obras no exterior, está exportando engenharia”.

Lula garantiu que Venezuela e Cuba, porém, vão pagar dívidas de obras financiadas no passado e também ressaltou que o governo vai promover PPPs “como jamais foi feito”.

Em janeiro, durante viagem a Buenos Aires, Lula já havia defendido as ditaduras de Venezuela e Cuba. Ele disse que era preciso tratar os países “com carinho”. Na ocasião, Lula comparou os embargos contra Cuba e Venezuela com a ocupação da Rússia na Ucrânia, dizendo que é a favor da soberania dos povos.

“Sou contra ingerências externas nos processos venezuelanos. É preciso resolver com diálogo e não com bloqueio”, afirmou. “Precisamos tratar Venezuela e Cuba com muito carinho.”

Em maio, Lula recebeu presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, no Palácio do Planalto. Sem citar violações de direitos humanos e políticos reconhecidos pelas Nações Unidas, o petista isentou Maduro de responsabilidades sobre a crise econômica que atinge o país e condenou as sanções que recaem sobre o regime chavista.

Ao lado de Maduro, Lula afirmou, na época, que a Venezuela precisava divulgar sua “narrativa” sobre a situação política e econômica do país.

Nesta terça, 27, o Tribunal Penal Internacional (TPI) autorizou que seu procurador retome as investigações sobre supostos crimes contra a humanidade cometidos na Venezuela pelo governo de Maduro.

Estadao


No Foro de São Paulo, Lula cobra união da esquerda na AL

Por Mariana Haubert

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cobrou nesta 5ª feira (29.jun.2023) unidade entre os partidos de esquerda da América Latina e reclamou de disputas dentro de movimentos aliados. Em discurso na abertura do 26º encontro do Foro de São Paulo, o chefe do Executivo disse não se sentir ofendido quando é chamado por adversários de comunista.

“Muitas vezes nós, na esquerda latino-americana, nos destruímos porque usamos nossos adversários, os meios de comunicação para falar mal de nós, para tentar nos destruir, para mostrar nossos defeitos, porque as virtudes nunca são mostradas”.

Durante sua fala, Lula disse que os movimentos aliados não podem fazer críticas uns aos outros porque essa estratégia só “interessa à extrema direita”.

“Nós não temos tempo a ficar brigando por coisas menores. Quem fazia críticas ao companheiro Tabaré ou Pepe Mujica sabe quanta falta fazem eles no poder para a gente poder fazer críticas. É muito melhor ter um companheiro da gente cometendo alguns equívocos para a gente poder criticar do que ter alguém de direita que não permite sequer a gente ter espaço para fazer críticas”, disse em referência aos ex-presidentes do Uruguai, Tabaré Vasquez e Pepe Mujica.

Lula disse que o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), classificado por ele de extrema direita, foi uma lição para a esquerda. “No Brasil, nós aprendemos. Foi lição para todos nós. Ou nós criamos juízo, nos organizamos, trabalhamos para resolver problemas da sociedade brasileira, ou a extrema direita está aí, contando mentiras, usando fake news, violentando qualquer parâmetro de dignidade para voltar ao poder”, disse.

Lula afirmou também que a esquerda no mundo inteiro perdeu seu discurso, como por exemplo em assuntos como costumes e imigração. “Precisamos tentar discutir nossos erros para poder corrigi-los”, afirmou.

O presidente disse ainda não se sentir ofendido quando é chamado de comunista por adversários, mas se sentiria se fosse chamado de nazista ou de neofascista.

“Vocês sabem o quanto fomos acusados, quantos ataques pejorativos são feitos à esquerda na América Latina. A extrema direita nos trata como se fossemos terroristas. Nos acusam de comunistas como se ficássemos ofendidos com isso. Ficaríamos se nos chamassem de nazistas, neofascistas. Ser chamados de comunistas, socialistas não nos ofende”, disse.

Antes do evento, Lula recebeu em seu gabinete no Palácio do Planalto a secretária-executiva do Foro de São Paulo, Monica Valente. Ela é também mulher de Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT. Ele foi preso em 2018, acusado de corrupção. Progrediu, em 2019, para o regime semiaberto, com tornozeleira eletrônica. Em 2021, a Justiça reconheceu a prescrição e extinguiu a ação da Operação Lava Jato contra Delúbio.

Monica também esteve com Lula em outras duas ocasiões neste ano. Em fevereiro, também foi recebida para reunião no Planalto para discutir os governos de esquerda na América Latina.

Em janeiro, ela também esteve com o presidente na Argentina quando Lula participou da reunião de cúpula da Celac (Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos)

FORO DE SÃO PAULO

O grupo formado por partidos e movimentos sociais de esquerda da América Latina se reúne a partir desta 5ª feira (29.jun.2023) até domingo (2.jul.2023) depois de 3 anos sem encontros, por causa da pandemia da covid-19.

O 26º encontro do movimento composto por partidos e movimentos sociais de esquerda é realizado em Brasília para viabilizar a participação de Lula. Tem como tema: “Integração regional para avançar a soberania latino-americana e caribenha”.

O grupo de partidos discutirá integração entre países da América Latina, situação da política brasileira, redes sociais e fake news, anti-imperialismo, entre outros. Leia a íntegra da programação do evento (188 KB).

Nesta edição da reunião, será prestada homenagem a Marco Aurélio Garcia, um dos fundadores do Foro e do PT. Garcia ocupou o cargo de assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais nos governos Lula e Dilma Rousseff. Morreu em 2017, aos 76 anos, vítima de infarto.

Durante a abertura do evento, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, disse que também serão homenageados neste ano Lula e o papa Francisco.

Desde o anúncio da presença de Lula no evento, líderes da direita e bolsonaristas intensificaram as críticas ao Foro de São Paulo. A reunião do foro em Brasília também fez aumentar questionamentos sobre a reaproximação com países como a Venezuela, de Nicolás Maduro, e a Nicarágua, de Daniel Ortega.

Na 3ª feira (27.jun.2023), a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) ter entrado, juntamente com o deputado Coronel Meira (PL-PE), com uma acusação no MPF (Ministério Público Federal) e MPE (Ministério Público Eleitoral) contra 27º encontro do Foro de São Paulo. A congressista disse que dentre os líderes existem pessoas que defendem a “ditadura comunista” e unificação da América Latina.

“É incabível o nosso país aceitar representantes que violam os direitos humanos e são investigados na ONU. […] Tomamos providências para tentar barrar esta aberração no nosso país”, tuitou na época.

O Foro de São Paulo foi fundado em 1990 por Lula e pelo ex-presidente de Cuba Fidel Castro no contexto da queda do Muro de Berlim e da reorganização geopolítica mundial com o início do enfraquecimento do comunismo na Europa.

O grupo tinha como objetivo traçar caminhos para a esquerda na América Latine e Caribe. Mantém ainda o discurso contra o neoliberalismo e os efeitos do capitalismo.

A 1ª reunião que deu origem ao foro foi realizada na cidade de São Paulo e reuniu 48 partidos e organizações da região. Na época, foi divulgada a Declaração de São Paulo.

Atualmente, o foro é integrado por 124 partidos e movimentos sociais dos seguintes países:

  • Argentina;
  • Aruba;
  • Barbados;
  • Belize;
  • Bolívia;
  • Brasil;
  • Chile;
  • Colômbia;
  • Costa Rica;
  • Cuba;
  • Curaçao;
  • Equador;
  • El Salvador;
  • Guatemala;
  • Haiti;
  • Honduras;
  • Martinica;
  • México;
  • Nicarágua;
  • Panamá;
  • Paraguai;
  • Peru;
  • Porto Rico;
  • República Dominicana;
  • Santa Lúcia;
  • Trinidad e Tobago;
  • Uruguai; e
  • Venezuela.

No Brasil, integram o foro PT, PDT, PC do B, PCB e Cidadania.

Poder 360

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