Brasil | Lula lanzó el Plan Juventud Negra Vida que contempla acciones por la igualdad racial

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Lula insta a frenar exterminio de la juventud negra en Brasil

El presidente Luiz Inácio Lula da Silva llamó a evitar de forma apática el exterminio de los jóvenes negros, al anunciar el llamado Plan Juventud Negra Vida que contiene acciones por la igualdad racial en Brasil.

La iniciativa, con una inversión prevista de 665 millones de reales (133 millones de dólares), tuvo su presentación en Ceilândia, una región administrativa del Distrito Federal, donde el fundador del Partido de los Trabajadores firmó en ceremonia el decreto que establece el programa.

En su discurso, Lula admitió que, «mientras estamos aquí reunidos, en algún rincón del país hay una persona negra sufriendo agresiones verbales, física, única y exclusivamente por el color de su piel».

O peor, precisó, «confundida con un bandido y ejecutada a sangre fría. O víctima de una bala perdida que casi siempre encuentra un cuerpo negro en su camino y que tantas veces mancha de sangre el uniforme escolar y roba la alegría y la paz de familias enteras en nuestro país. No podemos creer normal», razonó.

El mandatario citó además los casos de racismo sufridos por el jugador brasileño de fútbol Vinicius Jr., del club español Real Madrid y víctima constante de ataques.

Denunció que el joven es «acusado, difamado, insultado dentro de los estadios en España, un país considerado rico, un país considerado civilizado, pero que la cuestión del racismo todavía parece no salir de la cabeza de una sociedad blanca, la cual tiene la idea fija de que la supremacía de todo es blanca y el negro es ciudadano de segunda».

Asimismo, el exsindicalista manifestó que los jóvenes «no pueden renunciar a la política» y los invitó asumir el protagonismo político.

En el evento, la ministra de Igualdad Racial Anielle Franco destacó el trabajo conjunto de 18 ministerios en las acciones que buscan defender las vidas de familias negras en el país.

«La gente necesita garantizar a nuestros jóvenes vivos. Por eso la gente retoma acciones concretas», apuntó.

Tal plan está estructurado en los siguientes ejes: educación, cultura, seguridad pública, trabajo e ingresos, generación de trabajo de renta, ciencia y tecnología, deportes, seguridad alimentaria, fortalecimiento de la democracia, medio ambiente, garantía del derecho a la ciudad y valorización de los territorios.

En total, el programa abarca 43 metas y 217 acciones, y tendrá la aplicación proyectada en 12 años, con previsión de evaluación y renovación cada cuatro calendarios.

Según datos divulgados por el Palacio del Planalto, sede del Poder Ejecutivo, la juventud negra representa aproximadamente un 23 por ciento de la población brasileña estimada en 215 millones de habitantes.

PRENSA LATINA


Lula lança ‘Plano Juventude Negra Viva’ com foco na redução da desigualdade racial; entenda as ações previstas

Por Camila da Silva Repórter e Produtora de CartaCapital

Coordenado pelo Ministério de Igualdade Racial, sob a liderança de Anielle Franco, o governo Lula (PT) lançou, nesta quinta-feira 21, o Plano Juventude Negra Viva. O programa envolve 18 ministérios na criação e implementação de políticas públicas voltadas para a juventude negra do País, estimada em 23% da população brasileira.

O objetivo do programa lançado nesta quinta, informa o Planalto, é reduzir desigualdades enfrentadas pela população negra através de ações nas áreas de saúde, educação e segurança pública.

Ao todo, serão investidos 655 milhões de reais no Plano que possui 200 ações e 43 metas específicas para aplicação projetada em 12 anos, com previsão de avaliação e renovação a cada quatro anos.

Entenda o plano
Segundo o Planalto, os governadores poderão aderir ao Plano, ficando a cargo do governo federal executar as ações. Até o momento, Distrito Federal, Goiás, Piauí, Amapá e Amazonas aderiram aos termos da cooperação.

Em destaque entre as ações está a criação de um projeto nacional para o uso de câmeras corporais por policiais. A intenção é evitar abordagens violentas, que atingem, principalmente, jovens negros.

O projeto pretende criar uma diretriz nacional de uso de câmeras corporais e a elaboração de cadernos de referência operacional para o uso dos equipamentos. Treinamento para os agentes e operadores das câmeras também está na lista de ações previstas.

Ainda estão programadas ações de cotas étnico-raciais para programas de fomento à cultura, além de bolsas de incentivo a jovens que queiram ingressar em carreiras do serviço público federal. A ideia, nesse último caso, é ampliar a oferta de bolsas de preparação e processos seletivos específicos. Há ainda a intenção de criação de um sistema para monitorar a reserva de vagas.

De acordo com o governo, também é meta do Plano aperfeiçoar as ações afirmativas na educação superior e pós-graduação. Um dos mecanismos mencionados é a ampliação de bolsas para estudantes negros e o “fortalecimento” de cursinhos pré-vestibulares comunitários.

Em outro ponto, o plano prevê a aplicação de uma política pública de saúde para tratar pessoas que foram resgatadas de regime de trabalho análogo à escravidão, em sua maioria, negros.

Todas as ações estão divididas nos seguintes eixos: educação, cultura, segurança pública, trabalho e renda, geração de trabalho de renda, ciência e tecnologia, esportes, segurança alimentar, fortalecimento da democracia, meio ambiente, garantia do direito à cidade e valorização dos territórios.

O projeto foi desenvolvido a partir de entrevistas com aproximadamente 6.000 jovens negros durante a realização das Caravanas Participativas, que percorreram os 26 estados e o Distrito Federal em 2023.

CARTA CAPITAL

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