Brasil | Lula califica de “locura” el proyecto de ley que equipara al aborto con el homicidio

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Lula califica de ‘locura’ proyecto de ley que equipara al aborto con el homicidio

El presidente de Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, calificó de «locura» el proyecto de ley que equipara el aborto a partir de la semana 22 con el homicidio, pudiendo acarrear penas de entre seis y 20 años de prisión, incluso en caso de violación.

«Estoy en contra del aborto; sin embargo, dado que esta práctica es una realidad, debemos tratarlo como una cuestión de salud pública. Y me parece una locura que alguien quiera castigar a una mujer con una pena mayor que la del criminal que cometió la violación. Es, como mínimo, una locura», señaló el mandatario.

Las declaraciones del líder del Partido de los Trabajadores (PT) llegan unos días después de que este 12 de junio la Cámara de Diputados diera su visto bueno a la tramitación urgente de la ley, lo que implica que el texto puede ser votado directamente en el Pleno sin que pase previamente por las comisiones.

La iniciativa fue aprobada sin la oposición del partido del Gobierno, cuyo líder en la Cámara, José Guimarães, afirmó que el asunto «no es de interés» del Ejecutivo. La decisión de los diputados del PT y otras formaciones aliadas provocó movilizaciones en las redes sociales y protestas en las calles del país, especialmente en Paulo, Río de Janeiro y Brasilia. Así, los manifestantes argumentaron que la aprobación de esta propuesta pondría en riesgo la vida de miles de mujeres y niñas en el país.

La Hora


PL do aborto perde força após reação das ruas

Por Daniela Lima

«Eles acharam que estava tudo dominado, que ia ser uma semana de impor vexame ao governo, erraram na dose, perderam a mão e conseguiram, sozinhos, acordar as ruas».

A avaliação é de um dos líderes de Lula e peça central na articulação política do governo sobre a decisão da bancada evangélica e do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), de usar um projeto que, na prática, impõe a mulheres estupradas que engravidem e abortem, como hoje permite a lei, pena mais grave que a imposta ao estuprador.

A oposição sentiu. Uma das principais vozes do PP, o partido de Lira, o senador Ciro Nogueira (PP-PI), presidente da sigla, diz que nem ele, nem Lira, têm qualquer compromisso com o mérito da proposta. «O acordo, o gesto para a bancada evangélica, era apenas o de votar a urgência. Apenas isso. Não há qualquer acordo sobre o mérito (conteúdo) da proposta.»

O pedido de urgência acontece para que projetos de lei sejam incluídos na pauta do plenário sem que passe por comissões. A expectativa, normalmente, é que o texto seja votado de forma mais rápida, mas isso não é obrigatório.

A reação das mulheres, que foram às ruas em diversas capitais do país ao longo dos últimos dias, o desgaste midiático e a reação das redes dividiram inclusive a bancada evangélica e líderes religiosos em todo o país.

Falas de líderes religiosos, pastores, inclusive, contra o PL ganharam as redes sociais e expuseram as fraturas causadas pelo tema.

No grupo mais próximo a Lira, a avaliação é a de que o deputado Sóstenes Cavalcanti (PL-RJ) um dos autores da proposta, pode ter garantido «umas três eleições» em seu nicho, mas acabou expondo a oposição a um desgaste inédito desde o 8 de janeiro de 2023.

Globo

 

 

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